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Doutora Nise Yamaguchi entrevistada pela TV Brasil

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A Doutora Nise Yamaguchi foi entrevistada pela TV Brasil e fala sobre os efeitos da hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e rendevizir no tratamento do coronavirus.

A transcrição de áudio foi produzida em estilo edicado acadêmico, onde grafamos com negrito as ênfases vocálicas, tenham sido elas silabação ou acento no tom de voz. Isso ajuda no entendimeno das intenções do falante.

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  1. palavra… → alongamento vocálico, hesitação ou interrupção de ato de fala.
  2. …palavra → continuação da fala do turno do falante que foi interrompido.
  3. palavra (em negrito) → indica ênfases e/ou silabação
  4. (…) → demonstração de corte de fala considerado não relevante.
  5. [01:46:09] → marcação de tempo [hh:mm:ss](*).
  6. {hipótese} → hipótese de escuta ou fonográfica (o som que conseguimos entender)
  7. (ininteligível) → trecho ou palavra que não conseguimos compreender. Comentários do transcritor.

(*) A marcação de tempo ocorre a cada troca de turno relevante.

(início da transcrição) [00:00:00]

TV Brasil: Existe cura para o novo coronavírus? Um grupo de médicos brasileiros afirma que sim. Entre eles está a Doutora Nise Yamaguchi, oncologista e imunologista. Ela esclarece que o próprio sistema imunológico provoca a cura quando ativado de forma adequada, sem exageros. Essa forma adequada é um tratamento precoce, protocolo que está sendo adotada em algumas cidades, como Belém, no Pará e em Porto Feliz, em São Paulo, com excelentes resultados. No Impressões de hoje vamos entender como os médicos chegaram a esse protocolo; de que forma ele funciona; e por que está sendo eficiente em salvar vidas. Nós estamos na plataforma das redes sociais da TV Brasil para falar hoje de um assunto muito importante, que é o tratamento para o novo coronavírus, quais são os tratamentos que estão sendo aplicados com sucesso para combater a covid-19. Para essa conversa está aqui comigo a Doutora Nise Yamaguchi, é oncologista, é imunologista. [00:01:04]

Nise Yamaguchi: Em primeiro lugar eu também quero agradecer a essa oportunidade de estar falando com o Brasil sobre um assunto que é como vamos salvar mais vidas, como vamos resolver essa questão, curando as pessoas quando é possível curar, que é logo no começo. Essa história de que não tem cura para esse novo coronavírus não é verdade. Tem, é o próprio sistema imunológico, quando ativado adequadamente, sem exageros, porque o problema dele é quando ele é exagerado depois, a 2ª e 3ª fase, e o principal é tratar precocemente. [00:01:38]

TV Brasil: Tentar entender tudo isso, são muitas coisas, inclusive notícia boa de que tem tratamento, de que é possível salvar vidas. E o que é que levou aqui a essa nossa conversa? A Doutora Nise faz parte de um grupo de médicos que se reúnem para discutir o tratamento para o coronavírus. [00:01:54]

Nise Yamaguchi: Exatamente. Uma live como início, fomos colocados em relação aos problemas que estavam ocorrendo, o número de mortes que estavam ocorrendo, o que nós poderíamos fazer para reverter, e tínhamos em conjunto conosco também, é o Pedro da Prevent Sênior, que ele tinha experiência pessoal, já trataram agora mais de 9 mil pacientes acima de 60 anos com sucesso estrondoso em termos de diminuir a internação em UTIs, em hospitais e fazer com que os pacientes pudessem ser tratados precocemente. A Doutora Luciana Braga, que é uma anestesista de São Paulo, mas que é paraense, e ela ficou muito sensibilizada com o colapso que estava existindo lá no Pará. Inclusive nos hospitais das Unimeds, tinha 100 pessoas na fila para internação e os pacientes estavam morrendo nos carros, sendo entubados em cadeiras, situações terríveis. E aí, quando eles começaram a utilizar os tratamentos à base de corticoesteroides, corticoide, anticoagulante e também ivermectina, azitromicina, zinco, hidroxicloroquina, começou a mudar completamente. Em 3 semanas eles saíram do colapso e tiveram uma diminuição absurda de número de mortes, 40 mil tratamentos e oferecidos pela Unimed, e aí do Pará, e aí eles compraram mais 50 mil tratamentos, entregaram para as pessoas do SUS e criaram uma forma de trazer os tratamentos para os pacientes baseados também no protocolo da Doutora Marina Bucar, que é uma piauiense, que mora na Espanha, e que já tinha começado no Piauí, e que esse protocolo foi ser utilizado também no Amapá, também no Amazonas. Então o Norte deu um banho assim, no Sul e Sudeste. Então, a minha ideia é criar protocolos de investigação científica. Conversei com o ministro Ernesto Araújo, com o presidente, sobre a questão de trazer também o CDC dos Estados Unidos, o FDA, para que nós possamos…

TV Brasil: São agências reguladoras lá dos Estados Unidos? [00:04:19]

Nise Yamaguchi: Exato. As agências reguladoras internacionais, para que eles também validem os nossos protocolos e nós possamos trabalhar   em conjunto. [00:04:26]

TV Brasil: Quero entender detalhadamente que protocolo é esse que está salvando vidas, que salvou vidas lá no Pará, que salvou vidas em Porto Feliz. Ele é baseado em que? E como funciona? [00:04:37]

Nise Yamaguchi: Então. Esse vírus, nós temos aqui no Brasil, há cerca de 3 meses, é muito pouco tempo. Mas nós começamos a compreender que existia uma fase de replicação viral, que é o momento em que o vírus entra na célula, através de uma série de receptores, que são principalmente o ACE2, e que tem também no sistema renina angiotensina aldosterona, que é o mesmo receptor que é bloqueado quando você usa medicações para pressão. Então, é um receptor que tem dentro da célula – ACE2 – que é por onde inclusive o vírus da vacina de Oxford entra na célula para tentar levar uma proteína do coronavírus. Existe uma outra questão. Ele entra também através de um receptor chamado CD147, que é o mesmo receptor do vírus da AIDS. Então, existem esses receptores, o vírus entra na célula e ele não consegue se multiplicar sozinho, porque ele é um RNA-vírus, ele não é um DNA. Então ele usa a máquina da célula, e ela explode cheia de vírus novos. Só que essa inteligência dele, a gente bloqueia com a hidroxicloquina,  azitromicina e zinco. Então a gente não deixa esse vírus que entra na célula se replicar. Ele se perde, porque a hidroxicloroquina atrapalha, o zinco também, e a azitromicina. Os três juntos, eles fazem com que o vírus não se replique e baixa a carga viral e o sistema imunológico, que então que é o grande herói…

TV Brasil: O próprio sistema imunológico vai? [00:06:16]

Nise Yamaguchi: …é o sistema imunológico. Então, o que cura você quando você tem uma gripe? É quando tem uma varicela, é quando tem uma herpes? É o seu sistema imunológico. Por isso que as pessoas que se cuidam mais ficaram menos doentes. As pessoas que não são hipertensas, não são diabéticas, não têm câncer, não tem uma série de coisas que vem com hábitos pouco saudáveis, essas pessoas mais saudáveis ficaram menos doentes, por que? Elas conseguem eliminar o vírus. E se você no início, quando ele está começando, você pega e bloqueia o vírus dentro da máquina da célula, a célula fica saudável, ela não é invadida pelo vírus, ela não é usada pelo vírus para fazer novos vírus, e ela simplesmente fica boa. [00:07:07]

TV Brasil: Por isso que o tratamento precoce é importante? [00:07:10]

Nise Yamaguchi: Fundamental! E aí depois, o que a gente descobriu? Se você não trata precocemente, do 2º ao 5º dia, por isso que não dá tempo muitas vezes de fazer teste, porque o teste às vezes demora vários dias. Teve teste que foi feito que nunca foi realizado dentro do começo, 20 mil testes se perderam. Se você fosse esperar todos os resultados, e mesmo quando você tem um teste que é feito com {suabi}, tem 40% de falsos negativos.

TV Brasil: De falso negativo. [00:07:38]

Nise Yamaguchi: E ainda, tem ainda falsos positivos. Então é uma confusão geral aí nessa situação, mas ajuda um pouco, nada é 100% e nada… [00:07:48]

TV Brasil: E fica uma confusão geral também, porque a gente não sabe se está gripado, se está com coronavírus, ainda tem essa questão. [00:07:53]

Nise Yamaguchi: Todo mundo nega, né? Falam: “Não, é só uma gripinha”, mas como é que você sabe que é uma gripinha quando ela está começando? Você não sabe. Então é melhor tratar todo mundo, porque ao tratar todo mundo, depois você testa, dá uma olhada, mas você completa o tratamento. [00:08:06]

TV Brasil: E não teria uma contraindicação? Porque há uma preocupação em relação ao que esses remédios podem causar, esse é o medo. [00:08:12]

Nise Yamaguchi: Isso, existe.

TV Brasil: Então quando  a gente está falando aqui num tratamento precoce, e mesmo antes de se fazer um teste, ou se for uma gripe ou não, a preocupação é: primeiro com a automedicação e que efeito esse medicamento tem nesse momento na pessoa, mesmo que seja só uma gripe. [00:08:25]

Nise Yamaguchi: Isso. A gente tem a replicação viral, a gente tem a fase em que depois que entrou na célula, explodiu e saiu aquele monte de vírus, o sistema imunológico sai correndo e tenta combater o vírus. No que ele tenta combater o vírus, ele inflama, e ele cria coágulos, microcoágulos. E esses microcoágulos podem entupir vários lugares, inclusive aqui em volta do pulmão, nos alvéolos. E atrapalham a troca de ar no pulmão e inflamam. E aí você depois tem uma tempestade de citoquinas, que aí tem inflamação, tem células inflamatórias que migram, aí você tem febre, você tem calafrios, tosse, tem inchaço, pode interromper circulação em um monte de lugares, pode ter AVC, pode ter problemas cardíacos, renais, etc.

TV Brasil: Complica. [00:09:21]

Nise Yamaguchi: Então, essa 3ª fase é a tempestade total, que aí não adianta mais você tratar o vírus.

TV Brasil: É muito mais difícil de se conter, né? [00:09:27]

Nise Yamaguchi: Porque você já não segura mais. Entendeu? E é isso que a gente tenta evitar quando a gente começa a tratar o paciente precocemente, porque você pega naquela fase que ele está ainda tentando se replicar e acaba com ele e imuniza. Então o paciente fica com imunidade, ele não pega mais, ele não contamina mais, que é o paciente que então tem imunidade. Aí, o tratamento, para cada fase é diferente. Quando começaram a estudar a hidroxicloroquina, estudaram certo. O ­Didier Raoult e lá na Itália, estudaram em pacientes leves, pacientes que estavam ambulatoriais, e aí ninguém acreditou. O Didier Raoult é um dos maiores infectologistas do mundo, com o maior número de publicações do mundo. Ele foi hostilizado pela classe médica, foi ridicularizado.

TV Brasil: E por que, isso? [00:10:23]

Nise Yamaguchi: Porque acharam que era um absurdo que remédios tão simples pudessem estar tratando uma doença tão complicada, e também porque existia sim o interesse em que grandes indústrias tivessem remédios muito mais caros.

TV Brasil: Que a hidroxicloroquina é barata e não tem mais nem patente, né? [00:10:40]

Nise Yamaguchi: A hidroxicloroquina não custa nada. Isso claro, é teoria da conspiração, mas acabou acontecendo e as sociedades médicas que trabalham muito com essa área infecciosa acabaram se polarizando muito contra a hidroxicloroquina e que eles usavam quase uma centena de anos. São 20 bilhões de doses que já foram utilizadas com segurança no mundo.

TV Brasil: E esse estudo dele foi para onde? Parou? Foi hostilizada? [00:11:09]

Nise Yamaguchi: Não, ele já publicou agora 3 mil casos. Na época eram 300 casos, mas 300 casos bem feitos, mostrando que os pacientes não internavam. A França não acreditou e mandava os pacientes ficarem em casa até ficarem graves. E é o contrário. Logo que tem os primeiros sintomas, tem que procurar o médico, não precisa ser pronto socorro, pode ser no posto de saúde, a ideia é que a gente trate as pessoas para que elas não precisem, é uma gripinha mesmo, nessa fase é uma gripinha. Então você tem que tratar direito. O que é que aconteceu? O Didier Raoult foi hostilizado, morreram 10 mil pacientes na França. Eu conversei com o nosso embaixador do Brasil em Paris, ele estava em casa e ele estava horrorizado com o que estava ocorrendo. Eu conversei com os meus amigos, eu trabalho em Lyon, eu sou de um grupo que trabalha com países de baixa e média renda. Então assim, eu faço trabalhos também de empreendedorismo social. Eu controlei toda a questão do tabaco no Brasil, e faço fóruns mundiais em vários países da América Latina e do mundo, trabalhando a questão da prevenção e promoção de saúde. Então, o que aconteceu? Fui conversando com os meus amigos cientistas, e vi que aqueles que estavam usando o protocolo curavam e começaram a usar em si mesmos, eles começaram a nos primeiros sintomas tomarem os remes. Eu escrevi um protocolo que foi revisado oito vezes para profissionais de saúde. Só que eu não consegui colocar em prática porque existia uma pressão tão grande na universidade onde eu estou, que é a Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, onde eu trabalho na área de inovação, existia tamanha pressão dos professores titulares do Estado de São Paulo, que eu achei que não era o meu papel quebrar pedras. Eu tinha que trazer elegantemente a informação para quem quisesse ouvir.

TV Brasil: Vou só pedir para a senhora concluir aquela primeira que eu fiz, da história de eu estar doente, tomar o medicamento, qual é o efeito dessa hidroxicloroquina? [00:13:09]

Nise Yamaguchi: Durante cerca de 70 anos, era considerado um medicamento seguro, usado para mulheres grávidas com malária, usado na Índia em grandes quantidades; na África; no Brasil, na Amazônia toda. Usada preventivamente quando a pessoa vai viajar para uma região de malária, para dengue, chicungunha, para filariose, para doenças reumatológicas, por meses a fio. Só que quando começou essa confusão de gente tentando desacreditar, começaram a produzir dados errados, com doses altíssimas que matavam pessoas, e falavam que o problema era do remédio.

TV Brasil: Os dados errados eram da aplicação de um remédio de uma forma incorreta, e aí você provoca uma reação? [00:14:02]

Nise Yamaguchi: Isso. Por exemplo, no Amazonas, houve um estudo feito pela Fundação Fiocruz com um grupo de Manaus, que teve o uso de 4,4 vezes a dose de cloroquina do que deveria ser feito. E aí, as pessoas morreram. E esse estudo foi usado pelo FDA americano para cancelar várias coisas nos Estados Unidos.

TV Brasil: Sobre a hidroxicloroquina. Então a questão é que a dosagem errada é que provocada efeitos colaterais? [00:14:31]

Nise Yamaguchi: Dosagem errada. E aí foi feito também um estudo produzido de forma inconsistente com dados falsificados, com 96 mil pacientes publicado no Lancet. E a Organização Mundial de Saúde se baseou nesse estudo para cancelar o estudo mundial, a França cancelou também, a Bélgica e a Inglaterra. Coincidência ou não, são os países que mais morre gente.

(…) (intervalo) [00:15:00] a [00:15:29]

TV Brasil: Esse protocolo que a gente está adotando aqui agora no Brasil, está acontecendo em algum outro país? Em outros lugares? [00:15:34]

Nise Yamaguchi: Sim! Vários lugares. A Costa Rica também, em vários países da Europa, na Itália, em vários países.

TV Brasil: Ó, então existe algum medicamento exclusivo para o tratamento da covid-19? Hoje em dia. [00:15:49]

Nise Yamaguchi: Não. Por exemplo, a gente está usando bastante ivermectina. A  ivermectina é usada para piolhos, para vermes, para malária, para todas essas… viroses, tanto é que na África vários países receberam milhões de doses por causa da filariose e de outras doenças endêmicas. E por coincidência ou não, é onde os países que menos teve covid-19 grave. Todos os pacientes aqui de Porto Feliz que tiveram a doença, tiveram a imunização, tiveram o tratamento precoce dos profissionais de saúde e dos contactantes com ivermectina e ninguém teve a doença. Aí, os médicos estão tomando hidroxicloroquina preventivamente em alguns estudos. Na Índia tomaram bastante, o Trump tomou. Então assim, uma série de situações de você utilizar uma medicação que tem uma ação e outras medicações. Até o rendezivir, que foi tratamento aprovado agora com dados muito pequenos, muito insuficientes em pacientes graves, eles só conseguiram mudar de 15 dias para 11 dias o tempo de internação em UTI, mas é muito pouco em termos de mortalidade, no mundo a mortalidade etc. e com base nisso eles estão aprovando e custa quase 4 mil dólares por tratamento.

TV Brasil: Você vê uma discrepância na análise dos medicamentos. [00:17:21]

Nise Yamaguchi: Uma discrepância da análise, inclusive de propostas. E aí, ele foi usado para o ebola. Então na realidade não existe um remédio exclusivo de um vírus. Os vírus têm mecanismos semelhantes. A Natureza é tão redundante – sabe assim? – quando você vai olhar na microscopia eletrônica as fibras de colágeno, são assim, fibras, várias fibras formam uma fibra mais grossa, e depois várias fibras mais grossas formam uma outra fibra. Então, é como a casinha de letras que a gente tem do DNA. Você faz várias recombinações ACTG, etc., você vai fazer A com T, C com G vai, você vai fazendo…

TV Brasil: Diversas combinações. [00:18:03]

Nise Yamaguchi: …várias combinações de sopinhas de letras. Então você não precisa de um remédio exclusivo. Você tem que utilizar a melhor consolidação das informações aquilo que você tem como prova de conceito, proof of concept. Por que? Você já sabe que o vírus precisa do mecanismo da célula para se proliferar. Você sabe que ele vai fazer isso, você sabe que o sistema imune é o que combate, você sabe que a inflamação é o problema. Por que não tratar? E aí foi que veio o corticoide. Corticoide, gente, é baratíssimo, graças a Deus alguns desses remédios são baratíssimos.

TV Brasil: Qual é o corticoide que está sendo aplicado? [00:18:44]

Nise Yamaguchi: Olha, o estudo de Oxford foi com dexametasona 6 miligramas, 10 dias. É uma dose bem razoável, oral endovenosa, mas que fez toda diferença. No Brasil, com o colapso que teve lá no Pará, o Doutor {Zebalos} próprios fazer predizin. Predinizolona.

TV Brasil: É remédio conhecido. [00:19:10]

Nise Yamaguchi: Predinizona, que é um remédio que todo mundo usa, que é baratíssimo, numa dose de 1 miligrama por quilo no primeiro dia, depois 0,5 miligrama por quilo…

TV Brasil: Isso, naqueles primeiros dias de sintético? [00:19:21]

Nise Yamaguchi: Não. É melhor quando começa a… os primeiros dias de sintoma é bom você usar só o antiviral. Depois quando começa a inflação, é melhor você usar o corticoide. Porque o corticoide atrapalha um pouquinho a resposta imune, mas se você já chega com inflamação, é melhor começar o corticoide ali, usar o antiviral também. Que daí você combate o vírus com o antiviral, e combate a inflamação com corticoide e anticoagulante.

TV Brasil: Ó, vou seguir com as perguntas, já que a gente está falando dos medicamentos então falamos que é uma hidroxicloroquina numa dosagem baixa…

Nise Yamaguchi: Cinco dias só.

TV Brasil: …a ivermectina… cinco dias só. A senhora pode só complementar isso? Para explicar direitinho para as pessoas? [00:20:01]

Nise Yamaguchi: Isso. Então o tratamento é de cinco dias de hidroxicloroquina, isso eu posso falar porque normalmente médico pode falar receita de bolo na… mas como ninguém vai conseguir se automedicar porque precisa de receituário, precisa de controle etc.

TV Brasil: Eu ia falar isso, a gente vai falar também que para todos esses medicamentos não é uma automedicação, é indicação médica com receita. [00:20:22]

Nise Yamaguchi: Exatamente, a indicação é médica. A ivermectina, ela é comprada na farmácia, sumiu da farmácia, né? Você pode usar na primeira fase, hidroxicloroquina ou ivermectina ou os dois, com azitromicina e zinco. Porque essa composição é a melhor coisa. Pode ser ou um ou outro, ou os dois. Esse é um estudo que eu quero fazer agora científico, e que eu vou comparar aí os três braços. E o outro braço de gente que não quer tomar nada vai ser o controle., porque hoje eu não me sinto à vontade de dar um placebo que é pegar um remédio que você tem só farinha…

TV Brasil: Não tem efeito nenhum. [00:21:01]

Nise Yamaguchi: …dá para alguém moleque vai morrer. Entendeu? Não dá. A gente precisa ter um estudo inteligente e é isso que eu estou querendo validar agora com o Center of Diseases Controle dos Estados Unidos, com a Anvisa, com o Conep e com o FDA, para a gente fazer…

TV Brasil: Para fazer um artigo científico para trazer essa questão da ciência para essa discussão.

Nise Yamaguchi: Isso.

TV Brasil: Mas e comprovando a eficácia do que a senhora já disse que está acontecendo em algumas cidades do Brasil. [00:21:26]

Nise Yamaguchi: Empiricamente, por que? Em São Paulo, por exemplo, já foram 9 mil pacientes tratados pela Prevent Sênior. A Prevent Sênior tem 480 mil clientes acima de 60 anos… 

TV Brasil: E a Prevent Sênior usa esse protocolo? [00:21:42]

Nise Yamaguchi: …400 clientes acima de 100 anos. Se eles tivessem deixado a mortalidade no ritmo que estava vindo, que eram 80 pacientes no primeiro mês, eles teriam sido o case de desastre.

TV Brasil: É. Tem gente que está querendo tomar ivermectina como prevenção. [00:22:00]

Nise Yamaguchi: Isso sim.

TV Brasil: Serve?

Nise Yamaguchi: Serve. Serve bastante como prevenção.

TV Brasil: E esse daí também precisa de bula? Eu tenho que ir lá no médico pedir essa prevenção? De receita? Perdão. [00:22:08]

Nise Yamaguchi: Olha, não deveria, mas não é dado como é dado na África. Ivermectina é dado como é dado na África, a pessoa tem parasitose, toma. Então assim, é uma vez a cada 15 dias, não é nenhum problema.

TV Brasil: Não tem nenhuma contraindicação? A gente não está falando nada…? [00:22:22]

Nise Yamaguchi: Não tem nada na vida que não tenha contraindicação. Água, se você tomar demais, você morre afogada, tá?

(riso)

Nise Yamaguchi: Então vamos combinar que tem pessoas que tem problemas hepáticos, que tem problemas renais, que não deve tomar nenhum remédio sem orientação médica. De preferência todos que queiram tomar preventivamente devem procurar o médico, que nem os médicos sabem, que dirá o farmacêutico? Então tem que ter um cuidado. Mas você tem um absurdo, o Conselho de Farmácia, se falou que eles estavam autorizados a não dar o remédio mesmo que o médico prescrevesse.

TV Brasil: Mas como assim? [00:22:59]

Nise Yamaguchi: Foi assim. Eles fizeram a Portaria que o farmacêutico não era obrigado a dar um remédio que ele não concordasse, mesmo que viesse uma receita do médico.

TV Brasil: Quer dizer, que poder é esse que você dá ao farmacêutico de uma receita de uma necessidade? [00:23:14]

Nise Yamaguchi: Não, não é isso. É que desagregação é? Eu acho que o médico, farmacêutico, enfermeiro, todos têm que trabalhar juntos.

TV Brasil: Se você não traz essa informação para a gente de que há um tratamento, eu vou continuar com pânico em casa. E não é que a gente está pregando aqui que as pessoas saiam de casa, mas que entendam que tem o tratamento. [00:23:26]

Nise Yamaguchi: Aliás, por isso está me procurando, eu estou com medo de dar entrevista.

(gargalhada)

TV Brasil: É preciso entender que há um tratamento. [00:23:32]

Nise Yamaguchi: Estou com pânico do pânico. (acha graça) Estou brincando.

TV Brasil: Ah, meu Deus do ceu. (acha graça) E esse medo também é muito prejudicial, né? [00:23:37]

Nise Yamaguchi: Não, o medo, ele é prejudicial para tudo. Em primeiro lugar, te paralisa, te deixa massa de manobra. Qualquer pessoa você pega… você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiram controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não submetessem diariamente a humilhações, humilhações e humilhações, tirando deles todas as iniciativas? Quando você tem medo, você fica submisso a situações terríveis. Então eu acho que a gente tem que tirar o medo, mas tem que ter um enfrentamento ocorreto. Então tem que ter saneamento básico, tem que ter distanciamento social, usar máscara, comer regularmente, tomar sol, ter vitamina D, ter vitamina C, comer frutas, comer verduras, saladas, mais peixes e frango do que carne vermelha, sabe? Fazer uma dieta.

TV Brasil: É um conjunto de ações? [00:24:42]

Nise Yamaguchi: É um conjunto.

TV Brasil: Uma coisa na (ininteligível).

Nise Yamaguchi: Meditar, orar. A oração e aconexão com o universo, com a natureza. Quem não gosta de fazer uma oração, vá assistir um pôr do sol, vá assistir um nascer do sol, estrelas, eu falo para os meus pacientes.

TV Brasil: Trabalhar o pensamento é muito importante, né? [00:24:58]

Nise Yamaguchi: Também. Também. Tudo isso te traz uma capacidade de enfrentamento.

TV Brasil: Está se espalhando a ideia? As pessoas estão abraçando mais a causa? Se é uma notícia tão importante, já não deveria ter sido mais acolhida? [00:25:14]

Nise Yamaguchi: Vamos pensar que o passado faz parte de desconhecimento.

TV Brasil: Vamos para frente. [00:25:20]

Nise Yamaguchi: Vamos para frente.

TV Brasil: Concodo.

Nise Yamaguchi: Vamos salvar todo mundo? E pronto. Vamos mudar, vamos…

TV Brasil: Vamos deixar que isso…

Nise Yamaguchi: …criar um clima também de otimismo, de crescimento, a gente pode, tem cura. Toda matéria fala: “Essa é uma doença que não tem cura”. Tem cura! A cura está em você, no seu sistema imunológico, ajudado por remédios que agem na fase inicial. É isso, gente, vamos para frente fazer coisas boas, pensar no futuro, reconstruir o país, relações humanas…

TV Brasil: Enfatizar que é uma questão científica o que nós estamos falando aqui, né? E que inclusive a senhora vai transformar num artigo completo científico, com todas as fases exigidas, mas que já tem comprovação de que é eficiente, tanto lá no Pará, quanto na cidade de Porto Feliz, em São Paulo, onde o número de casos caiu bastante, não é? [00:26:14]

Nise Yamaguchi: Totalmente.

TV Brasil: Para encerrar, obrigada doutora, pela presença.

Nise Yamaguchi: É um prazer enorme.

TV Brasil: Até a próxima.

(…) [00:26:20] a [00:26:46]

(fim da transcrição) [00:26:47]

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