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Transcrição de áudio: reunião ministerial de 22 de abril de 2020

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transcrição de áudio

Transcrição de áudio: reunião ministerial de 22 de abril de 2020.

Fiquei curioso para saber como a PF realizaria a transcrição da reunião ministerial de 22 de abril de 2020. Cada página da transcrição vinha com a foto dos falantes e diversas vezes as falas eram agrupadas em torno da foto, de tal maneira que o nome de um falante aparecia em várias páginas, embora fosse uma fala longa.

Nesta versão corrigi isso, a cada troca de turno inseri tempo no final da fala, de modo a conter uma fala em determinado tempo, identificando o falante apenas uma vez.

Notei que a PF usa pontos de exclamação, mantive. Notei também que a PF usa “é…” para representar hesitações, que nós fazemos com “eh…”como se lê nos gibis da Disney ou do Cebolinha. Mas parece que, segundo perito com quem conversamos, o correto é mesmo usar éembora o próprio perito tenha ressalvas quanto a isso.

O que mais me chocou foi que após meses de covid-19 sendo diariamente noticiados, o presidente Jair Bolsonaro ainda erra o nome e chade codiv.

Exemplos de transcrição de áudio

Exemplo de Degravação (transcrição de áudio literal)

Exemplo de transcrição de áudio literal acadêmica

Exemplo de transcrição de áudio editada acadêmica

→ Mais informações em www.transcricoes.com.br

Segue transcrição revisada.

Convenções adotadas na transcrição

  1. palavra… → alongamento vocálico, hesitação ou interrupção de ato de fala.
  2. … palavra → continuação da fala do turno do falante que foi interrompida.
  3. (…) → demonstração de corte de fala considerado não relevante.
  4. [01:46:09] → marcação de tempo [hh:mm:ss](*)
  5. {hipótese} → hipótese de escuta ou fonográfica (o som que conseguimos entender)
  6. (ininteligível) → trecho ou palavra que não conseguimos compreender. Comentários do transcritor.

(*) A marcação de tempo ocorre a cada troca de turno relevante.

(início da transcrição) [00:00:00]

(Observação: Trechos inaudíveis foram extraídos da transcrição da PF)

Braga Netto: Posso chamar a atenção do Ramos? [00:00:01]

Jair Bolsonaro: (Ininteligível) [00:00:02]

Braga Netto: Ô ministro Ramos, por favor, vamos prestar atenção. (Risos) Muito obrigado. O senhor gostou? [00:00:10]

Hamilton Mourão: Bota ordem nesse troço aí, dá logo um esporro… [00:00:12]

Braga Netto: Tá. Senhores, bom dia. Eh… essa reunião é por solicitação minha ao Presidente da República, porque… nós iríamos apresentar isso à imprensa, que não foi apresentado e começaram uma série de especulações sobre esse plano de retomada. Então, eu solicitei ao presidente uma reunião com os ministros, porque o plano não vai ter efeito se todos os senhores não nos ajudarem, cada um na sua área, é claro. Tá? Na hora que nós precisarmos das pessoas para a… a coordenação do plano, os minis… o ministério que não colocar uma pessoa realmente que seja envolvida e tenha capacidade pra poder… eh… coordenar e executar o… esse ministério vai ficar mais fraco, e aí o plano todo f… fica meio capenga. Tá? É uma apresentação de dez minutos no máximo, mas é somente isso. Eu pediria também aos senhores que… eh… eh… não eh… a finalidade não é reunião de ministros para nós discutirmos nada. É simplesmente para apresentarmos o plano. Como é que saiu essa ideia? Tá, eu estava conversando com diversos ministros, entre eles Rogério Marinho, o Tarcísio, inclusive o nome do plano eu roubei de um plano do Tarcísio – né, Tarcísio, né – pedi autorização a ele e roubei. É um Plano Marshall brasileiro, né? E… eu comecei a observar que tinha plano da… ministério eh… de Des… Desenvolvimento Regional, que a Economia tem plano, que a Saúde tem plano, e não estava havendo uma coordenação, um… uma sinergia. Então esse foi o motivo dessa reunião aqui. Eu vou procurar ser bem… bem breve e objetivo. Por favor, passa a primeira: Muito bom. [00:02:00]

Hamilton Mourão: Passou tudo. [00:02:02]

Braga Netto: Passou tudo acabou, acabou, então vamos acabar. Você tá no fim, tá errado cara! Pô. Passa a primeira. Muito bem! Os senhores podem observar o seguinte eh… eu conversei com o presidente. O problema, nó… nós távamos invertendo a… a questão duma lógica de raciocínio. Nós temos um problema, né, nós temos desse problema, temos que ver quais são as consequências negativas desse problema? Todo mundo sabia, sanitárias e econômicas. Ninguém tem dúvida, com reflexo em todos os ministérios. Mas o foco não é em… na solução do problema. O foco, hoje, de uma maneira geral, é quem é o culpado, né? E nós queremos real… recolocar eh… eh… rem… vamos dizer assim, readequar isso aí para como o governo deve reagir a este problema para achar uma solução para os dois… as duas consequências negativas que ocorrem. Próximo. [00:02:58]

M?: Próximo.

Braga Netto: Então é um programa, o programa se chama Pró-Brasil, tá? Volto, dou o crédito ao… a… a… o azar do Tarcísio foi ele ter conversado comigo (risos). Eu gostei e roubei.

Jair Bolsonaro: Capitão, porra! [00:03:14]

Braga Netto: Né? Pró-Brasil. E um programa para integrar, aprimorar ações estratégicas. Os senhores vão ver que o foco, ele não é de Governo, ele é de Estado. Eu tô tentando fazer uma projeção de dez anos, tá? Eh… eu tô tentando não, nós vamos ter que fazer isso aí. Eh… pra retomada do crescimento socioeconômico em resposta aos impactos relacionados ao coronavírus, tá? Pode passar, por favor. As dimensões do programa são essas aí, ó, tá? Ele pega um modelo de governança, ele traz, ele busca melhoria da produtividade, investimentos estruturantes e ações estratégicas do setor público. Vai. O programa se divide em dois, em duas etapas, ou duas partes. O Pró-Brasil eh… deixa eu até ver aqui que eu não to conseguindo enxergar ali: Ordem, e o Pró-Brasil Progresso, tá? O Pró-Brasil Ordem, que você não imprimiu pra mim e eu agradeço. Ah, não, botou na página errada. Ele pega uma arcabouço normativo, ele trata – essas são as medidas estruturantes dele – tu vai ter que ter um arcabouço normativo, investimentos privados, segurança jurídica, produtivi… eh… jurídica e produtividade, melhoria no ambiente de negócios, e mitigação dos impactos socioeconômicos. Na parte de investimento ele foca em obras públicas, parcerias do setor privado. Eh… ele… ele… esse programa também, ele tem um foco na redução das desigualdades regionais, tá? Tem um foco na de… na redução das desigualdades regionais… ô Cid tá com um dedo… pé rápido aí. Eh… e… só um segundo por favor. Os inves… pode passar, por favor, Cid. Qual é a abrangência do programa? Os senhores podem observar que ele tem uma parte de infraestrutura, ele tem ações viabilizadoras e tem ações de apoio na lateral. Como é que é o nome mesmo? O…? [00:05:31]

M?: Facilitadoras.

Braga Netto: Facilitadoras. Então observe. Na infraestrutura, com foco particularmente nessas obras que estão paralisadas. Esses investimentos que nós estamos perdendo que estão paralisados. Ele pega infraestrutura de transporte e logística, desenvolvimento regional e cidades, pega energia e mineração, telecomunicações. No desenvolvimento produtivo, ele foca na indústria, agronegócios, serviços e turismo. Eh… na parte na… na… na… nas laterais os senhores têm a parte de cidadania, capacitação, saúde, defesa, inteligência e segurança. Tem também cadeias digitais, indústria criativa e ciência. E nas viabilizadoras, que são transversais na… em toda parte do programa, nós temos finanças e tributação, legislação e controle, meio ambiente e a parte institucional e internacional. Os… qual é a nossa… nosso… por favor, o nosso time frame que nós estamos pensando aí? A estruturação do programa, eu preciso que os senhores… nós vamos fazer uma reunião, como os senhores podem ver, do… é a primeira reunião do grupo de trabalho, tá, com todos os ministérios, envolvidos. E, na sexta-feira agora, tá, os senhores vão receber o horário, e aí nós teremos de maio a julho, a estruturação do programa. De agosto a setembro, o detalhamento do projeto. A partir de outubro, implantação em larga escala, tendo um foco prioritário naquelas ações que tenham uma resposta mais imediata. Porque o brasileiro é o seguinte, na hora que nós lançarmos o programa eles vão começar a cobrar resultado, né? Então eu tenho que ter alguma resposta pro público. E a efetividade dos processos e monitoramento, na realidade não tá no final, ele tá a… durante todo o processo, tá? Passa mais um Cid, por favor. Ah, não. Não, volta, volta um, aí. Eh… o horizonte do programa, se os senhores observarem, nós estamos pensando num horizonte, né, até dois mil… de dois mil e vinte… na realidade até dois mil e trinta, tá? Mas uma primeira fase dele, ele é faseado, até o final desse primeiro governo, mas com um planejamento que prossiga nisso aí. Esse é o foco do que o trabalho que os grupos vão ter que apresentar. Tá ok? Pode passar a última por favor. [00:08:04]

M?: Sem som.

Braga Netto: É sem som mesmo. Certo? Só um… um leiaute pros senhores. Então eh… na sexta-feira, eu solicitaria que os senhores, quando enviassem as pess… a… os representantes, esses representantes já viessem com uma noção dos programas ou do que os senhores pretendem dentro dos ministérios de vocês. Uma primeira ideia. E nós vamos partir disso pra elaborar isso aí. O trabalho não será feito aqui, aqui é somente uma coordenação. Cada ministério vai fazer e nós vamos coordenar. Presidente, era só isso. [00:08:46]

Jair Bolsonaro: Vamos dar a palavra ao Paulo Guedes, acho que é… com todo respeito aos demais, acho que é o ministro mais importante nessa missão aí. [00:08:56]

Paulo Guedes: Eu queria fazer a primeira observação, é o seguinte: não chamem de Plano Marshall porque revela um despreparo enorme. [00:09:01]

Braga Netto: Não, não, não, isso aqui foi só aqui e agora. E o Pró-Brasil. [00:09:05]

Paulo Guedes: Então quan… quando se falou em Plano Marshall… O Pró-Brasil é um nome espetacular, dez, mil. Plano Marshall é um desastre. Que eu… ma… revela despreparo nosso. Plano Marshall, por exemplo, os Estados Unidos podem fazer um Plano Marshall pra nos ajudar. A China (silêncio), deveria financiar um Plano Marshall pra ajudar todo mundo que foi atingido. Então a primeira inadequação, a gente tem que tomar muito cuidado é o seguinte, é o plano Pró-Brasil. [00:09:29]

Braga Netto: Positivo. (Ininteligível) [00:09:29]

Paulo Guedes: Não se fala Plano Marshall, porque é um desastre. Vai revelar falta de compreensão das coisas. A segunda coisa é o seguinte: é super bem-vinda essa iniciativa, para nos integrarmos todos. Agora, não vamos nos iludir. A retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pelo turismo pela abertura da economia, pelas reformas. Nós já estávamos crescendo. Voltar uma agenda de trinta anos atrás, que é investimentos públicos financiados pelo governo, isso foi o que a Dilma fez trinta anos. Então tá cheio de gente pensando nessa eleição agora, e botando coisa na… na cabeça do… do… de todo mundo aqui dentro, são governadores querendo fazer a festa, são às vezes ministros querendo aparecer, tem de tudo. E todo mundo vem aqui: “Vamos crescer, agora temos que crescer, tem que ter a resposta imediata, porque o governo vai gastar”. O governo quebrou! O governo quebrou! Em todos os níveis! Prefeitura, governador e Governo Federal. Que que nós conseguimos fazer? Nós sinalizamos o contrário. Nós desalavancamos banco público, reduzimos endividamento, baixamos juros e o Brasil ia começar a voar. Então, se agente lançar agora um plano eh… todo o discurso é conhecido: “Acabar com as desigualdades regionais”, Marinho, claro, tá lá, são as digitais dele. É bi… é bonito isso, mas isso é o que o Lula, o que a Dilma tão fazendo há trinta anos. Se a gente quiser acabar igual a Dilma, a gente segue esse caminho. Então, eu acho o discurso bom, mas nós temos que tomar cuidado e reequilibrar as coisas. Não pode ministro, pra querer ter um papel preponderante esse ano, destruir a candidatura do presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais. Então, eu tenho que dar esse recado, nós vamos estar à disposição, nós vamos ajudar tudo, mas nós não podemos nos iludir. O caminho desenvolvimentista foi seguido, o Brasil quebrou por isso! O Brasil estagnou! A economia foi corrompi… a política foi corrompida, a economia estagnou através do excesso de gastos públicos. Então achar agora que você pode se levantar pelo suspensório? Como é que um governo quebrado vai investir, vai fazer grandes investimentos públicos? Tarcísio sabe disso, conversamos sempre. Tarcísio sabe o seguinte: quanto é cê consegue, Tarcísio? Passar de cinco bi para quanto? Pra quinze, pra vinte, pra trinta? Multiplicou por seis. Quanto é que você consegue de… de investimento em concessões? [00:11:52]

Tarcísio: Duzentos e cinquenta. [00:11:52]

Paulo Guedes: Duzentos e cinquenta. Tá certo? Então ó, tem cem bilhões vindo pra saneamento. Tinha cem bilhões que viriam, as dezessete maiores eh… petroleiras do mundo viriam pra a nossa cessão onerosa, cem bilhões de cessão onerosa, cem bilhões de mineração, cem bilhões de saneamento, duzentos trinta bilhões de concessões. Quinhentos bilhões! Cadê o dinheiro do governo pra fazer isso? Num tem. Então quem tá sonhando, é sonhador. A gente aceita, politicamente a gente aceita. Vamos fazer todo o discurso da desigualdade: vamos gastar mais, precisamos eleger o presidente. Mas o presidente tem que pensar daqui a três anos. Não é daqui a um ano não. Tem muita gente pensando na eleição desse ano. E só a observação que eu faria. [00:12:33]

Jair Bolsonaro: Eu tô fora de eleições municipais. [00:12:36]

Braga Netto: Eh… a… a só um minutinho. A ideia aqui, ninguém falou em investimento público por enquanto. Inclusive nós falamos ali em investimento, opa. E… falamos inclusive em investimentos privado. O que tem que acontecer é o seguinte, eu tô vendo plano de tanto de gente, nós temos que sentar e aí… [00:12:52]

Paulo Guedes: Isso. Não, fundamental essa coordenação. [00:12:53]

Braga Netto: A im… a imprensa… [00:12:54]

Paulo Guedes: Fundamental, fundamental. [00:12:55]

Braga Netto: A… a… a Economia vai dar exatamente o quê que pode, o quê que não pode… [00:12:57]

Paulo Guedes: Fundamental a coordenação. [00:12:59]

Braga Netto: Aí nós vamos entrar… [00:12:58]

Paulo Guedes: Até pra não sair na imprensa… [00:13:01]

Braga Netto: …pra gente apresentar. [00:13:00]

Paulo Guedes: …o que está saindo. Porque saiu na imprensa assim: “Plano Marshall, e Economia tá fora”. Quer dizer alguém… [00:13:06]

Braga Netto: Só um minutinho, o Onyx pediu a palavra (se referindo a um terceiro) [00:13:07]

Paulo Guedes: …alguém foi para a imprensa e falou: “Ó, vem um Plano Marshall aí e a economia tá fora”, que dizer… eh… e… e… enfraquecer o nosso… o nosso discurso num momento desse é uma tolice! É um atentado contra nós mesmos. [00:13:21]

Jair Bolsonaro: Pera um pouquinho, dá licença um pouquinho. A questão da imprensa. Eu acho que eu resumi hoje na frente do palácio em vinte segundos: “Eu não vou falar com vocês, porque vocês não deturpam, vocês inventam, e potencializam.”. Tem que ser o papel de cada um, não pode um sair daqui no cantinho “Ah, foi mais ou menos isso”, não pode falar nada. Tem que ignorar esses caras, cem por cento. Senão a gente não… não vai para frente. A gente tá sendo pautado por esses pulhas, pô. O tempo todo jogando um contra o outro. Até a Tereza Cristina contra mim quem disse, para jogar a Tereza Cristina… jogam ela contra mim. O tempo todo, tá? Então se a gente puder falar zero com a imprensa, é a saída. [00:13:57]

Onyx Lorenzoni: Bom. Eu vou ser muito rápido aqui general. Primeiro, parabéns. E fundamental esse processo de coordenação e de centro de governo. Nós precisamos ter isso cada vez mais aprofundado e… e com melhor qualidade. Segundo, eu quero eh… não precisa mas eu quero me somar a essa eh… visão do ministro Paulo Guedes, porque vamo lá, nós em… re… recebemos o governo com trinta e seis mil obras paradas. Oriundas da onde? Do PAC! Só pra lembrar! O… o Abraão tem não sei quantas mil eh… eh… eh… creches! Três mil creches paradas que somam nessas trinta e seis. Então, o que é que nós trouxemos pro Brasil, e como é que nós começamos o ano? E eu vou lembrar, presidente, o senhor sempre disse: “E muito triste ver um brasileiro chegar no exterior e ser recebido com o manto da desconfiança”. Pois nós passamos, Paulo Guedes, o ano todo, Tarcísio, Tereza, Bento eh… eh… eh… o nosso ministro Marcos Pontes e outros, andando pelo mundo e fazendo o que? Vendendo o Brasil. Terminamos o ano. Quatroce… – lembro do número – quatrocentos e oitenta e dois bilhões de investimentos para os próximos vinte anos. Uma boa parte mineração, petróleo e por aí vai. Eh… Recebemos noventa bilhões de bônus de outorga. Nós temos dez bilhões de dólares do governo da Arábia Saudita que precisa definir onde é que vai botar, mas o príncipe autorizou. São cinquenta bilhões de reais, a… a dinheiro de hoje. Então, eu tenho convicção de que nós temos que continuar fazendo o que a gente vinha fazendo. Ou seja, aprofundando a participação da sociedade. Nós temos uma coisa emblemática aqui, que é a lei da liberdade econômica, que pela primeira vez na história do Brasil, desde que o Brasil é Brasil o cida… dian… diante do Estado tem razão, até que o Estado prove ao contrário. Foi isso que fez os americanos, que há duzentos anos atrás eram muito mais pobres do que nós, ser muito mais ricos do que nós. Então, o aprofundamento são sim das reformas, é sim ousar e ter uma reforma tributária que baixe imposto no Brasil, reduza a carga tributária! Eu tô falando sério! A gente nunca discutiu isso entre nós! Mas isso tem que caminhar pra isso. Por quê? Porque aí nós damos fôlego a iniciativa privada pra que ela faça o que tem que fazer, e nós vamos ser mediadores desse processo. Apenas. E… e sinceramente, eu acho que todo nosso esforço nos próximos dias, tem que ser como é que nós mantemos a nossa linha, porque nós terminamos o ano ministro Ernesto, ministro Tarcísio! O senhor foi recebido na associaç… na federação das indústrias alemãs com um slide que mostrava a um, meia, três com os caminhões atolados, e a um, meia, três pavimentada. E o presidente que coordenava aquele momento, eu estava lá lhe aguardando, voltando da Rússia, disse ao senhor “nós… o quê que vocês brasileiros fizeram, que nós não acreditávamos, que vocês recuperaram a confiança e estão fazendo tantas transformações”. Então, presidente, só pra concluir eh… cem por cento nesta linha, mas que a gente não perca o foco original, porque por onde a gente tava caminhando nós recuperamos a confiança externa e externa! Fomos acometidos de algo muito grave, que é uma doença, e que foi levado ao paroxismo da histeria (silêncio) porque serve a interesses de muitos, os mais variados, eu não vou aqui detalhar. Mas sinceramente, temos que rapidamente voltar ao que nós estávamos fazendo, porque nós tava no caminho certo, e a prova disso é que todo mundo voltou a olhar o Brasil com respeito. [00:18:11]

Rogério Marinho: Bom, eu vou partir do princípio que todos que estão aqui são bem-intencionados e querem o bem do Brasil. Tá? Então eu não a… não acredito em teoria da conspiração, nem que ninguém quer solapar os alicerces da República, nem abalar a administração do presidente Bolsonaro, pelo contrário. E quero lembrar a todos que não existem verdades absolutas. Por favor, por favor, vamos refletir. O que tá acontecendo hoje no mundo não tem parâmetro nos últimos cem anos. O que tá acontecendo hoje no mundo, vai permitir, de acordo com o FMI, que foi a previsão de uma semana atrás, de uma diminuição de quase três por cento do PIB mundial, e no caso do Brasil de mais de cinco por cento. Não tem paralelo. Em situações extraordinárias, remédios extraordinários de forma circunstancial. Isso não significa que nós tenhamos a necessidade de implantarmos uma política permanente. O… o ministro Braga Netto tá… na sua apresentação, ele estabelece inclusive o limite temporal e deixa claro que é uma política de Estado. O que eu peço é que nós tenhamos aqui as mentes abertas, e que os dogmas – quaisquer que sejam eles, presidente! – sejam colocados de lado nesse momento. Porque os governos do mundo certamente têm a capacidade de entender o que tá se passando. E eu tenho visto governos extremamente liberais preparando programas de reconstrução, levando em consideração a necessidade de que o Estado nacional passa a ter um papel diferente como tomador de risco nesse momento em que há uma queda abrupta da liquidez. O ministro Onyx fala com muita propriedade da Arábia Saudita e dos dez bilhões de dólares. E bom lembrar – tá aqui o ministro Bento – que tá se pagando para se retirar petróleo do mundo. Os países vão utilizar as suas respectivas liquidez para resolver os seus problemas de infraestrutura e de retomada das suas economias. Nós temos que ter segurança jurídica, senhor presidente; respeito a contrato, senhor presidente; capacidade de alavancar recursos privados com a inversão de recursos públicos, sim! É bom lembrar, que eu tenho ouvido falar – não sei se é verdade, depois a gente vai com… com… vai colocar na ponta do lápis – que a gente pode chegar a seiscentos bilhões de reais esse ano de ajuda a empresas e a pessoas físicas. Recursos do Governo Federal, fruto de endividamento do governo. Desse governo, que vai terminar o ano com déficits quatro, cinco, seis vezes maior do que estava precificado no início do ano. Caiu um meteoro sobre as nossas cabeças. Então, por favor, nós não podemos começar uma discussão com verdades absolutas e com dogmas estabelecidos ao longo de cem anos, em função de uma catástrofe que se abateu sobre o mundo, e os governos de todo o mundo estão se debruçando sobre o assunto, entendendo que muda o papel do Estado. Senhor presidente, é bom lembrar que quando houve a unificação da Alemanha – eu acho que esse é um fato histórico irrefutável – o Estado alemão entendeu e fez um pacto de que de… haveria necessidade de investir em capital humano e infraestrutura na Alemanha Oriental para diminuir desigualdades regionais. E esse é um pacto do Brasil. Essa pode ser uma catástrofe, que vai nos afundar, ou pode ser uma onda pra gente surfar, uma alavanca para recuperar o país. Todos os países do mundo estão submetidos ao mesmo processo. Vai depender da nossa capacidade de termos uma opção clara de que forma vamos sair desse problema. Se vamos gastar seiscentos bilhões de reais para resolver uma situação que é emergencial – e todos reconhecemos que é necessária – de darmos segurança à população, no caso alimentar, pra evitarmos o caos, pra diminuirmos a mortandade das empresas, muito bem. Tá correto, essa é a boa direção. Por que não cinco, seis, sete por cento desse… desse total, dez por cento desse total, em obras de infraestrutura? Por que não termos a capacidade de alavancarmos emprego num momento em que a retomada – todos os economistas aqui reconhecem – vai ser muito lenta? Bom, eu só… tô falando isso, presidente, pra que nós possamos ter essa discussão sem dogmas! Sem verdades absolutas! Sem a preocupação de que as coisas continuam como eram antes. Não são como eram antes! Aqui e no mundo inteiro! [00:23:23]

Ricardo Salles: Presidente, eu tava assistindo atentamente à apresentação do colega, ministro Braga Netto, e na parte final ali na… no slide da… das questões transversais tá o Meio Ambiente, mas eu acho que o que eu vou dizer aqui sobre o meio ambiente se aplica a diversas outras matérias. Nós temos a possibilidade, nesse momento em que a atenção da imprensa tá voltada exclusiva… quase que exclusivamente pro COVID, e daqui a pouco para a Amazônia – o General Mourão tem feito aí os trabalhos preparatórios pra que a gente possa entrar nesse assunto da Amazônia um pouco mais calçado – mas não é isso que eu quero falar. A oportunidade que nós temos, que a imprensa não tá… tá nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as reformas que o mundo inteiro nessas viagens que se referiu o Onyx certamente cobrou dele, cobrou do Paulo, cobrou da Tereza, cobrou do Tarcísio, cobrou de todo mundo, da… da segurança jurídica, da previsibilidade, da simplificação, essa… grande parte dessa matéria, ela se dá em portarias e norma dos ministérios que aqui estão, inclusive o de Meio Ambiente. E que são muito dificcis, e nesse aspecto eu acho que o Meio Ambiente é o mais difícil de passar qualquer mudança infralegal em termos de infraestru… e… eh… instrução normativa e portaria, porque tudo que agente faz é pau no judiciário, no dia seguinte. Então, pra isso precisa ter um esforço nosso aqui, enquanto estamos nesse momento de tranquilidade, no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas de IPHAN, de Ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação regulam… eh… de regulatório que nós precisamos em todos os aspectos. E deixar a AGU — o André não tá aí, né – e deixar a AGU de stand by pra cada pau que tiver, porque vai ter, essa semana mesmo nós assinamos uma medida a pedido do Ministério da Agricultura, que foi a simplificação da lei da mata atlântica, pra usar o código florestal, hoje já tá nos jornais dizendo que vão entrar com medi… com ações judiciais e ação civil pública no Brasil inteiro contra a medida. Então pra isso nós temos que tá com a artilharia da AGU preparada pra cada linha que a gente avança ter uma coisa. Mas tem uma lista enorme, em todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, pra simplificar. Não precisamos de congresso. Porque coisa que precisa de congresso também, nesse… nesse fuzuê que está aí, nós não vamos conseguir apo… apos… eh… aprovar. Agora tem um monte de coisa que é só parecer, caneta; parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar uma canetada sem parecer é cana. Então, o… o… o… isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer. Eh… e… enfim, eu acho que essa… essa é uma questão importante que tava aí nos slides, Braga Netto, que… [00:26:31]

Braga Netto: Você vê que a jurídica também tá embaixo… [00:26:30]

Ricardo Salles: Isso eh… exatamente. [00:26:32]

Jair Bolsonaro: Eh… me ligou agora de manhã, o… Eduardo Gouveia Vieira, da Firjan. Ele quer fazer uma videoconferência onde mais de trezentos empresários do Rio, que é um pouquinho abaixo do potencial de São Paulo, pra hipotecar solidariedade a uma… à ideia que nós temos de reabrir o comércio. A desgraça que vem pela frente, eu acho que o Paulo Guedes tá sendo até legal – hein, Paulo Guedes – eu não sou economista, não. Vai ser uma porrada muito maior do que você possa imaginar! Não são apenas os informais. Eu acho que já bateu a dez milhões de carteira assinada, foi pro saco. E os governos estaduais não têm como pagar salário pros ca… não tem. Maio, metade dos estados não te… não vai ter como pagar salário mais. A desgraça tá aí. Eles vão querer empurrar essa… essa… essa trozoba pra cima da gente – esse pessoal aqui do lado vai querer empurrar – e a gente vai reagir! Porque aqui não é saco sem fundo! Tá? Então, essa preocupação, vamos ter. Paralelamente a isso tem aí a OAB da vida, enchendo o saco do supremo, pra abrir o processo de impeachment, porque eu não apresentei meu… meu exame de… de… de… de vírus, essas frescurada toda, que todo mundo tem que tá ligado. Não é apenas eh… cuidar do seu ministério nessas questões que estamos tratando aqui, é tratar da questão política também. Tá certo? Então eh… essa é a preocupação que temos que ter, porque a luta pelo poder continua, a todo… a todo vapor, e sem neurose da minha parte, tá? O campo fértil pra aparecer um… uns porcaria aí, né, levantando a… aquela bandeira de… do… do povo ao meu lado, não custa nada. E o terreno fértil é esse, o desemprego, caos, miséria, desordem social e outras coisas mais. Então essa é a preocupação, todos devem ter, né? Não é o “tá bom, o ministério fatura; deu merda, no colo do presidente.”. Não pode ser assim! Hoje eu vi o Magno Malta me defendendo. O Magno Malta, desculpa aí, foi tratado lá atrás pra ser vice. Depois ele resolveu não ser, tudo bem. Depois foi ser tratado para ser ministro, tudo bem. Agora politicamente ele nunca me deu uma alfinetada e sempre tá defendendo com os problemas que ele tem. Então, não é o ministro ir de peito aberto, enfrentar, entrar no covil dos leões, mas não pode, né? Por exemplo, quando se fala em possível impeachment, ação no supremo baseado em filigranas, eu vou em qualquer lugar do território nacional e ponto final! O dia que for proibido de ir pra qualquer lugar do Brasil pelo supremo, acabou o mandato. E, espero que eles não decidam – ou ele, né, monocraticamente – querer tomar certas medidas, porque daí nós vamos ter um. Uma crise política de verdade! E eu não vou meter o rabo no meio das pernas. Isso daí… zero! Zero! Tá certo? Porque se eu errar, se achar um dia ligação minha com empreiteiro, dinheiro na conta na Suíça, porrada sem problema nenhum. Vai pro impeachment, vai embora. Agora, com frescura, com babaquice, não! Até em cima do que eu falei, em frente ao Forte Apache. Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Ponto final. O pessoal tava lá, eu fui lá, Dia do Exército. E falei algo que eu acho que… num tem nada demais! Mas a repercussão é enorme! “Ó, o AI-5”. Cadê o AI-5? Ca… cabou com a… o AI-5 não exis… não existe ato institucional no Brasil mais! E uma besteira! Artigo um, quatro, dois; e um pessoal que não sabe interpretar a constituição! Agora em cima disso fazer uma onda? “Ah, vamos ouvir deputados, empresários”, seja lá o que for? Agora, quando a Câmara faz lá dentro uma homenagem a Che Guevara, a Mao Tse-Tung e tudo mais, não tem problema nenhum. Quando o Partido Comunista do Brasil faz suas convenções e idolatram lá Fidel Castro, entre outros, não tem problema nenhum! Quando um coitado levanta uma placa de AI-5, que eu tô me lixando para aquilo, porque num… porque num existe AI-5! Não existe! Artigo um, quatro, dois: nós queremos cumprir o artigo um, quatro, dois, todo mundo quer cumprir o artigo um, quatro, dois! E havendo necessidade, qualquer dos poderes, pode, né, pedir às forças armadas que intervenham pra reestabelecer a ordem no Brasil, ou naquele local sem problema nenhum. Agora todos, né, têm que se preocupar com a questão política, e a quem de direito, tira a cabeça da toca, porra! Não é só ficar dentro da toca o tempo todo não! “Tô bem, eu tô cuidando da minha imagem, a imagem tá aqui, eu sou bonitinho, e o resto que se exploda”! Não! Tem que fazer a sua parte! Então é isso que eu tento, ten… te… tenho falar com vocês, porque depois de um certo momento, onde chegar a… na… na… a cabeça dessas pessoas, fica dificil voltar atrás. Daí querem uma crise, é uma crise. Não tenho amor por essa… por essa… por esse mandato a… pe… pela… pela cadeira de Presidente. Ne… ne… zero! Zero! Não vou provocar ninguém. E assim como a defesa faz uma nota muito boa dizendo que vai cumprir a Constituição, liberdade, e co… dez! E não aceita golpe, dez! Também não aceita o contragolpe dos caras, porra! Vai deixar alguns maluco aí, que sabem quem são, fica aí naquela fervura de: “Ah, o presidente é irresponsável, ele é maluco, ele é genocida”, né? Não é assim, não vá… o que prum lado, vale pro outro, o que não vale prum preocupação que devemos ter. Com isso que tá aqui, o Pró-Brasil, mas também com a questão política. Se nós começarmos a falar com propriedade, e tem gente… muita gente que fala muito melhor do que eu, e tem um conhecimento muito melhor do que eu, tem que falar, pô! Discretamente, mas tem que falar pra não deixar subir a temperatura, que é só é só porrada o tempo todo em cima de mim. E vou continuar indo em qualquer lugar do Brasil e ponto final! É problema meu. Tá certo? Se eu não tivesse o direito de ir e vir? Prefeitinho lá do fim do mundo, um jaguapoca de um prefeito manda prender! Tem que a Justiça se posicionar… se posicionar sobre isso! Porra! Tem que se posicionar sobre isso! Abertamente! Não admitimos prisão por parte de prefeitos e o decreto! Tem que falar! Não é ficar que eu ieto! E quem de direito aqui, e todos os ministros têm que falar isso aí, não é só a Justiça! Todos tem que falar! Não é ficar, deixo bote… toca o barco não e… e vamos em frente. Tá? Então é isso que eu apelo a vocês, pô! Essa é a preocupação! Acordem para a política! E se exponham! Afinal de contas o governo é um só! E se eu cá ir, cai todo mundo! Agora vamo ca… se tiver que cair um dia, vamos cair lutando com uma bandeira justa, e não por uma babaquice de… de… de exame a… antivírus, pô! Pelo amor de Deus, pô! Tá? Eu até já bem claro, de um oito ano pra cá, quando pedia à farmácia de manipulação um remédio qualquer, eu falava pro médico: “Bota o nome de fantasia, porque se for o meu nome pra lá – como era, sempre fui um cara manjado – tem três, quatro que vão manipular lá o medicamento pode me envenenar”! Pô. E assim é a mesma coisa, a questão do vírus, entre outros. De acordo com o interesse, o cara dá negativo ou dá positivo. E depois que deu vai pra contraprova, vai dar problema. E nós sabemos – tá certo – que nós temos um compromisso com a verdade. Eu jamais mentiria se não tivesse o… realmente o exame negativo! Jamais ia mentir negativo deu positivo, vice-versa, jamais. A verdade acima de tudo. Então, eu… o apelo que eu faço a todos que se preocupe com a política, pra não ser surpreendido! E eu não vou esperar o barco começar a afundar pra tirar a água. Estou tirando água e vou continuar tirando água de todos os ministérios no tocante a isso! A pessoa tem que entender! Se não quer entender, paciência, porra! E eu tenho poder e vou interferir em todos os ministérios! Sem exceção! Nos bancos eu falo com o Paulo Guedes se tiver que interferir, nunca tive problema com ele, zero problema com o Paulo Gudes! Mas os demais, vou! Eu não posso ser surpreendido com notícias! Pô, eu tenho a PF que não me dá informações. Eu tenho as… as inteligências das Forças Armadas que não têm as informações. A Abin tem seus problemas. Tenho algumas informações! Só não tenho mais porque tá faltando… realmente temos problemas, aparelhamento, etc. Mas a gente não pode viver sem informação. Sem inf… como é que é que nunca ficou atrás do… da… da… da… da porta ouvindo o que o seu filho ou sua filha tá… tá comentando? Tem que ver pra depois (Ininteligível) e depois que ela engravida, não adianta falar com ela mais! Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os corno de… de droga, já não adianta mais falar com ele, já era. E informação é assim! Eu tava vendo, estudando o fundos aqui, como é que o serviço chinês secreto trabalha nos Estados Unidos. Qual é a preocupação nossa aqui? (Silêncio) É simples, o negócio. “Ah, não deve falar publicamente”. Devo falar como? Tá todo mundo vendo o que tá acontecendo. (Silêncio) Tudo bem. Tá. Cê tira do (Silêncio) porra (silêncio) tudo mentira! É uma realidade! Não adianta esconder mais, tapar o sol com a peneira, né? Tem… não é… e… vá… em alguns ministérios, tem gente deles plantado aqui dentro! Né? Então não quebrei (silêncio) zero (silêncio) Precisamos deles pra vender? Eles precisam também de nós, que se não precisasse, não tariam comprando a soja da gente, não! Precisam! E é um negócio, pô! E devemos aliar com quem tem alguma afinidade conosco, pra a gente poder faz… fazer valer a nossa vontade naquele momento. Não adianta se esconder aqui, depois ter um problema, daí liga pro tio: “Ô, tio”… “Pô, cara, cê me ignorou até hoje. Cê só… não me chamou de imperialista igual à esquerdalha e o FHC falava no passado. No resto, agora não dá mais”. Então essa é a preocupação que temos que ter. A questão estratégica, que não estamos tendo! E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos! É uma… tá uma vergonha! Uma vergonha! Que eu não sou informado! E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é… uma extrapolação da minha parte. E uma verdade! Como eu falei, né? Dei os ministérios pros senhores com poder de veto. Mudou agora. Tem que mudar, pô. E eu quero, é realmente, é governar o Brasil! Não, é o problema de todos aqui – como disse o Marinho, né – é o mesmo barquinho, é o mesmo barco. Se alguém cavar o fu… cavar no porão aqui, vai, vai todo mundo pro saco aqui, vai todo mundo morrer afogado. Então ess. Isso que a gente precisa, é pensar além do que tem que fazer internamente aqui. Quando explodiu o Inmetro, conversei com o Paulo Guedes. Uma – desculpe o linguajar – uma putaria! Putaria o Inmetro! Trocar tacógrafo, trocar taxímetro, botar chip na bomba de combustível, putaria! É igualzinho a tomada de três pinos. Tá muito bem agora lá. A imprensa enfiou a porrada. “Ah, botou um coronel”. Coronel é formado pelo IME. Num ia botar um coronel sem u… sem uma formação, tá? E assim nós devemos agir. Como tava discutindo agora. O IPHAN não é? Tá Ia vinculado a Cultura. Eu fiz a cagada em escolher, nu… não escolher uma, uma pessoa que tivesse o… também um outro perfil. É uma excelente pessoa que tá lá, tá? Mas tinha que ter um outro perfil também. O IPHAN para qualquer obra do Brasil, como para a do Luciano Hang. Enquanto tá lá um cocô petrificado de índio, para a obra, pô! Para a obra! O quê que tem que fazer? Alguém do IPHAN que resolva o assunto, né? E assim nós temos que proceder. E assim, cada órgão, como eu falei da Tereza Cristina, que mudou uma Instrução Normativa, revogou uma Instrução Normativa, ajudou quatrocentos mil pessoas no Vale do Ribeira – parabéns a ela – assim são outras decisões. A questão de armamento, né? As questões de… Mas por quê? Peraí! Ministro da Justi… senhor ministro da Justiça, por favor! Foi decidido há pouco tempo que não podia botar algema em quase ninguém! Por que tão botando algema, em cidadão que tá trabalhando, ou mulher que tá em praça pública, e a Justiça não fala nada? Tem que falar, pô! Vai ficar quieto até quando? Ou eu tenho que continuar me expondo? Tem que falar, botar pra fora, esculachar! Não pode botar algema! Decisão do próprio supremo! E vamos ficar quieto até quando? Fica humilhando nosso povo, por quê? Isso tá crescendo. Pessoal fica apontando pra mim: “Votei em você pra você fazer alguma coisa! Votei em você pra você tomar decisões” pra você brigar!” E é verdade! Eu tô me lixando com a reeleição! Eu quero mais que alguém seja re… seja eleito, se eu vier candidato, tá? Pra eu ter. Eu quero ter paz no Brasil, mais nada! Porque se for a esquerda, eu e uma porrada de vocês aqui tem que sair do Brasil, porque vão ser presos. E eu tenho certeza que vão me condenar por homofobia, oito anos por homofobia. Daí inventam um racismo, como inventaram agora pro Weintraub. Desculpa, desculpa o… o desabafo: puta que o pariu! O Weintraub pode ter falado a maior merda do mundo, mas racista? Vamos ter que reagir, pessoal! É outra briga! Tem que ser um governo com altivez! Se expor! Mostra ar que nós temos o povo do nosso lado! Que nós somos submissos ao povo! Nós realmente – é como disse, se não me engano Magareth Tacher, né, ou Reagan, não sei – pra se… tem que ser conduzido pela povo brasileiro, e ponto final! Onde o povo tá, vamos estar junto! Eu não convidei ninguém pra ir pra frente do pa… da… do Forte Apache, ninguém, zero! Tava na casa do meu filho, fiquei sabendo: “Vô pra lá!”. A imprensa tá falando agora que… o… não sei… que dois ministros militares aí não aceitaram meu convite. O dia que… ou eu convido o ministro pra um churrasquinho em casa, ou pago uma missão! [00:40:07]

M?: Eu e o Fernando. [00:40:08]

Jair Bolsonaro: tá? Eu não sei. Ou eu pago uma missão. Se a missão for absurda, o ministro fala: “Ó, tchau, tô fora “, tá certo? Ou vai e fica puto, mas vai, pô! E jamais eu vou pagar uma missão escrota pra quem quer que seja, nem no quartel eu fazia isso com recruta, nem no quartel! Tá certo? Quem dirá… o nosso convívio aqui, que é muito nosso convívio bom eh… partir pra essa linha? Não estamos em desespero, nós estamos bem! Não somos acusados de desvio, de corrupção, nada. Na se… nada, tá zero! Temos problema pela frente! Vamos tentar solucionar, como eu tenho conversado com vários ministros, e vamos solucionar! Porque o destino do Brasil tá na mão desse grupo privilegiado que tá aqui! E eu não seria nada sem vocês! Vocês não seriam ministro sem… sem eu. Duvido! Dificilmente alguém ia ser ministro se tivesse um Haddad aqui. Eu duvido! Poderia aceitar por alguns dias, né? Depois ver a sacanagem que ia ser, não ia ser diferente do que foi os dois anos anteriores do PT, não é? Ia pedir pra sair. Então um apelo pra vocês! Todo mundo se preocupe com o futuro do Brasil, com a questão política! Criticar um ato de uma pessoa ou outra não… não é criticar o Congresso ou de… de criticar o Supremo Tribunal Federal. E. É uma… quem não fica… quem não ficou revo… vi o Moro ficou revoltado com a… com a liberdade desse pessoal. Por causa de… ee… de… de vírus, botou os estuprador pra fora! Imagina se tivesse estuprado uma filha nossa, um filho da puta desses ser posto em liberdade! Agora temos que se colocar no lugar dessas pessoas, desse pai que tem a filha estuprada, e o… e vagabundo foi posto na rua! Com uma decisão, foda de quem seja, tem que jogar pesado em cima aí… pesado em cima disso! Não é um desabafo, pessoal. É uma realidade. O nosso barco tá indo, mas não sabemos ainda, no momento dado o último caso, esse… vírus, pra onde tá indo nosso barco. Pode tá indo em direção a um iceberg. A gente vai pro fundo. Então vamos se ligar, vamos se preocupar. Quem de direito, se manifesta, com altivez com palavras polidas, tá? Mas coloca uma posição. Porque não pode tudo – tudo! – veio pra minha retaguarda, tudo! Tá? E vocês tem que apanhar junto comigo! Logicamente quando tiver motivo pra apanhar! Ou motivo pra bater. [00:42:24]

Sérgio Moro: Não eh… bem… é primeiro a questão do plano ali, que foi apresentado, fica aqui o registro do meu elogio – certo? – que ele tem que ser preenchido aí nos detalhes, existem as questões econômicas a serem resolvidas lá pelo Ministério da Economia, a ser trabalhado também com as outras áreas econômicas. Eh… só faria uma sugestão aqui, ministro, se pudesse colocar desde logo, em algum momento desse plano, alguma referência importante também à… a segurança pública e… a controle da corrupção – foram dois temas centrais, né, nas últimas eleições – e… são dois temas que embora é claro que o plano vai ficar sujeito aí ao… ao detalhamento necessário, mas acho que é importante ter uma referência inicial para não parecer que nós tamos descuidando desses aspectos específicos. [00:43:17]

M?: Só que não entramos em detalhes, porque isso aqui, o senhor viu que em todos os ministérios estão falando desse problema, isso aí pra mim viria no detalhamento do ministério. Mas eu acho que a política tem que tá mesmo. [00:43:26]

Sérgio Moro: Não, sim, sim. Não eh… eu entendo que cabe no detalhamento, mas acho que uma referência, né, seria interessante. [00:43:32]

M?: (ininteligível) [00:43:32]

Sérgio Moro: E tem que apontar também que… o… foi uma vitória do governo, do presidente, o ano passado houve uma queda expressiva desses principais indicadores criminais. Isso embora seja mais vinculado com a questão da vida e segurança das pessoas, também é um fator importante aí pro investimento económico, pra atrair, melhorar o ambiente económico. E o controle da corrupção também é pressuposto, né? Então faria aí a… exclusivamente essa sugestão específica. [00:44:03]

(silêncio) [00:44:15]

(trecho inaudível na gravação, extraída da PF)

Braga Netto: Muito obrigado. É… Já tá anotado. BND… é… Montezano.

Gustavo Montezano: Ministro primeiramente parabéns pela (ininteligível). Acho que é muito oportuno pra gente começar a falar, (fim do trecho mudo apresentado no vídeo ao público) pra gente começar a falar do dia seguinte. Eh… o próprio ministro Guedes, nas discussões que temos tido nas últimas semanas tem nos orientado, BNDES foca na reconstrução, foca no dia seguinte, porque a crise de saúde vai demorar alguns meses, e a reconstrução muito mais meses do que isso”. Então é muito oportuno a gente já começar a discutir isso. Segundo, aqui eu subscrevo as palavras do ministro Salles. O que a gente tem observado nos projetos e concessões e etc., uma parte crítica é essa legislação, o funcionamento da máquina pública, é um momento muito oportuno pra gente aproveitar isso, e isso faz uma baita diferença no preço de um projeto, na velocidade, faz muita diferença. Então subscrevo aqui as palavras do… do ministro Salles. E por último, ministro eh… quando eu assumi o banco em julho, o banco tava montado como uma fábrica de empréstimo, e o banco durante 15 anos foi uma fábrica de… de empréstimo. De julho até hoje, a gente fez uma reestruturação completa no banco eh… montando o que eu acho que… acredito hoje, seja o maior banco de investimento do Brasil em pessoas, e um banco de investimento de serviços focado em planejamentos econômicos setoriais e estruturação de projetos, tá? O banco já está atuando dessa forma. Temos um vasto conhecimento setorial, um vasto conhecimento de planejamento, já está rodando a contento, e esse BNDES de hoje se parece muito mais com o BNDES de vinte anos atrás, que era o BNDES que planejava e estruturava esses projetos pro Brasil. Então queria colocar aqui à sua disposição, que nos… estamos a serviço. Então, o que o senhor achar adequado e razoável, tanto na… na… no fornecimento de informações, mas como também nesse planejamento, na coordenação, temos já um modus operandi, uma estrutura que é plug and play, isso… se o senhor quiser usar, já tá pronta pra rodar pra esse tipo de mapeamento… mapeamento, de mapeamento de estruturação de projeto. Então, por favor, sinta-se… a… bem à vontade de os usar integralmente aqui na coordenação desse projeto, caso o senhor entenda eh… adequado, tá? [00:46:13]

Braga Netto: Não, não.(ininteligível). Eh… Nélson, ministro Nélson. [00:46:18]

Nelson Teich: Alô. Bom, eu tô chegando aqui, então é importante que eu… que eu coloque pra vocês como é que a gente vai trabalhar, né? Eh… a saúde, ela é fundamental, porque enquanto a gente não mostrar pra a sociedade que a gente tem o controle da doença, da saída dela, qualquer tentativa econômica vai ser ruim, porque o medo vai impedir que você trate a economia como uma prioridade. Então controlar a doença hoje é fundamental. E controlar a doença não significa que a gente vai curar a doença em uma semana, mas que a gente não é um barco a deriva e que a gente tem uma estratégia pra trabalhar essa doença, né? Então, são três coisas que a gente vai trabalhar. Primeiro, a informação, pra entender o quê que é a doença, qual é a evolução dela, como é que tá infraestrutura pra cuidar da doença, porque um… um… um dos grandes problemas que a gente tem hoje, se a gente olhar o Brasil hoje, ele é um dos melhores países em número em relação à mortalidade. O que assusta é você ver que o hospital não consegue atender, é gente do frigorífico, é gente que tá abrindo cova em algum lugar pra enterrar, e isso traz medo. E o medo impede que qualquer outra atividade tenha sucesso, porque enquanto isso não for sanado, o restante vai ter muito pouca chance de ser comprado pela sociedade. A segunda coisa é estruturar a operação de cuidado. Então a gente vai investir em logística, vai investir na parte de compra e tentar melhorar o processo. Por quê? Porque se eu tiver os hospitais funcionando, eu vou ter os pacientes tratados, eu não tenho a sensação da crise, o medo melhorae o restante pode entrar. E a terceira coisa é a gente deixar claro um programa de saída do isolamento, do distanciamento. Não é que vá sair amanhã, mas a gente tem que ter um planejamento. Porque aí a gente realmente mostra que a… a situação tá na nossa mão. Pode ser que demore um pouco, mas a gente tá controlando esse processo, que a gente não tá sendo um barco a deriva. Então, basicamente eu queria fa… falar para você essa que é a forma como a gente vai tratar e vou… a gente vai tá interagindo com todos os ministérios que forem necessários pra que isso aconteça da forma mais rápida possível, basicamente é isso e prazer tá aqui com vocês. [00:48:29]

Braga Netto: Sim senhor (dirigindo-se a Jair Bolsonaro). [00:48:32]

Jair Bolsonaro: Ontem eu liguei pro diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. Chegou ao meu conhecimento uma nota, que era dele, sobre o passamento de um patrulheiro. E ele enfatizou que era COVID-19. Eu liguei pra ele: “Por favor, o que mais? Ele era obeso? Era isso, era? “… bem, tinha… como é que é? (dirigindo-se a Braga Netto) [00:48:54]

Braga Netto: Como… comorbidades. [00:48:54]

Jair Bolsonaro: Comorbidades. Mas ali na nota dele só saiu CODIV-19! Então vamos alertar a quem de direito, ao respectivo ministério, pode botar CODIV-19, mas bota também tinha fibrose nu… montão de coisa, eu não entendo desse negócio não. Tinha um montão de coisa lá, pra exatamente não levar o medo à população. Porque a gente olha, morreu um sargento do exército, por exemplo. A princípio é um cara que tá bem de saúde, né? Um policial federal, né? Seja lá o que for, e isso daí não pode acontecer. Então a gente pede esse cuidado com o colegas, tá, a quem de direito, ao respectivo ministério, que tem alguém encarregado disso, né, pra tomar esse devido cuidado pra não levar mais medo ainda pra população. [00:49:36]

Nelson Teich: É que cê perguntou, em relação… ele perguntou quanto tempo levaria pra mostrar um plano, alguma coisa. [00:49:42]

Rogério Marinho: (Ininteligível) apresentar um plano, se tem alguma perspectiva… [00:49:42]

Nelson Teich: Eu acredito que… [00:49:44]

M?: Um plano de transição. [00:49:47]

Braga Netto: Não, não… já… já… nós já conversamos hoje… [00:49:48]

(silêncio) [00:49:48] a [00:49:56]

Nelson Teich: A gente tá tra… a gente tá trazendo um reforço… para poder acelerar esse processo. Porque na verdade a gente tá correndo contra o tempo. Enquanto a gente não conseguir controlar a percepção que a gente hoje tem condição de cuidar das pessoas, vai ser difícil, né? E o problema da doença é que cê pega um sistema que se você fala em eficiência, os hospitais têm que ser eficientes. Então quando você fala em eficiência, voe… você vai quase no limite do cuidado. Cê não tem… cê não tem sobra, cê não tem gordura. Quando você pega uma doença que chega, que é muita gente ao mesmo tempo, você não consegue ter agilidade pra preparar o sistema pra cuidar dela. E a gente tem um problema adicional que a gente tem que tomar cuidado, que é o seguinte, como você tem os hospitais com pouca… você tem muita gente falando de COVID, mas os hospitais estão diminuindo muito o atendimento. O que significa que eles vão ter problema financeiro. Se isso prorroga, esses hospitais vão ter cada vez mais dificuldades, você vai poder ter um hospital mais sucateado ou um hospital fechado. O quê que tá acontecendo hoje? Vamos botar em números hoje, que a gente tenha quatro milhões de pessoas hoje com a COVID. Brasil hoje tem duzentos e doze milhões de pessoas. Tem duzentos e oito milhões que tão, que não são… não tão tendo atenção necessária. Então, cê tem… é câncer, cardiovascular. Isso tudo tá represado, é demanda reprimida. Quando você controlar a COVID, o não COVID vai chegar com tudo, e você pode pegar uma estrutura sucateada. Aí vai ser… ai você só vai transferir o problema de… de medo. Que vai ser o medo da COVID pro medo da não-COVID. Então a gente tem que tá preparado pra isso tudo. Então não é só trabalhar o… o curtíssimo prazo. A gente tem que preparar pra essa segunda fase que vai chegar também. Isso tudo a gente tá fazendo, só pra vocês saberem que a gente tá pensando nisso tudo. Só pra vocês saberem que tá tudo trabalhado. [00:51:36]

(silêncio) [00:51:48]

Tarcísio: Não, só pra louvar a iniciativa, acho que é importante essa coordenação da Casa Civil. Tenho certeza que é o que a sociedade… [00:51:54]

Braga Netto: Foi ideia sua cara… [00:51:55]

Tarcísio: Não, não… a sociedade espera isso de nós. Eh… a boa notícia é que a gente vem conversando com os investidores, eles tão interessados no nosso programa de concessão. É claro que a gente vai ter que ajustar alguma coisa nos projetos pra… eh… eh… em função do… da percepção do nível de risco. E a gente vai fazer isso calibrando taxa de retorno, ou monitorando melhor agora a questão da demanda, né? É reestimando demanda nos projetos. Mas a gente tem certeza que os projetos vão sair. Qual o cuidado que gente tem que ter? A gente fala em duzentos e cinquenta bi de investimentos, só que concessão funciona o seguinte: o que a gente contratar agora vai gerar investimento em dois mil e vinte e três, dois mil vinte e quatro. Não é imediato. E a gente vai precisar de fazer alguma coisa imediata. E aí tem que ter a inteligência. Porque também não adianta. Ministro Paulo, pô, me dá lá trinta bi por ano. Eu não vou gastar, eu não vou usar. Eu não vou ter condição de fazer, de… de… de usar isso, né? Porque nos períodos áureos lá, que a gente executou a mais, a gente consegue ali ter uma capacidade operacional de executar treze, quatorze bi, não mais do que isso. E a gente já tem oito de orçamento por ano. Então, no final das contas, a gente fazendo as contas, e vendo o quê que nós já temos de um projeto pronto? O quê que é necessário? Que agrega valor imediato? É a um, três, cinco, Maranhão lá, que leva safra pra… pro porto de Itaqui, que se acabou. Ali eu posso fazer uma intervenção imediata. E do quê que a gente vai falar? Eu tô falando de pegar os oito que a gente tem, e agregar mais três, mais quatro por ano. E essa a conta. E eu acho que isso é realmente necessário pra gerar emprego, pra dar a reposta que a sociedade tá querendo e conjugando isso com o investimento privado. As duas coisas têm que andar junto, né? E aí nós vamos dar o… o bom retorno. A gente tá vendo aí o esforço que o BNDES tá fazendo, eu acho que tá fazendo um trabalho magnífico. Trazendo o banco. Trazendo o privado, o sindicato de bancos pra assumir uma responsabilidade que é deles também. O Banco Central injetou um monte de liquidez aí no sistema pro dinheiro não ficar empossado, e aí preservando o caixa para atuar, né, na… nesse projetos de infraestrutura que vai ser fundamental. Então eu acho que é essa linha que nós precisamos ter, né? E… tivemos aí dois caras aí na história recente que pegaram terra arrasada e entraram pra História. Um foi o Roosevelt, o outro foi o Churchill. O terceiro vai ser o Bolsonaro. [00:54:11]

(Vozes ininteligíveis) (silêncio) [00:54:11] a [00:54:27]

Pedro Guimarães: São só cinco pontos muito rápidos. Primeiro, presidente, o maior programa da história do mundo de inclusão social, digital, que nós estamos fazendo nesse governo. Pessoas que tomavam dinheiro a vinte e cinco por cento ao mês. Quer dizer, todos os ladrões lá – PT, PMDB, PSDB – aquela ladroagem toda, vinte e cinco por cento ao mês! E ninguém se indigna. Esse governo que se indignou, o governo dos liberais. Então, assim, acho que a gente tá com um problema de narrativa. Hoje de manhã por exemplo, o pessoal da Band queria dinheiro. O ponto é o seguinte, vai ou não vai dar dinheiro pra Bandeirantes? Ah, não vai dar dinheiro pra Bandeirantes? Passei meia hora levando porrada, mas repliquei. E falei: “Olha vocês tão… em casa, eu tenho trinta mil funcionários na rua. Não tem esse negócio, essa frescurada de home office. Eu já visitei quinze agências, e você em casa?” Aí o pessoal ficou um pouco mais calmo. Quer dizer, eu posso ter trinta mil brasileiros nas agências lá… sabe quantas pessoas a Caixa está pagando hoje? Sete milhões de pessoas! E todo mundo em home office. Que porcaria é essa? Desculpa o meu ponto, presidente, quando o senhor falou, pô, o… eu vo… eu vou me emocionar. O Luiz Lima, que nadou com meu pai, foi atleta olímpico, teve a esposa e a filha de catorze anos presa ontem, no camburão! Que porra é essa? Desculpa… Que porra é essa? O cara vai pro camburão com a filha. Se fosse eu, ia pegar minhas quinze armas e… ia dar uma… eu ia se… eu ia morrer. Porque se a minha filha fosse pro camburão, eu ia matar ou morrer! Que é isso! Tava nadando na… na… é uma atleta olímpica! Você tira a pessoa, a pessoa tá nadando com catorze anos. Eu tenho uma filha Maria de catorze anos. Se a minha filha fosse pro camburão ou eu matava ou morria. Que é isso? [00:56:26]

M?: É, e a esposa do Luiz Lima nem usou o fato de ser esposa de um deputado federal. [00:56:32]

Pedro Guimarães: Mas assim… [00:56:33]

M?: Ela foi calada e saiu calada… [00:56:34]

Pedro Guimarães: E aquele governador roubando… [00:56:35]

M?: Mas ele tá revoltado. [00:56:36]

Pedro Guimarães: …pra direito, tá… pra tudo quanto é lado. Então o governador rouba, aí ele sai prendendo todo mundo, e fica tudo isso por isso mesmo. Aí a gente faz o maior programa da história da humanidade de inclusão de pessoas que recebiam vinte e cinco por cento ao mês, cobravam, PSDB, PT, PMDB, aquela… aquele grupo todo. Na hora de privatizar, todo mundo, porra… com duzentos milhões, trezentos milhões, pô! Tem vice-presidente da Caixa que eu expulsei, dos cento e vinte, cento e cinco eu tirei. E se o senhor precisar, obviamente o meu chefe é o ministro Paulo Guedes, ele decide. Não tem problema. Inclusive, porque o que acontece é o seguinte, se roubar eu vou ligar pro ministro Moro pra prender. Agora se precisar de uma diretoria num sei o que, desde que sejam honestos, o ministro Paulo Guedes é que decide etc. Mas dos cento e vinte eu tirei cento e cinco. E na Caixa não tem desonestidade, até onde eu saiba. Mas, assim, eu acho que a gente tá levando muita porrada, presidente, e… de novo, eu não to dizendo de ninguém daqui não. Só leva porrada. Agora tem um limite. Desculpa. Eu… o… todo lugar que eu vou, as pessoas normalmente são educadas, mas o… a paciência chega num limite – obviamente não dessa maneira – eu acho que tem um ponto. Nós estamos emprestando cento e cinquenta e quatro bilhões de reais, mas só um ponto que eu acho importante. Tarcísio é super meu amigo e ele é muito esperto. Qual que é a… o grande ponto que a gente tem que evitar? O cara que tá quebrado, já estava quebrado antes e quer a nossa molezinha. Então, assim, claramente tem que ajudar e eu concordo, tanto que nós emprestamos quarenta e três bilhões de reais pro segmento imobiliário. Um milhão e meio de pessoas deixaram ser demitidas. Agora, não é pra todo mundo não! Aquela empresa que já estava quebrada antes, por quê que a gente vai dar molezinha? Então, este ajuste fino é importante, os bancos têm que fazer, por quê? Último ponto que eu falo: já estou sendo processado também, vamos nós dois juntos pra cadeia, por causa do auxílio emergencial. Sabe quê que tem? Tem gente do TCU dizendo que a gente tá {dando} muito e tem gente dizendo que a gente tá {dando} pouco. Ferrou! Ou seja, tem gente querendo me prender, porque tá dizendo que a gente tá {ganhando} muito e tem gente querendo me prender, que são aqueles caras lá que tavam antes, {dando} pouco. Vou acabar sendo preso, mas o quê que gente não vai fazer? Deixar trinta, quarenta, cinquenta milhões de pessoas passarem fome. Então, é só o meu recado dizendo o seguinte: a Caixa é o banco de todos os brasileiros. Poxa, a gente tá com trinta mil pessoas. Eu passo ligando quarenta e cinco bra… eh… pessoas na Caixa tiveram coronavírus. Dois fa… faleceram, um na verdade com setenta anos, que já tava aposentado e outro. A pessoa eh… eh… eu chorei mais do que a pessoa, a mãe. Eh… uma pessoa em trinta mil que estão o dia inteiro. E eu já falei pra minha esposa: “Se tiver qualquer coisa vou Io… tomar um litro de hidroclorixisquina, aquelas coisas todas”. Então assim, eu acho que a gente tá, só o último ponto, num… numa questão de histeria coletiva. Quer dizer, eu posso ter trinta mil funcionários na Caixa, pagando sete milhões hoje, dois milhões na sex… é, segunda. Ontem a gente abriu oitocentas agências, vamos abrir no sábado, no domingo, duas horas antes. Então o quê que a imprensa quer? Que você pague e dane-se os funcionários da Caixa. Mas se morrer dois, Jornal Nacional: “Presidente Bolsonaro e presidente Pedro irresponsáveis porque abriram”. A gente só vai levar porrada. Agora, realmente meu ponto é: é inaceitável, foi a primeira vez que aconteceu, eu conheço a… a Milena… Milene Comine, atleta olímpica! Quer dizer, uma atleta olímpica, esposa atleta olímpica e a filha de catorze anos num camburão? Eu não sei se eles botaram atrás ou no meio. E aí você solta estuprador? Então acho que realmente tem uma questão e, de novo, o… ah, e eu quero só reforçar uma coisa: o ministro Moro – em um dia! – resolveu um problema muito importante, muito obrigado ministro. O quê que aconteceu? Os… eh… eh… os guardas, né? O… o… o… os que ficam dentro da agência não poderiam pela legislação ir pra fora. O quê que aconteceu? O ministro em cinco horas resolveu o problema. Então, durante os… nos próximos noventa dias, os atendentes da Caixa Econômica Federal eh… os guardas, vão poder ir pra fora pra ajudar, ajudar a fila, né? Ou seja, porque tem uma fila, tem duzentas e cinquenta agências que tem quinhentas pessoas na fila e aí, com a ajuda do ministro Moro e da Polícia Federal, eles emitiram uma portaria, então só pra finalizar quero agradecer, ministro, porque sem isso não conseguiria. [01:00:57]

Sérgio Moro: E só o registro aí, esse… até foi fácil de resolver. Foi a Polícia Federal que resolveu. [01:01:02]

Braga Netto: Ministro Ernesto, por favor. Volto a pedir que sejam breves. [01:01:09]

Ernesto Araújo: Obrigado. Obrigado, ministro. Eh… rapidamente eh… sobre o plano. A dimensão internacional do plano, evidentemente é fundamental, já tá ali contemplada. Eu queria mencionar o seguinte, eu acho que é fundamental que essa dimensão internacional não seja simplesmente a… uma adaptação nossa ao cenário internacional, mas que ela leve em conta a capacidade que o Brasil hoje tem de influir no desenho de um novo cenário internacional. Eu tô cada vez mais convencido de que o Brasil tem hoje as condições, tem a oportunidade de se sentar na mesa de quatro, cinco, seis países que vão definir a nova ordem mundial. Eh… outro dia a… na conversa do presidente com o primeiro ministro da Índia, o indiano disse que vai ser tão diferente o pós-coronavírus do pré quanto pós segunda guerra do pré. Eu acho que é verdade e assim como houve um conselho de segurança, que definiu a ordem mundial – cinco países – depois da… da segunda guerra, vai haver uma espécie de novo eh… conselho de segurança e nós temos, dessa vez, a oportunidade de tá nele e acreditar na possibilidade de o Brasil influenciar e forma… ajudar a formatar um novo eh… cenário. E esse cenário eh… eu acho que ele tem que levar em conta o seguinte eh… tamos aí revendo os últimos trinta anos de globalização. Vai haver uma nova globalização. O quê que aconteceu nesses trinta anos? Foi uma globalização cega para o tema dos valores, para o tema da democracia, da liberdade. Foi uma globalização que, a gente tá vendo agora, criou eh… um modelo onde no centro da economia internacional está um país que não é democrático, que não respeita direitos humanos etc., né? Eh… essa nova globalização, acho que não pode ser cega, né? Eh… tem que ser uma globalização, tem que ser uma estrutura eh… que leva em conta, claro, a dimensão econômica, mas também essa dimensão da… da liberdade, dos valores. E da mesma maneira, acho que o plano – e tá apontando pra isso – no nosso eh… é a nossa dimensão nacional – também não pode ser um plano cego para eh… essas dimensões do… daquilo que nos traz, né? Que traz o projeto do, do presidente, que é não simplesmente a eficiência, a pujança, o crescimento econômico, mas a… liberdade, a… a… o combate a corrupção, o… a… a re… reinvenção de um Brasil eh… livre, de um Brasil livre dessas eh… mazelas que nós conhecemos. Obrigado. [01:03:29]

Braga Netto: Obrigado, ministro. Eh… Roberto Campos. (ininteligível). [01:03:37]

Roberto Campos: Não, é, é bem rápido. É só… vou… voltar numa história… [01:03:41]

Braga Netto: Paulo Guedes vais ser o último a falar. [01:03:42]

Roberto Campos: Vou voltar aqui numa história breve, que é lembrar que no fim do governo Dilma a taxa de juros era catorze e meio por cento, a curta. Mas a taxa longa era vinte por cento. E aí quando a gente olha o que aconteceu e o que proporcionou a… a taxa de juros cair, é interessante, porque teve um dia, dezoito de agosto, que saiu uma manchete no jornal que todos os elementos apontavam que ia ter o… o teto de gastos. Naquele dia a curva de juros longa começou a cair e foi quando, depois, o presidente do Banco Central anterior começou a cair o juros. Ele caiu o juros até o nível de seis e meio, estabilizou, teve a incerteza das eleições, com a incerteza do PT poder voltar, a taxa piorou. Depois, curiosamente, quando o mercado entendeu que ia ter a previdência, foi quando abriu o espaço pra cortar os juros novamente. Então, a razão dos juros ter ido de catorze e meio, ou quinze, ou vinte, pra o que tá hoje, foi eh… o fato da sociedade, do mercado ter entendido que o governo ia ter disciplina em relação às contas públicas. Isso a gente não pode esquecer, tá? [01:04:44]

Jair Bolsonaro: Se me permite, Roberto. Então, você tá dizendo aí que, não só a SELIC, bem como a taxa longa, nós devemos, basicamente, à PEC do teto, é isso? [01:04:51]

Roberto Campos: Isso. [01:04:52]

Jair Bolsonaro: Tá ok. [01:04:52]

Roberto Campos: Tô dizendo exatamente isso. E depois eh… em re… e depois também eh… a previdência. Então dito isso, eu acho que é importante a gente passar essa mensagem. Eh… um outro outro tema só, aula eu… em relação ao plano, três pontos só que eu acho importante. A gente tem feito reunião entre… reuniões entre os banqueiros centrais de vários países do mundo eh… quase todas as semanas. Eu acho que tem três pontos que são importantes. Primeiro, existe um consenso hoje eh… que o mundo privado tá com muito medo de tomar risco, então que não vai… que não vai ter como ter uma saída rápida sem que o governo não entre de alguma forma tomando risco, porque o mundo privado tá com medo de tomar risco pelo fator medo, que é o fator que o doutor mencionou, que eu acho que é muito importante. Se amanhã você permitir todo mundo ir num estádio de futebol ver um jogo, será que todo mundo vai sair de casa e vai? Qual é o fator medo? E o fator é interessante porque quanto mais informação você tem, mais medo você tem, porque a mídia joga medo. Então você tem hoje uma classe mais alta que tem mais medo que a classe mais baixa, exatamente porque a gente tem mais acesso à informação e a informação é enviesada. Então o primeiro ponto é esse tomad… de tomar risco. O segundo ponto, rápido, é um tema que eu acho que está muito crescendo também, e tá crescendo bastante, que é a análise, que a gente chama de análise intertemporal. Quando você faz uma ajuda, quando o governo faz um gasto, geralmente acontecem duas coisas. Ou você bota a fundo perdido, ou seja, esse gasto não vale nada – e aí vai ter um reflexo na economia, na taxa de juros –, ou as pessoas já exageram e falam: “Não, esse gasto vai ser multiplicador”. Provavelmente não é nem uma coisa e nem outra. O que eu acho que falta de analisar os gastos do governo é o quanto desse gasto que eu recupero lá na frente via preservar emprego, via manter uma empresa viva, que ia morrer. Então acho que falta análise completa do gasto. O gasto nunca é fundo perdido. Também ele nunca é muito multiplicador. Ele é um meio do caminho entre uma coisa e outra. E o que eu acho que falta é a análise de eu vou gastar tanto e esse gasto vai ter essa efetividade. Por exemplo, exige uma percepção do mercado que dinheiro pra governador e prefeito prefeito é dinheiro jogado fora. Pode ser que seja mentira, mas existe essa percepção hoje. E tem vários vídeos rodando por aí, você… os senhores devem ter visto, de que o dinheiro vai pra Prefeitura e não vai parar, porque vai em bem intangível que é difícil de controlar, vai em programa que você nunca tem como monitorar. Então eu acho que é importante esse tema de fazer essa análise intertemporal, de ver realmente qual é a eficiência do gasto. E por último eh… o último ponto, conversando com investidores, a gente tem feito isso, inclusive nós fizemos uma conversa dos bancos centrais com investidores, inclusive de ‘infraestrutura, e o problema principal que aparece em toda conversa no Brasil, do investidor privado, é que no passado toda vez que investidor privado entrou teve muita sacanagem. O tema da governança é super importante. Então, eu tava conversando com o Marinho, a coisa mais importante desses projetos, na minha opinião, é garantir que a governança é boa. Pro investidor privado ter certeza que ele vai tá junto com o governo, ou ele vai tá em grande parte tomando risco, às vezes o governo vai tomar um pouquinho, mas que é uma coisa que ele não precisa se preocupar na frente com a governança. E o jeito de melhorar a governança é colocar agentes internacionais que fazem governança mundial. A gente conversou um pouco sobre isso. E só isso, obrigado. [01:07:49]

Braga Netto: Obrigado. Eh… Ministra Damares, por favor. Perdão. O Marcelo já falou? Não, não? [01:07:55]

Marcelo: Não. [01:07:56]

Braga Netto: E ministra… perdão. Ministra Damares. [01:07:58]

Damares: Eh… ministro, parabéns pela ideia, mas eu preciso lembrar eh… e… e eu preciso fazer sempre isso pra que a gente não perca o foco. A questão de valores, ministro. A… esse governo tem o pilar dos valores. Não se pode construir nada neste governo sem a gente trazer valores. Nós estamos sabendo, e a gente tá falando o tempo todo, que nós não seremos mais os mesmo depois dessa pandemia. O mundo não será mais o mesmo. Nós não seremos mais o mesmo e nós vamos ter que fazer uma revisão de políticas públicas, no mundo todo e no Brasil. Nós vamos ter que nos reinventar, com certeza. Neste momento, quê que nós estamos vendo aqui no nosso comitê? Nós estamos buscando dados e não estamos encontrando dados. Nós recebemos um governo que não tinha dados, os dados que nós tínhamos eram falsos, mentirosos. Um Brasil de achismo, um Brasil de talvez, “eu acho que é”, “talvez sim, talvez não”. Políticas públicas construída até agora nessa nação em cima de talvez e de achismo. Nós vamos ter que rever muita coisa. E um país plural. Quando a gente foi buscar os povos tradicionais agora pra a gente construir o enfrentamento ao coronavírus, descobrimos, ministros, que nós temos um milhão e trezentos mil ucranianos no Brasil e ninguém nunca falou de ucranianos pra nós com o seu… com a sua cultura totalmente preservada no Brasil. Nós tamos com um milhão e quinhentos mil ciganos e eu falava de um milhão e trezentos mil, e são um milhão e quinhentos mil ciganos. Nós estamos… [01:09:36]

Jair Bolsonaro: Eu já tive Ia, no pa… eujá tive lá, no Paraná. [01:09:37]

Damares: Então mini… então presidente, nós vamos ter que rever muita coisa na aplicação da nossas políticas públicas no Brasil. Os nossos seringueiros são em números maiores do que a gente imagina no Brasil. Então, tudo que nós fomos construir, nós vamos ter que ver, ministro, a questão dos valores também. A questão… os nossos quilombos estão crescendo e os… e os meninos estão nascendo nos quilombos e os seus valores estão lá. Então, tudo vai ter que ver a questão dos valores. Eh… e quando eu falo valores, ministro, eu quero dizer pro senhor, nós tamos com quase oitenta mil idosos em abrigos no Brasil. Eu me surpreendi com números. Nós estamos com quase sessenta mil crianças em abrigos no Brasil. Os números estão me surpreendendo e eu estou com um número absurdo de mulheres também em busca de abrigos por causa de violência. Então, tudo isso tem que vir pra este pacote! Nós vamos ter que fazer algumas revisões de políticas públicas no Brasil, então por favor, ministro, coloque aí a questão de valores. E quando eu falo valores, aí eu quero olhar pro nosso novo ministro aqui da saúde e dizer: ministro, valores estão lá no seu ministério também. Neste momento de pandemia a gente tá vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta, e lá tava a questão de… as mulheres que são vítima do zika vírus vão abortar, e agora vem do coronavírus? Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral? O seu ministério, ministro, tá lotado de feminista que tem uma pauta única que é a liberação de aborto. Quero te lembrar ministro, que tá chegando agora, este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família. Então, por favor. E aí quando a gente fala de valores, ministro, eu quero dizer que nós estávamos sim no caminho certo. A gente não precisa reinventar muita coisa não. E eu quero citar aqui exemplo da política indigenista, como este governo estava construindo. Todo mundo começou a dizer, a esquerda começou a falar que o coronavírus iria dizimar os povos indígenas no Brasil! O primeiro óbito, dia doze de abril, sabe o quê que é isso? A forma como nós estávamos conduzindo a política indígena no Brasil. Primeiro óbito: dia doze de abril. E eu fui lá pra Amazônia, em Roraima, junto com o presidente da Funai e o secretário nacional de saúde indígena pra acompanhar o primeiro óbito. A forma como a gente conduziu deu muito certo. Vamos ter que melhorar? Vamos ter que melhorar. E por quê que nós fomos lá, presidente? Porque nós recebemos a notícia que haveria contaminação criminosa em Roraima e Amazônia, de propósito, em índios, pra dizimar aldeias e povos inteiro pra colocar nas costas do presidente Bolsonaro! Eu tive que ir pra lá com o presidente da Funai e me reuni com generais da região e o superintendente da Polícia Federal, pra gente fazer uma ação ali meio que sigilosa, porque eles precisavam matar mais índio pra dizer que a nossa política não tava dando certo. Então, o que a gente tava fazendo estava dando certo. O que nós estamos fazendo está dando certo. Então, aqui general, todo o nosso trabalho, que envolve políticas de valores, precisa estar aqui no Pró-Brasil. E aí, presidente, só pra encerrar eh… eu quero dizer pro senhor que a sua angústia tem razão de ser. Nunca houve tanta violação de direitos no Brasil como neste período. Direitos fundamentais foram violados. No nosso disque-cem tem mais de cinco mil registros, ministros, de violação de direitos humanos. Mas o senhor tem uma ministra de Direitos Humanos e uma equipe muito corajosa. São mais de cinco mil procedimentos e ações que estão sendo construídas. Governadores e responderão processos. Idosos estão sendo algemados e jogado dentro de camburões no Brasil. Mulheres sendo jogadas no chão e sendo algemadas por não terem feitos nada… feito nada. Nós estamos vendo padres sendo multados em noventa mil reais porque estavam dentro da igreja com dois fiéis. A maior violação de direitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências. A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos. Nunca vimos o que está acontecendo hoje. Se eles falavam que nós éramos violadores de direitos, eles estão, inclusive, o governador Wellington, agora, ontem, determinou que a polícia poderá entrar nas casas! Vocês não… imagina o que ele vai fazer! Poderá entrar na ca… Assinou! A polícia poderá entrar na casa sem mandato! Então, assim, as maiores violações estão acontecendo nesses dias. Então, nós estamos fazendo um enfrentamento, mais de cinco procedimentos o nosso ministério já tomou iniciativa, e nós tamos pedindo inclusive a prisão de alguns governadores. Então tá aí algumas respostas. Valores, por favor. Valores. [01:14:42]

M?: Posso falar? [01:14:43]

Jair Bolsoanro: Pode, pode. (inint)(ininteligível) O Paulo Guedes pode… [01:14:44]

M?: Ministra Damares, nós… houve aqui um… uma… uma apresentação, uma representação do ministro Paulo Guedes que a senhora vai receber mais dinheiro. [01:14:55]

Jair Bolsonaro: até que (inint)(ininteligível) [01:14:56] que ela recebe, ela, que menos recebe é ela. [01:14:58]

Damares: Obrigada! [01:14:58]

Braga Netto: Ministro Marcelo, por favor. [01:15:02]

Marcelo: Eh… obrigado. Vou ser bem breve também. Primeiro, parabenizar o ministro Braga Netto pelo Pró-Brasil. [01:15:10]

Braga Netto: Eu queria só deixar uma coisa, o seguinte. Eu fico meio enca… não é trabalho meu, hein? É trabalho da equipe e roubei a ideia de um bando de gente aqui. [01:15:16]

Marcelo: (Risos). [01:15:17]

Braga Netto: Roubei ideia aqui, ali, eu roubei ideia, tá? Eu aproveitei ideia… eu só coordenei. [01:15:21]

Marcelo: Não. Um cronograma importante do projeto, obviamente, todos os ministérios, como o Ministério do Turismo também, já… estamos finalizando até amanhã esse programa de retomada. E… presidente, o… o… o turismo, obviamente, ele tem uma importância muito grande pra economia ~ o Paulo Guedes sabe disso – mais de oito por cento, ou seja, quase dez por cento do PIB nacional é turismo e o presidente (risos) falou que vai extinguir o ministério, porque o turismo acabou (risos). [01:15:52]

Jair Bolsonaro: (Risos)

Braga Netto: Logo agora? (Risos). [01:15:54]

Marcelo: Agora precisa do ministério mais do que nunca, presidente. O turismo ele vinha numa crescente muito importante. O ano de dois mil e dezenove cresceu dois ponto seis por cento, enquanto a economia cresceu um por cento. Gerou cento e sessenta e três por cento a mais de emprego do que o ano de dois mil e dezoito. E obviamente no meio dessa pandemia foi o primeiro a ser impactado e de forma brutal. O Rogério Marinho sabe bem disso e nos ajudou muito aí. Quero aproveitar pra agradecer o Paulo Guedes, a… o Marinho também nos ajudou muito nesse processo de contemplar, ou seja, de ter um plano de ação que viesse evitar o desmonte do setor do turismo, porque eh… grande parte das empresas do turismo passou de um fluxo de caixa de… de cem pra zero de um dia pro outro. Então, ações como a suspensão de contrato de trabalho, o ministro Moro também agradeço, teve uma ação fundamental pro setor que foi eh… uma medida provisória eh… que contemplasse ambas as partes, tanto o consumidor quanto as empresas, através da Senacon, o que impediu judicializações em massa! Porque aquela pessoa que comprou ingresso de um… de um show, ou um pacote turístico, ela… se fosse pra cima das empresas ainda pra pedir o reembolso de imediato, isso seria catastrófico, geraria mais desemprego ainda. Então, essa medida provisória garantiu que as empresas pudessem ter um fôlego, um prazo aí de até doze meses pra fazer esse reembolso. Um terceiro ponto foi a questão dos créditos. É que tá terminando de ser fechado junto ao BN… ao BNDES. Agradeço muito aí também o Montezano, a Caixa Econômica também, o Pedro, ministro Paulo Guedes. Que o entrave maior tava na questão das garantias, mas a gente tá conseguindo finalizar esse… esse modelo de… de crédito pra contemplar a todos, desde o MEI, ao micro, pequeno, o médio, o grande empresário no Brasil do setor de turismo. O setor, presidente, ficou muito feliz, se sentindo contemplado com todas essas ações e medida por parte do Governo Federal. Então, o setor do turismo no Brasil, fizeram cartas com as principais associações agradecendo a postura do Governo Federal em relação a isso. Eh… eu quero, presidente, falar um assunto aqui que talvez seja muito polêmico, mas eu acho que é importante, esse debate nesse momento. Aí eu falo também pra ministra Damares, que eu sei que é uma pauta muito sensível também a ela, que é a questão, presidente, é porque o Ministério do Turismo agora tem que ter um planejamento, um plano de atração de investimentos, que é o que gera emprego, renda, é o que ajuda obviamente a economia do Brasil. E pra isso, presidente, eu acredito que o momento propício nesse planejamento da retomada, discutir os resorts integrados. Não é legalização de jogos, não é bingo, não é caça-níquel, não é… são resorts integrados. Obviamente, presidente, uma pauta que precisa de ser construída, a Damaris tá olhando com cara feira pra mim. A pauta que precisa de ser construída com as bancadas da câmara, tanto a evangélica quanto a católica, mostrando ou desmistificando vários mitos que giram em torno disso. Não sei se o ministro Paulo Guedes eh… concorda. Nós temos a possibilidade de atrair pelo menos quarenta bilhões de dólares pro Brasil só de outorgas, de investimentos imediatos com essa pauta. Mas o que precisa ser feito, presidente, é realmente desmistificar a questão de evasão de divisas, de lavagem de dinheiro, de tráfico de drogas e pra isso eu sugeriria que nesse debate podia con… podi… pudéssemos contar com o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, o Ministério Público na mesa, a Receita Federal, os órgãos de controle, mas obviamente, presidente, uma pauta que só levaríamos pra frente se a gente conseguir eh… pacificar, ou nos fazermos enten… nos fazer entender pelas bancada evangélica, pela bancada católica, pra que não haja uma distorção eh… na comunicação disso. Tem que ser um projeto muito bem feito que eu acredito que pode ser, e nesse processo da retomada, uma grande oportunidade pro Brasil atrair grandes complexos dos quais apenas três por cento são utilizados para os cassinos. E outra, isso não tem impacto diretamente nenhum na família dos trabalhadores brasileiros. [01:20:22]

Damares: Pacto com o diabo! [01:20:24]

Marcelo: (Risos). Não, Não é bem isso não, né? Vou ter que começar a desmistificar pra Damares aqui. Tô… tô vendo isso. [01:20:30]

(ininteligível) (risos) [01:20:33]

Marcelo: Então… eh… eh… presidente, aqui… eh… eh… num… num tô dizendo que a gente tem que colocar isso como um projeto de… de governo, obviamente, mas abrir esse debate em torno… [01:20:43]

Braga Netto: E só conversar. [01:20:43]

Marcelo: …dos resorts integrados. [01:20:44]

Braga Netto: Proponha a data. A gente, eu reúno os ministérios, a gente conversa. [01:20:47]

Marcelo: Tá bom. E pra finalizar, presidente eh… eh… ministro eh… Nélson, prazer eh… estar aqui com o senhor a primeira vez, a gente fez um projeto eh… muito bem elaborado, né, no… dentro dum âmbito, dum comitê de operações que visa eh… fazer com que os ho… hotéis possam abrigar os profissionais de saúde. E só os profissionais de saúde. A gestão do… anterior do ministério, por duas vezes eu mandei a mensagem, não se manifestou, não se interessou. Mas eu acredito que é um projeto que pode, sobretudo, trazer pro Governo Federal uma boa visibilidade com essa preocupação de quem tá na linha de frente do combate, que são os profissionais de saúde. Visando duas coisas – eu já vou terminar – que é primeiro melhorar essa logística do profissional de saúde, que sempre tem um hotel próximo ao hospital… aos hospitais e também a preservação da família desses profissionais, mostrando, obviamente, a sensibilidade do presidente Jair Bolsonaro na preocupação com essas vidas desses profissionais. Obrigado ministro. [01:21:46]

Braga Netto: Isso já tá marcado. Tem uma reunião. Que dia que é a reunião? [01:21:48]

Marcelo: Parece que é hoje às dezesseis horas. [01:21:49]

Braga Netto: É hoje então. Eu tenho uma reunião marcada pra gente discutir isso aí. [01:21:52]

Marcelo: Tá bom. Obrigado. [01:21:52]

Braga Netto: Viu? É saúde e Turismo. Pra gente definir. Penúltimo debatedor, ministro Weintraub. [01:21:58]

Abraham Weintraub: Obrigado. Tem três anos que eu… [01:22:06]

Braga Netto: Fui claro no penúltimo, hein? (Risos). [01:22:07]

Abraham Weintraub: Muito obrigado. Tem três anos que, através do Onyx, eu conheci o presidente. Nesses três anos eu não pedi uma única… conselho, não tentei promover minha carreira. Me ferrei, na física. Ameaça de morte na universidade. E o que me fez, naquele momento, embarcar junto, era a luta pela… pela liberdade. Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro! De corrupção, de privilégio! Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar! As pessoas aqui perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo! Se sentem inexpugnáveis! Eu tive o privilégio de ver a… a mais da metade aqui desse time chegar. Eu fui secretário-executivo do ministro Onyx. Eu acho que a gente tá perdendo um pouco desse espírito. A gente tá perdendo a luta pela liberdade. É isso que o povo tá gritando. Não tá gritando pra ter mais Estado, pra ter mais projetos, pra ter mais… o povo tá gritando por liberdade! Ponto! Eu acho que é isso que a gente tá perdendo, tá perdendo, mesmo! A ge… o povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso, presidente, eu… eu… realmente acho que toda essa discussão de “vamos fazer isso”, “vamos fazer aquilo”, vi muitos ministros que vi… chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro! Eu tô com um monte de processo aqui no comitê de ética da presidência! Eu sou o único que levou processo aqui! Isso é um absurdo, o que tá acontecendo aqui no Brasil. A gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar. A gente não tá sendo duro o bastante contra os privilégios, com o tamanho do Estado e é o… eu realmente tô aqui de peito aberto, como cês sabem disso, levo tiro… odeia… odeio o partido comunista (silêncio). Ele tá querendo transformar a gente numa colônia. Esse país não é… odeio o termo “povos indígenas”, odeio esse termo! Odeio! O “povos cigano”. Só tem um povo nesse país! Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro! Só tem um povo! Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios! Só pode ter um povo, não pode ter ministro que acha que é melhor do que o povo, do que o cidadão. Isso é um absurdo! A gente chegou até aqui. O senhor levou uma facada na barriga. Fez mais do que eu, levou uma facada. Mas eu também tô levando bordoada e tô correndo risco. E fico escutando esse monte de gente defendendo privilégio e teta! Tendeu? É isso! Negócio. Empréstimos. A gente veio aqui pra acabar com tudo isso, não pra manter essa estrutura! E esse é o meu sentimento extremamente chateado que eu tô vendo essa oportunidade se perder. Eu sou, evidentemente, eu tô no grupo dos ministros que tá mais ligado com a militância. Evidente, porque eu era um militante. Eu tava militando de peito aberto, continuo militando. Do ponto de vista de carreira, eu poderia ter quem… tentando me dar bem. Não foi isso que eu fiz. Não foi isso que eu fiz. Sei que isso daqui é um palácio, existem intrigas palacianas — tô sendo muito franco. E a gente pode sim perder a liberdade, perder esse país. Ninguém vai se dar bem se a gente perder esse país. Quem vai se dar bem são poucos, pouquíssimas famílias. Pouquíssimas famílias! Não se iludam! Não se iludam! Era isso. [01:26:54]

Jair Bolsonaro: Deixa eu complementar aqui. O que o Weintraub tá falando — eu tô com sessenta e cinco anos — a gente vai se aproximando de quem não deve. Eu já tenho que me policiar no tocante a isso daí. São pessoas aqui em Brasília, dos três poderes, que não sabem o que é povo. Eu converso com alguns, não sabe o que é o feijão o que é arroz, não sabe o que é um supermercado. Esqueceu! Acha que o dinheiro cai do céu. “Eu tô com os meus privilégios garantidos, meus cem mil por mês”, em média, cem mil por mês que essa galera ganha, né, legalmente. E acha que isso não vai acabar nunca. Como alguns acham que a liberdade a… ah, qua… “qual é desse cara? Tá maluco?” Eu tô vendo o mais antigo aqui, o General Heleno aqui. Ele sabe o que é meia, o que foi meia quatro. Muitos aqui não sabem. Essa cambada que tentou chegar no poder em meia quatro, se… se tivesse chegado, a gente tava fodido! Todo mundo aqui. Cortando… ia tá felicíssimo se tivesse cortando cana, ganhando vinte dólar por mês. Não pode esquecer disso. Nós não podemos esquecer o que é esse povo! Eu vou convidar os ministros pra domingo ir passar na Ceilância e Taguatinga. E convite, não eh… não é missão não. Convite. Pra ver como é que tá o cara na… na… na esquina. Pra vim uns merda pra falar aí, né? Uns merda de sempre. “Ah, o cara rompeu o isolamento. Tá dando um péssimo exemplo.”. Tá… péssimo exemplo é o cacete, pô! Pior é tá passando fome! Tá na merda, porra! Sentir o cheiro de povo! Como eu falei, lá. E uma experiência pra todo político sentir! Ir lá ver como é que tá o negócio. Ou a gente tem que tá, como se fosse, né, o… um general na… na retaguarda e deixar a tropa se ferrar na frente. Não! O general tá, tá na frente, o coronel tá na frente, o capitão tá na frente. Nossos heróis da segunda guerra mundial tiveram na frente de campo de batalha. Se precisar aqui, tenho certeza, nossas forças armadas vão cumprir com seu papel, mas, né, nós temos que dar exemplo! E mostrar que o Brasil não é — eu sou mais educado que o Weintraub, até me poli muito, né, no linguajar que ele usou — mas não é isso que o pessoal pinta por aí! Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de informações: O meu particular funciona! Os outros que tem oficialmente desinforma! E voltando ao… ao tema: prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho! Então, pessoal, muitos vão poder sair do Brasil, mas não quero sair e ver a minha a irmã de Eldorado, outra de Cajati, o coitado do meu irmão capitão do Exército de… de… de… lá de Miracatu se foder, porra! Como é perseguido o tempo todo! Aí a bosta da Folha de São Paulo, diz que meu irmão foi expulso dum açougue em Registro, que tava comprando carne sem máscara. Comprovou no papel! Tava em São Paulo esse dia. O dono do… do restaurante do… do pa… de. Do açougue falou que ele não tava lá. E fica por isso mesmo. Eu sei que é problema dele, né? Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou! Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira! Aí vem um garoto aqui, ó — com todo o respeito — o do BNDES, tá? Eu conheci, ele usava calção lá, né? Pô, ele veio dos Estados Unidos pra cá, podia tá muito bem lá. Veio pra cá pra tentar mudar o Brasil a convite do Paulo Guedes, que é amigo dos pais deles. Por coincidência, não é Paulo Guedes? [01:30:57]

Paulo Guedes: Coincidência. [01:30:58]

Jair Bolsonaro: Acho que não… eu não lembro do teus pais, lembro de você, pô! Tá certo? Mas é alguém que tá investindo aqui. E todos nós temos que pensar nisso. O que esses filha de uma égua quer, ô Weintraub, é a nossa liberdade. Olha, eu… como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil! O povo tá dentro de casa! Por isso que eu quero – ministro da Justiça e ministro da Defesa – que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa! Se tivesse armado, ia pra rua! E se eu fosse ditador, né, eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Aí, que é a demonstração nossa, eu peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assine essa portaria hoje que eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por quê que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não da pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais. É! Quem não aceitar a minha… as minhas bandeiras, Damares, família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado; quem não aceitar isso, está no governo errado! Esperem pra vinte e dois, né, o seu Alvaro Dias; espere o Alckmin; espere o Haddad; ou talvez o Lula, né? E vai ser feliz com eles, pô! No meu governo tá errado! É escancarar a questão do armamento aqui! Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado! E que cada um faça, exerça o teu papel! Se exponha! Aqui eu já falei: perde o ministério quem for elogiado pela Folha ou pelo Globo! Pelo Antagonista! Tá? Então tem certos blogs aí que só tem notícia boa de ministro. Eu não sei como! O presidente põe porrada, mas o ministro é elogiado! A gente vê por aí! “Ah, o governo tá… o… o ministério tá indo bem, apesar do presidente.”. Vai pra puta que o pariu, porra! Eu que escalei o time, porra! Trocamos cinco. Espero trocar mais ninguém! Espero! Mas nós temos que, na linha do Weintraub, de forma mais educada um pouquinho, né? Eh… de se preocupar com isso. Que os caras querem é a nossa hemorroida! E a nossa liberdade! Isso é uma verdade! O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso! Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta! Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né? E nós sabemos o… o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a… tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né? Então, pessoal, por favor, se preocupe o que há de mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma! [01:34:11]

Braga Netto: Paulo Guedes é o último debatedor. [01:34:13]

Paulo Guedes: Bom, presidente, esses valores e esses princípios e o alerta aí do Weintraub é válido também, como seu… sua evocação, é que realmente nós estamos todos aqui por esses valores. Nós tamos aqui por esses valores. Nós não podemos nos esquecer disso. Nós podemos conversar com todo mundo aqui, porque é o establishment, é porque nós precisamos dele pra aprovar coisa, mas nós sabemos que nós somos diferentes. Nós temos noção que nós somos diferentes deles. E quando eles cruzam a linha, a gente solta a mão e sai andando sozinho. Enquanto eles tiverem no trilho, conosco, no caminho de fazendo as reformas que nós prometemos, nós tamo unto. Na hora que o cara soltou a mão e passou pro lado de lá, a gente deixa o cara ir sozinho e a gente continua sozinho e vai procurar outra conversa, em outro lugar. Então, eu acho que manter essa ideia que nos trouxe aqui, e eu tenho dito isso em todo lugar, e lá fora eu converso. Semana passada eu conversei com os ministros da fazenda de G20, conversei com os ministros eh… também de economia eh… dos BRICs e a mensagem que eu levo é sempre a mesma: o Brasil vai surpreender o mundo. Vocês duvidavam da nossa democracia, duvidavam do nosso presidente, nosso presidente é democrata e vai fazer as mudanças. E aprovamos a reforma da previdência o ano passado, enquanto os franceses fizeram passeatas contra a reforma da previdência. Agora, a mesma coisa, eu tô dizendo: nós vamos continuar aprofundando as reformas, nós vamos seguir. Eh… eu conheço todas as histórias de reconstrução por ter, por profissão, obrigado a estudar isso. A reconstrução da Alemanha, a reconstrução da Alemanha na segunda guerra, na primeira guerra com o Schacht. A segunda guerra com o Ludwig Erhard eh… a reconstrução da economia do Chile com os… os… os caras de Chicago. Eh… todos os ca… o caso da fusão das duas Alemanhas, eu conheço profundamente, no detalhe! Não é de ouvir falar. É de ler oito livros sobre cada reconstrução dessa. Então, eu li Keynes eh… três vezes no original antes de eu chegar a Chicago. Então pra mim não tem música, não tem dogma, não tem blá-blá-blá. Tem estudo sobre todas essas ocasiões. E nós demos uma demonstração disso quando nós távamos indo numa direção norte, com as reformas estruturantes e, de repente, em três semanas e meia, nós fomos pro sul! E nós somos elogiados hoje lá fora — semana passada todo mundo elogiando, fazendo referência — que o Brasil tá à frente de todos os emergentes e pari passu ali, só tá atrás um pouquinho dos Estados Unidos, porque o Estados Unidos está naquele caso que é o cara que tem a moeda forte, emitiu um trilhão pra cada problema que ele tem e ninguém reclama. Fizemos vários programas antes dos alemães, vários programas antes dos ingleses. Vários programas. De todo tipo. Então, se não existe algo aqui é dogma. Existe capacidade de trabalho com um grupo extraordinário que eu tenho. Então, nós atacamos em todas as direções. Primeiro, o Campos foi lá e reduziu os compulsórios em duzentos bilhões. Logo depois nós não tínhamos espaço constitucional, fizemos antecipações de benefícios e diferimento de impostos, porque não tinha espaço constitucional. Logo depois tivemos espaço pelo Supremo e pelo… e pelo Congresso, entramos nas constitucionais. Gastamos trezentos e poucos bilhões, que não é muito. Pra terem uma ideia, o último déficit do governo Temer foi cento e sessenta. Nós gastamos trezentos. Não é? E não gastamos tanto assim, mas atingimos cinquenta milhões de brasileiros como diz lá o Pedro. Se… setenta milhões de brasileiros, não é? Os… lançamos essa camada pros mais frágeis eh… pegamos os idosos. Pegamos as empresas, microcrédito, depois de te… de… de zero a dez, de… a… trezentos e sessenta mil e depois de trezentos e sessenta mil a dez milhões. Montamos um comitê de bancos, estamos lá com o Montezano agora fazendo justamente a reestruturação. Não vai ter molezinha pra empresa aérea, pra nada disso. É dinheiro que nós vamos botar usando a melhor tecnologia financeira lá de fora. Nós vamos botar dinheiro, e… vai dar certo e nós vamos ganhar dinheiro! Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas! Então, nós tamos fazendo tudo by lhe book, direitinho. Na conversa com os ministros da fazenda lá de fora, eu disse que nós tamos com um déficit extraordinariamente es… alto esse ano é… da mesma forma que eles, tá todo mundo na mesma direção, só que nós caímos no chão, tá uma confusão. Tiro, porrada e bomba, mas nós não perdemos a bússola. A gente cai, levanta e sabe pra onde nós temos que ir. Nós não vamos perder a bússola. Nós sabemos dos valores, sabemos dos princípios, sabemos quê que nós tamo defendendo. Nós tamo defendendo liberdade: liberdade económica, liberdade política… eh… nós sabemos o que nós tamo defendendo. E num… e num… e tamos agora no meio dessa confusão, derrubando a última… a última torre do inimigo. Que uma coisa é que nós vamos fazer a reconstrução e a nossa transformação econômica. A outra coisa são as torres do inimigo que a gente tinha que derrubar. Uma era o excesso de gasto na previdência, derrubamos assim que entramos. A segunda torre era o juros. Os juros tão descendo e vão descer mais ainda. O… o Campos tem o mapa já. Nós tamo descendo. Então, pra ter uma ideia, o ano passado pra esse ano, cento e vinte bilhões a menos de juros. Um Plano Marshall por ano! [01:39:46]

Braga Netto: Sem Marshall, pelo amor de Deus. [01:39:45]

Paulo Guedes: Né? Sem juros. De juros a menos. Então nós sabemos e é nessa confusão toda, todo mundo tá achando que tão distraído, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamo a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário. Era a terceira torre que nós pedimos pra derrubar. Nós vamos derrubar agora, também. Isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final. Não tem jeito de fazer um impeachment se a gente tiver com as contas arrumadas, tudo em dia. Acabou! Não tem eito. Não tem jeito! E o presidente tá no ponto futuro, porque o presidente falou o seguinte: tudo bem, tem a primeira onda, que é a da saúde; mas tem a segunda que é a da economia, e uma vem agarrada com a outra. Nós tamo ainda tentando sair da primeira, po… a segunda já tá querendo bater. Eu ainda acho que nós tamo preservando os sinais vitais da economia brasileira. Ela pra mim ainda é um urso hibernando. Cê baixa sua energia pra zero, consumo de energia pra quase zero, só respira, mas quando cê sai da gruta, cê sai pra comer o primeiro bicho que passar. Cê tem força. Nós não podemo é deix… isso, graças à super safra da nossa Tereza, a logística do… do Tarcísio. A comida tá chegando. As exportações tão seguindo. A China é aquele cara que cê sabe que cê tem que aguentar, porque pro cês terem uma ideia, pra cada um dólar que o Brasil exporta pros Estados Unidos, exporta três pra China. É. Você sabe que ele é diferente de você. Cê sabe que geopoliticamente cê tá do lado de cá! Agora, cê sabe o seguinte, não deixa jogar fora aquilo ali não, porque aquilo ali é comida nossa. Nós tamo exportando pra aqueles cara. Não vamos vender pra eles ponto crítico nosso, mas vamos vender a nossa soja pra eles. Isso a gente pode vender à vontade. Eles precisam comer, eles precisam comer. A Índia também vai precisar comer, vai ser o trading da água. Eles vão dizer que é a melhor trading da água. Outro dia alguém comentou comigo. Acho que foi o Campos, não foi Campos? [01:41:35]

Roberto Campos: Foi. [01:41:35]

Paulo Guedes: É, é o trading da água, quer dizer, os caras precisam de alimento, não tem água, nós temos muito mais água do que eles têm. Então eles vão ter que abrir mão da agricultura pra fazer outras coisas e nós vamos poder eh… exportar pra eles também. Então nós temos um mapa de voo bom, nós temos uma equipe jovem, preparada, todo mundo trabalhando juntos. Todo mundo trabalhando juntos. E nós não vamos perder o rumo. Nós não podemos perder o rumo. Então vai ter muita conversa: “vamos pra cá, vamos pra lá, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo”. Não vamos perder o rumo não. Pode dar vestimento. Bota peruca loura, bota pe… eh… passa batom vermelho, faz uma porção de coisa que for necessário politicamente, mas não vamo perder o rumo econômico não. Nós sabemos onde nós tamo indo. Então, eu tô só dando uma mensagem de tranquilidade pra todo mundo aqui que é o seguinte: nós tamo fazendo nada eh… exótico, dogmático, nada disso! Nós tamos indo numa direção. Fizemos o que o mundo inteiro fez! Em três semanas e meia nós fizemos o que o mundo inteiro fez! Só que nós não vamos perder o rumo não. Nós sabemos pra onde nós vamos voltar já, já. Tá certo? E se o mundo for diferente, nós vamos ter capacidade de adaptação. Por exemplo: eu já tenho conversado com o ministro da Defesa, já conversamos algumas vezes. Quantos? Quantos? Duzentos mil, trezentos mil. Quantos jovens aprendizes nós podemos absorver nos quartéis brasileiros? Um milhão? Um milhão a duzentos reais, que é o bolsa família, trezentos reais, pro cara de manhã faz calistenia, faz eh… fa… né? Aprende ci… civil… organização social e como é que é o? OSPB, né? Organização Social e… [01:43:09]

Hamilton Mourão: Política. [01:43:09]

Paulo Guedes… política, né? Faz ginástica, canta o hino, bate continência. De tarde, aprende, aprende a ser um cidadão, pô! Aprende a ser um cidadão. Disciplina, usar o… usar o tempo construtivamente, pô! Eh… voluntário pra fazer estrada, pra fazer isso, fazer aquilo. Sabe quanto custa isso? É duzentos reais por mês, um milhão de cada, duzentos milhões, pô! Joga dez meses aí, dois bi. Isso é nada! Então, nós vamos pegar na reconstrução, nós vamos pegar um bilhão, dois bilhões e contrata um milhão de jovens aqui. A Alemanha fez isso na reconstrução. Aí você também quer fazer estrada? Precisa de três, quatro bilhões a mais. Tem um orçamento de oito. Toma aqui seus quatro bilhões. Isso não faz falta! Isso não faz falta. Não é isso o problema. A mesma coisa o nosso… o problema do jogo lá na… lá na… nos recursos integrados. Tem problema nenhum. São bilionários, são milionários! Executivo do mundo inteiro. O cara vem eh… fazem convenções… olha, a… o… o turismo saiu de cinco milhões em Cingapura pra trinta milhões por ano. O Brasil recebe seis. Uma pequena cidade recebe es… trinta milhões de turistas. O sonho do presidente de transformar o Rio de Janeiro em Cancún lá, Angra dos Reis em Cancún. Aquilo ali pode virar Cancún rápido. Entendeu? A mesma coisa aí Es… eh… Espanha. Espanha recebe trinta, quarenta milhões de turistas. Isso aí é uma cidade da Asia. Macau recebe vinte e seis milhões hoje na… na China só por causa desse negócio. É um centro de negócios. E só maior de idade. O cara entra, deixa grana lá que ele ganhou anteontem, ele deixa aquilo lá, bebe, sai feliz da vida. Aquilo ali num… num atrapalha ninguém. [01:44:46]

(risos) (sobreposição de vozes) [01:44:48]

Paulo Guedes: Aquilo não atrapalha ninguém. Deixa cada um si foder! Ô, Damares, Damares, Damares, deixa cada um… Damares, Damares, o presidente, o presidente fala em liberdade. Deixa cada um se foder do jeito que quiser! Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário! Deixa o cara se foder, pô! Não tem… lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho. [01:45:10]

Damares: Entendi. Se C… se o C… [01:45:11]

Paulo Guedes: Não entra nenhum brasileirinho desprotegido. Entendeu? [01:45:13]

Damares: …se a CGU concordar. Se a CGU tiver como controlar a entrada e a saída do dinheiro. [01:45:17]

Paulo Guedes: Isso, então vamo lá. [01:45:18]

Damares: Se não tiver como lavar dinheiro sujo lá. [01:45:21]

Paulo Guedes: Então só pra terminar, as observações também finais ali, o Campos falou duas coisas também interessantes. Então a… eh… o… o Campos falou duas coisas interessantes ali, uma é o seguinte: o… o estrangeiro pra vir, pra fazer os investimentos, eu tive. Eu re… eu recebi {embaixador} e já reportei isso pro presidente. Eu recebi o embaixador dos Estados Unidos e ele veio conversar conosco. E a mensagem maior dele era uma só. Assim olha: “nós queremos um bom ambiente de negócios. Nós vamos colocar centena de bilhões de dólares aqui. O mundo inteiro quer investir no Brasil. Agora, nós precisamos de um bom ambiente de negócios”. [01:45:51]

Braga Netto: Segurança. Segurança. [01:45:51]

Paulo Guedes: Simplificação de impostos, segurança jurídica, coisas desse tipo, não é? Então, o secretário do comércio americano, que é o Wilbur Ross, o cara me disse o seguinte: “Eu só tenho um conselho pra vocês: vamos aderir ao GPA – é General Purchase Agreement – que é o seguinte, é um acordo, nós com a entrada na OECD, nós assinamos esse acordo e esse acordo diz o seguinte: não pode haver nenhuma compra governamental sem transparência. Acabou! Então basta a gente fazer isso, quer dizer, vai fazer concorrência pra concessão, privatização, então nós já tamo na pista certa, já tamo indo na direção certa. [01:46:31]

Braga Netto: Só um… só uma informação sobre isso aí. O… eu tive, eu fiz uma reunião com o pessoal da OCDE essa semana agora… foi semana passada, né? Semana passada. Falando do nosso interesse, eles falaram que sim, já nos consideram da OCDE. [01:46:43]

Paulo Guedes: Sim! [01:46:43]

Braga Netto: Tá?

Paulo Guedes: Sim. Sim. [01:46:45]

Braga Netto: Então, os… os ministérios, eu tô falando isso porque vários ministérios… [01:46:47]

Paulo Guedes: Sim. [01:46:48]

Braga Netto: …têm uma pauta a cumprir. Vamos continuar nisso porque o… va na… a… a… a… vamos dizer, a impressão foi excepcional. [01:46:55]

Paulo Guedes: Sim. [01:46:56]

Marcelo: Ministro, é só… só uma…

Jair Bolsonaro: (Ininteligível) apoio do Trump aí. [01:47:00]

Marcelo: …só um dado aqui da OCDE. [01:46:59]

Jair Bolsonaro: Fala que nos tamo com apoio do Trump aí. [01:47:00]

Marcelo: Só um dado aqui eh… e     é rapidamente da OCDE. [01:47:02]

Marcelo: Noventa e… [01:47:03]

Braga Netto: Presidente falou: “nós tamos com o apoio do Trump.” [01:47:04]

Paulo Guedes: Não, o embaixador disse isso! O embaixador disse isso. O embaixador disse: “Nós não podemos perder a oportunidade do presidente tá tão próximo ao Trump. Os nossos dois presidentes tão próximos. Nós não podemos perder essa oportunidade”. [01:47:14]

Braga Netto: É. O presidente da OCDE disse que realmente o Trump… a… a… o… o Estados Unidos que era, vamos dizer assim, uma… tinha uma certa objeção, agora á está favorável. Isso é real. [01:47:22]

Marcelo: Ministro, é só um dado. A OCDE, noventa por cento dos países que hoje integram a OCDE já contam com os resorts integrados. Os outros dez por cento é porque são muçulmanos, por isso não estão. [01:47:34]

Damares: Oitenta e oito por cento tem o ensino domiciliar. Então, a gente vai entrar com a MP hoje lá, tá? [01:47:39]

Hamilton Mourão: Homeschooling. [01:47:39]

Damares: Homeschooling. [01:47:41]

Tereza Cristina: A… só uma informação. Ontem eu tive o G20 da agricultura. Ontem foi… [01:47:46]

Braga Netto: Sim senhora. [01:47:47]

Tereza Cristina: …o dia do G20 da agricultura. Tem uma nova ordem, vai ter depois do coronavírus, e muitos países eh… vão eh… colocar regras pra ter estoque novamente, que eu acho que não é nosso caso. Mas enfim, nós precisamos ter acesso a mercados, enfim. Eh… mas nós precisamos incentivar o trigo. E o único produto que o Brasil não é auto suficiente. O resto, presidente, se amanhã quiser fechar… [01:48:16]

Jair Bolsonaro: Onde seria mais apropriado o trigo no Brasil (ininteligível)? [01:48:18]

Onyx Lorenzoni: Sul. [01:48:18]

Tereza Cristina: …nós temos dois milho… não (dirigindo-se ao Onyx). Nós temos dois milhões… no sul também (dirigindo-se ao Onyx). Mas, nós temos dois milhões de hectares na… ali no Matopiba, prontos, inclusive com a Embrapa com variedades superprodutivas pra poder investir lá. Precisa de dinheiro. E uma última coisa, nã… dinheiro, dinheiro que volta, inve… e é… eh… eh… financiamento. O que nós precisamos é baixar o juros. A agricultura não aguenta nove por cento de juros, é muito alto pra ela. [01:48:46]

Braga Netto: Tá. [01:48:47]

Jair Bolsonaro: O Banco do Brasil  o Banco do Brasil não fala nada não? [01:48:50]

Rubem: O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. [01:48:52]

Paulo Guedes: O Banco do Brasil não é tatu nem cobra, porque ele não é privado nem público. Então se for apertar o Rubem, coitado, ele é super liberal. Mas se apertar ele e falar: “bota o juro baixo”, ele: “não me apertam.”. Aí se falar assim: “bota o juro alto”, ele: “não posso, porque senão o governo me aperta.”. Banco do Brasil é um caso pronto de privatização. [01:49:13]

Jair Bolsonaro: (Risos). [01:49:14]

Paulo Guedes: E um caso pronto! E a gente não tá dando esse passo. O senhor já notou que o BNDE e o… e o… e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo. [01:49:28]

Jair Bolsonaro: Então vamo dispensar o Rubem da próxima reunião aí, pô. (riso) [01:49:29]

Rubem: Ape… apesa… apesar de todo… Apesar de todo o aumento de risco que passou haver no sis… no sistema bancário, o Banco do Brasil tá expandido bastante seus empréstimos e agricultura, a… a ministra Tereza Cristina é testemunha aqui de que o apoio tá sendo muito grande e… nós tamos numa situação confortável, ministro. Porque, a… primeiro porque na… na… em termos de liquidez, ah, o público vê o Banco do Brasil como um porto seguro. Então, nós não tamos tendo problemas que outros bancos tão tendo de… de preocupação com… com a liquidez do banco, com a higidez do banco. E… e na nossa, a… a… na nossa formação de… de… de resultado, as pessoas físicas no… têm um papel preponderante dentro do Banco do Brasil e nós temos a felicidade, nesse momento, de contar com folhas de pagamento de… de… de empresas públicas, das forças armadas, na-ná, que… que… em termos relativos estão numa situação mais segura do que o cidadão comum, que… que não participa de… de… de… de… de empresas públicas. [01:50:41]

Paulo Guedes: Mas só confessa o seu sonho. [01:50:43]

Rubem: Hein? [01:50:43]

Paulo Guedes: Confessa o sonho. [01:50:45]

Jair Bolsonaro: Deixa pra depois, confessa não. [01:50:46]

Rubem: Agora… [01:50:47]

Paulo Guedes: Confessa o seu sonho. [01:50:48]

Rubem: Privati… em… em relação a privatização… [01:50:49]

Jair Bolsonaro: Faz assim: só em vinte e três cê confessa, agora não. [01:50:52]

Rubem: Em relação (risos) à privatização, eu acho que fica claro que com o BNDES cuidando do desenvolvimento e com a Caixa cuidando do fim soci… do… do… da área social, o Banco do Brasil estara… estaria pronto Pa… para um programa de privatização, né? Mas isso a gente pode fazer… [01:51:09]

Jair Bolsonaro: Isso aí… isso aí só se discute, só se fala isso em vinte e três, tá? [01:51:12]

Rubem: A gente pode fazer um dia um… um… um seminário aí e… e… possa estender aí. Porque o Banco do Brasil no passado a… teve muitos privilégios pelo fato de ser público, né? A… as folhas de pagamento vinham naturalmente pro Banco do Brasil ou pra Caixa. A administração do… a administração dos depósitos judiciais eram sempre do Banco do Brasil e da Caixa. Hoje, isso tudo é… processo de concorrência. Nós temos que pagar muito caro por esses antigos privilégios, que não são mais privilégios. E fica só o lado ruim de ser estatal, pesando no Banco do Brasil. Quer dizer, a gente não tem a mesma facilidade de contratação, a gente não tem a mesma facilidade de demissão de maus funcionários e… e… e vai… vai por diante. Quer dizer, tudo tem que su… submeter ao governo, tem o Tribunal de Contas travando tudo, não é? Tribunal de Contas é, hoje em dia, é um… é uma usina de terror. Quer dizer, se… se a gente faz… se a gente faz alguma coisa tá arriscado a ir pra cadeia. Se não faz, é… é processado por inação, não é? Você não tomou as providências que tinha que ter tomado, então. Então vi… virou… virou um terror isso. Não é? Se ficar o bicho pega, se fi. Se correr o bicho come. Agora, eu. Eu que… se me permitem, (acha graça) eu queria fazer uma observação rápida sobre a área de… de… de… de medicina. Eu, eu acompanho os números diariamente. Eu vejo que a… os óbitos, eles chegaram a… a diários, passaram de duzentos durante algum… [01:52:52]

M?: Período.

Rubem: …alguns dias. Quatro, cinco dias. Mais… mais de… de duzentas pessoas sendo mortas. De uns quatro, cinco dias pra cá, esses óbitos caíram bastante. Já não chegam mais na casa de duzentos. A minha sensação, de quem não é especialista no negócio, mas que observa os números, é que o tal do pico, o tal do famoso pico, que gerava tantas preocupações, a minha sensação é que esse pico já passou, né? Agora… [01:53:21]

Braga Netto: E que o senhor não viu o número que nós mostramos lá em cima, agora, mas isso é outra história. Senhores, sem querer cortar, muito obrigado a todos porque senão vou… não termina. (Risos). [01:53:30]

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