Transcrição de áudio
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Uso de reticências em transcrição de áudio

Publicado por Transcricoes em

transcrição de áudio

Uso de reticências em transcrição de áudio

Olá, tudo bem?

Quando eu iniciei no ramo de transcrição de áudio, há seis anos atrás, eu logo me interessei em saber se tinha alguma coisa, algum regulamento com relação à transcrição de áudio, porque eu achava que não era só aquilo.

A busca por um padrão de transcrição de áudio

Eu estava já prestando alguns serviços por aí, de transcrição de áudio, e eu ficava meio incomodado porque eu recebia material para estudo, e um material não batia com o outro.

Um tribunal pedia de um jeito, o outro tribunal pedia de outro, aí uma outra empresa pedia de outro…

Aí falei: “Não é possível. Será que não tem nenhuma fonte segura de como se faz uma transcrição de áudio?”

O Padrão ABNT e Norma Culta de transcrição de áudio

Aí fazendo as pesquisas, eu fui parar numa página lá da UFRJ, e lá falava sobre as normas cultas e falava sobre o padrão ABNT e europeu.

Aí eu também tive contato com o livro Análise Convencional do Professor Luiz Carlos Marcuschi, o nosso saudoso professor, e o que é que aconteceu?

Eu fiquei maravilhado com os recursos riquíssimos que tinha lá na norma urbana culta e lá no livro de Professor Marcuschi.

E aí eu descobri que a maioria das pessoas também, que se dedicam à análise linguística, a análise da conversação, acabam utilizando algo parecido, principalmente o pessoal de editoras, que é um pouquinho mais científico e tal, então eles tentam utilizar de diversas formas aquele padrão.

No padrão culto de transcrição de áudio não se usa pontuação

Muito bem. A primeira coisa que me chamou atenção naquele padrão é a utilização de “reticências” para qualquer pausa.

Não existe pontuação na transcrição de áudio, na transcrição de áudio formal, linguística. Não existe.

Não existe “, “, não existe “.”, qualquer pausa é “reticências”.

Representação de alongamentos vocálicos em hesitações na transcrição de áudio

Como também “reticências” representava alongamentos vocálicos.

E o que é que é isso, “alongamentos vocálicos”?

Então por exemplo, a pessoa falava “Oooo”, sabe quando hesita? “Éééééé”, na fala isso é muito comum. Então o pessoal recomendava utilizar “reticências”.

O alongamento vocálico na transcrição de áudio

E aí me chamou a atenção o seguinte. Por exemplo, sabe quando o locutor grita “gooool”? O pessoal da ABNT recomendava que ele escrevesse assim: “go:lá” e você poderia usar dois símbolos, por exemplo eu poderia usar “go: … l”, eu poderia combinar pontuações.

Achei isso muito interessante.

O público consumidor do serviço de transcrição de áudio tem outras necessidades

Mas quando eu me imaginei fazendo isso comercialmente, eu sabia que ia fracassar, porque as pessoas, já o pessoal do ramo não adotava isso, que dirá o leigo que vai consumir o nosso serviço?

Eu também naquele momento era um leigo e continuo sendo um leigo na área de transcrição de áudio linguística. Eu não faço, eu já fiz e me arrependi, eu não faço mais porque demora muito.

Então eu pergunto para o cliente: “Você vai fazer análise linguística? Senão, se você não for fazer análise linguística, a nossa transcrição literal é suficiente”, aí eu passei a ter autoridade porque uma vez na vida, pelo menos, eu me debrucei sobre a tabela da ABNT.

Então, esse lance “reticências” representar alongamento vocálico ou qualquer pausa me chamou bastante a atenção. Sabe? “a Esse negócio de ‘…’ é um negócio legal”.

A transcrição de áudio requer uso de pontuação para facilitar a leitura e seu consumo

Mas aí, naturalmente, quando a gente vai fazer algum trabalho para Mestrando, doutorando, ou até mesmo para a Justiça, o que é que acontece? É necessária uma pontuação.

Então na verdade a Norma Urbana Culta, ela tenta fazer o quê? Ela tenta fazer com que nada do transcritor interfira na interpretação do texto. E justamente o que nós defendemos na transcrição comercial é que é necessário sim, uma interpretação do que nós ouvimos para facilitar a vida do pesquisador.

A validação da transcrição de áudio é dada pelo revisor

“Ah, mas aí não tem validade e, a transcrição”.

Veja, tem sim. Desde que o pesquisador revise ouvindo o áudio.

Veja, nós somos o quê? Nós secretaria umas ((enfatizou)) o pesquisador, então em vez de ele perder as 12-14 horas para transcrever uma entrevista de 40 minutos a 60 minutos de duração, ele vai perder 60 minutos para revisar 60 minutos. Então nós ((enfatizou)) fizemos o serviço Grosso, mas ele vai ouvir e ele vai concordar ou não com a nossa interpretação, e ele vai dar a interpretação dele.

A transcrição de áudio validada por interpretação interjuízes

Ora, isso aí é o quê? É uma transcrição interjuízes, na verdade é um juiz só, que é o pesquisador. Agora, muitas vezes o transcritor nos envia já com revisão, e a gente revisa e depois ((enfatizou)) a gente supõe que a revisão final vai ser feita pelo pesquisador, porque só ele tem as condições necessárias de discernir se nós acertamos na colocação de “, “, ou é algum determinado termo que a gente não conhece, que a gente colocou e sinalizou como que não entendemos.

No momento da revisão, há transferência de autoria da transcrição de áudio para quem revisou

Então naquele momento nós já tivemos dois juízes, veja: o transcritor, revisores, e depois nós tivermos mais um juiz que é o próprio pesquisador. Nesse momento ((enfatizou)) que ele faz aquela revisão e valida nossa transcrição, a autoria da transcrição passa para quem? Para o revisor.

Então, baseado nisso eu levei em frente a nossa filosofia e até hoje – já fazem 5 anos – e até hoje a gente vem sobrevivendo dessa forma.

Então eu achei importante nós compartilharmos isso e fazer essa proposta de uma transcrição mais bonita.

Certa vez eu recebi um material de uma outra empresa de transcrição. Foi o cliente que mandou para mim, e aí eu notei que eles tentavam usar o sistema da ABNT, mas de forma incompleta. Se for para fazer de forma incompleta, é melhor nem fazer. ((silêncio)) Não é verdade?

A pausa longa silenciosa é apresentada como comentários do transcritor

Olha só o elemento de abrir as pastas “silêncio” que eu falei. Ficou aqui tenso segundo no ar. Então 1,5 segundos é uma eternidade. Então além daquelas pausas, eu coloco – se durou mais do que 1,5 segundos – em vez de “reticências”, eu utilizo o quê? O elemento “comentário do transcritor”, que está lá previsto na ABNT. Isso, eu uso. Por quê? Porque fica bacana, a pessoa sabe.

Porque quando o pesquisador vai colocar alguma observação dele, ele coloca o quê? Em colchetes, não é isso? Não é assim que aparece nos livros? Mesmo em transcrições de livros de pesquisa sociológica, eu vi esse formato em que o sociólogo faz a análise de uma frase em que tinha o comentário do transcritor e o próprio comentário do sociólogo que ele colocava alguma informação relevante entre colchetes.

Então os “parênteses duplos” para mim ficou perfeito, é uma sina são exclusivas da transcrição. Ok?

As interrupções de fala de outros falantes na transcrição de áudio

Agora, a gente estava falando de “reticências”. Então vamos terminar a parte de “reticências”.

Vamos supor que nós temos aqui três frases, aqui: frase com, frase dois e frase três. Sendo que a frase 1 e 3 é uma frase completa, só que interrompida pelo falante, pelo segundo falante.

Então vamos lá,

A: Estava falando…

B: Quando B interrompeu.

A: … continuou a fala.

Veja, ficou perfeito. Aqui na frase do meio, o que é que aconteceu na frase do meio aqui? Na frase do Meio ocorreu o seguinte, teve uma frase completa aqui, teve uma oração completa aqui. E aí aqui não caberia “reticências” aqui, nem aqui no começo e nem no final da fala de B, porque “reticências”, ele está fazendo o quê? Ele está pegando esta parte aqui e ligando com esta parte aqui embaixo [no início da 2ª fala de A]. Então é como se tivesse uma setinha com S indicando, e com um período completo aqui, uma oração completa.

E é por esta razão que eu também eu não utilizo “reticências” aqui nesta frase aqui do meio [B].

As “reticências” nas frases não finalizadas em transcrição de áudio

Agora, se a pessoa aqui também estava falando mas não terminou a frase, aí cabe uma “reticências” aqui. É bem interessante, uso de “reticências”

Agora, o caso final. Uma “….”, uso em que a pessoa estava falando alguma coisa, parou. E aí continuou falando. Tudo bem, tudo “” depois do “reticências”.

Agora, a pessoa estava falando alguma coisa, “reticências”, fez o silêncio, aí começou uma outra frase que não tem nada a ver com a anterior. Aí é “letra maiiúscula” aspas.

A versatilidade de “reticências” na transcrição de áudio

Então depende muito, mas “reticências” é um elemento gramatical que se tornou extremamente versátil dentro da transcrição de áudio, isso porque nós estudamos a norma culta, e aí nós analisamos e chegamos a essa conclusão. E o público acadêmico tem aceito bem esta forma de transcrever, ok?

Então, se você é transcritor e da nossa Rede, fique atento esses elementos da “reticências” que é difícil o revisor te explicar, e em 10-12 minutos de vídeo, de repente… você sabe quantas palavras tem, certo? ((acha graça))

Então, do que a gente ficar fazendo um e-mail enorme ((acha graça)) para te explicar tudo isso aí, ou ficar tudo na apostila, a gente preferiu compartilhar com você através do vídeo, e quem sabe também para algum transcritor aí que esteja se aventurando no meio, de repente ele ache essa forma de utilizar as “reticências” interessante.

Bom. No próximo vídeo eu vou falar sobre então comentários do transcritor, ok? Até a próxima.

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01 Como fazer uma transcrição de áudio

de qualidade

02 Quais são os tipos de transcrição de áudio

03 Medindo a sua produtividade em transcrição de áudio

04 Processo seletivo para transcritor de áudio

05 Software de transcrição por ditado

06 O que faltou na gravação da JBS

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08 Os comentários do transcritor em uma transcrição de áudio

09 Como apresentar uma incompreensão em transcrição de áudio


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