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Live Ushitaro Kamia 19.599 de 07 de novembro de 2020 (64,1 min)

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transcrição de áudio

Live Ushitaro Kamia 19.599 de 07 de novembro de 2020 (64,1167 min)

(Início da transcrição) [00:00:00]

Marcelo Miura: Olá, boa noite. 19:22, estamos mais uma vez com a nossa live com o nosso candidato Ushitaro Kamia pelo Podemos, 19.599, na reta final. Dia 15 já está aí, as eleições 2020, das eleições minoritárias, onde estaremos nos dirigindo às urnas, para elegermos os futuros prefeitos e vereadores, que ocuparão as 55 cadeiras do Legislativo Paulistano. Eu sou Marcelo Miura, é um prazer enorme estar com vocês mais uma vez, mais uma semana. E obrigado por sua presença, você que já chega aqui na sala, se puder vá compartilhando, aquele recado de sempre: vá curtindo, compartilhando, divulgando nas redes sociais a nossa live deste sábado, dia 7 de novembro, onde estaremos trazendo o tema educação: não só as propostas que o Kamia já realizou, os aportes que ele trouxe para a cidade de São Paulo, bem como também as plataformas de governo que ele pretende nesta continuidade, os projetos que ainda estão tramitando, os projetos que ainda estão sendo idealizadas no âmbito da Educação, da cultura, inclusive do esporte. Aliás, eu gostaria de mandar um abraço especial a Raquel Teixeira, ela deveria estar com a gente nesta live, falando especialmente sobre cultura. Ela adoeceu, mas nós aqui o nosso carinho, obrigado pelo contato durante toda a semana, melhoras, e quem sabe, a gente possa tê-la aqui, junto com a gente num próximo momento, na próxima live. Mas agradecendo à participação que ela tem dado, inclusive nos projetos do Kamia em relação à cultura. Ela, que é formada em Londres, bailarina profissional, tem uma companhia ali na Zona Leste de São Paulo, mais propriamente no Anália Franco, estaria com a gente. E infelizmente, ela adoeceu e não pôde estar com a gente. Mas hoje nós temos a professora Sueidy Pithon Suyeyassu, e na sequência também nós teremos o professor Wesley Misael do Rosário falando sobre cultura também. Kamia san, boa noite. [00:02:35]

Ushitaro Kamia (19.599): Boa noite, tudo bem? Nós estamos aqui apresentando também. Quero cumprimentar aqui a professora Sueide Pithon Suyeyassu, ela é mestra pelo Mackenzie e doutorada pela PUC. E nós vamos trazer aqui assunto muito importante sobre educação. E eu acho que a gente podia falar um pouquinho da sua estada lá no Japão, e você ficou um longo tempo lá. Então, você podia começar falando um pouco dessa viagem que você fez, e essa estada que você ficou trabalhando. [00:03:15]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Perfeito. Bom, primeiramente quero também cumprimentar a todos e todas, boa noite. Quero agradecer a oportunidade ao Kamia, ao Marcelo por estarmos aqui. E falar de um tema muito importante, como o Kamia já falou, educação. Educação, para mim, é um tema importantíssimo, por ser da área de educação, e também por entender que a educação é um dos pilares que sustenta uma nação. Então, faz parte de pensar a educação principalmente em uma plataforma de governo. E falando sobre a questão do Japão, quando aconteceu, iniciou o fenômeno dekassegui (nota do transcritor: a ida de descendentes de japoneses para o Japão para ganhar dinheiro, que se iniciou nos anos 1980), eu tive a oportunidade também de estar como imigrante no Japão. E quando eu estive lá, que foi final da década de 1980, início da década de 1990 que aconteceu o boom desse fenômeno dekassegui, eu estava lá. E nesse momento, o cenário que se desenhava era o seguinte: muitas famílias descendentes de japoneses estavam lá e estavam com seus filhos. E o problema era onde matricular as crianças nas escolas, se nas escolas japonesas, ou nas escolas ditas brasileiras. Algumas famílias optaram por matricular as crianças nas escolas brasileiras, e outras famílias optaram por matricular nas escolas brasileiras, que começaram a nascer esses projetos, de maneira muito tímida, no início desse processo, mas que cresceu posteriormente nos anos subsequentes. E como professora, eu tive a oportunidade de lecionar no Japão para essas crianças filhas de brasileiros. Portanto eu fui uma imigrante no Japão dando aula para filhos de imigrantes. E é dessa questão que nós vamos tratar hoje, que é a questão de ambientes multiculturais e currículo para a interculturalidade, nasceu justamente das minhas vivências no Japão como imigrante e como professora de imigrantes brasileiros. O que é que eu percebi nessa vivência? Que quando eu fechava os meus olhos, a sensação que eu tinha é que se eu ouvisse somente as crianças falando, é como se eu estivesse numa sala de crianças japonesas. Quando eu abria os meus olhos, eu verificava que eram crianças brasileiras. E aí, o problema todo surge nesse momento. Por quê? As crianças estavam distantes da cultura brasileira, não se reconheciam como brasileiras. E também, estando no Japão, não eram reconhecidas como japonesas. Esse sentimento de não reconhecimento, nem como brasileiro e nem como japonês, começava a dar angústia tanto nas crianças, como nos brasileiros que já estavam há alguns anos. É o que a gente chama de sentimento de pertença e não pertença. Ou seja, a maioria dessas crianças, estava sendo gerada nelas o sentimento de não pertença, eu não pertenço ao Brasil e nem ao Japão. E quando a gente tem esse sentimento de não pertencimento, isso é angustiante!

Ushitaro Kamia (19.599): Isso é uma questão intercultural, não? [00:06:33]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Isso, é uma questão de interculturalidade. E eu percebi essa questão de interculturalidade, de multiculturalidade, a partir deste momento, percebendo meus alunos lá no Japão. Quando eu retornei para o Brasil, eu fiz o processo contrário. Eu recebi na minha sala de aula uma criança que foi criada no Japão, brasileira, mas que foi criada no Japão, estudou em escola japonesa, falava em japonês, não falava quase nada em português, e ela veio estudar numa escola no Brasil. Como inseri-la dentro da escola? Sendo que ela não tinha o meio de comunicação, porque ela não falava, entendia direito o português. O que eu fiz? Como eu articulo a língua japonesa, eu explicava o conteúdo em português e em japonês, e para ele se sentir inserido na sala de aula, porque os modos de vida, os modos culturais da criança japonesa e da criança brasileira diferem muito. Porque tudo isso é permeado de culturas e de vivências dentro de onde elas moram, de onde elas foram criadas. E ele trouxe toda a bagagem da cultura japonesa, e ele não se sentia à vontade na escola. Então, lancei mão de vários métodos para inseri-lo. E até que eu consegui inserir essa criança, ela se sentiu mais à vontade e acolhida pela turma. Esse problema foi se desenhando ao longo de anos de observação da minha prática como educadora. Eu levei essa pesquisa para o mestrado e para o doutorado, verificando o quê? Que nós percebemos que, no decorrer dos anos, não somente se tratando de fenômeno dekassegui, que foi os brasileiros que foram para o Japão, mas também na nossa atualidade o fenômeno da imigração é o que se acentuou muito, é um dos problemas sociais que nós temos percebido com maior ênfase no mundo, a discussão que tem acontecido nos governos, nos países, nas leis migratórias, é algo que tem mais se discutido e falado é sobre a questão da imigração. E essa imigração, ela cresceu muito nos últimos anos. E esse resultado está dentro das escolas. E por que é que essa imigração cresceu muito nos últimos anos, o deslocamento dessa massa humana pelo mundo? Em detrimento de várias questões: guerra, perseguições políticas, desastres naturais. E os países foram abrigando esses refugiados, verificando as questões que estavam provocando essa imigração para atribuir ou não os vistos a essas crianças e a essas famílias. Isso aconteceu não só no Brasil, mas no mundo. Eu consegui perceber esse movimento em alguns outros países que eu também tenho relações com pessoas que estão dando aula fora do Brasil, eu também fiz a ida não somente a vivência no Japão, mas em outros países verificando como é que estava acontecendo o processo de imigração e a entrada dessas crianças nas escolas na Europa, na África, aqui no Brasil.

Marcelo Miura: Aliás, Sueidy, tem um livro que eu li ainda, eu estava no primário, no fundamental. Se eu não me engano era da Clarice Lispector, chamava-se Meninos sem Pátria. Hoje eu vejo que era um livro vanguardista, porque ele retrata para a gente 30 anos depois o que nós vivemos hoje. Retratava lá atrás o que nós estamos vivendo hoje, essa questão das crianças que foram para o Japão, dessa primeira leva do chamado fenômeno dekassegui que nós tivemos no Japão, aqui eles eram japoneses eles eram gaijins, brasileiros. (nota do transcritor: gai = estrangeiro, jin = pessoa) Então, realmente houve essa transição do não pertencimento, ou ao que e a quem eu pertenço, se ao Brasil ou ao Japão, é complicado, né, Kamia?

Ushitaro Kamia (19.599): Sim. Mas como é que ficou essa questão da Integração dessas crianças brasileiras? [00:10:46]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Brasileiras. Então, aqui, como esse é um fenômeno que está recente em termos de pesquisa acadêmica, ainda estão se verificando as possibilidades de inserção. Eu, como pesquisadora, eu estou trazendo a ideia, a proposta de pensarmos um currículo para a interculturalidade nas escolas. Eu falei no caso que eu tive essa experiência de receber essa criança brasileira criada no Japão, que veio com toda uma identidade japonesa, sendo brasileira. E, quando chegou aqui, para ele se inserir na escola brasileira e na cultura brasileira, ele teve dificuldade, e, acompanhando todo esse crescimento da imigração pelo mundo, eu fui verificar de uma maneira mais aproximada, as escolas aqui de São Paulo. Que essa é uma problemática que estamos pensando, Kamia, em termos educacionais aqui da cidade de São Paulo.

Ushitaro Kamia (19.599): Sim. [00:11:44]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: E quando eu aproximei o meu olhar, fui fazer pesquisa, eu fiquei surpresa! Eu já sabia da problemática, mas quando nós pensamos em questões numéricas, trouxe essa questão assim, é gritante. E poucas pessoas têm o conhecimento em pensar que a escola que eu pesquisei, ela é uma escola que fica no bairro do Brás, é uma escola que tem 15 etnias dentro dessa escola, ela recebe alunos imigrantes aos 10 anos, mais ou menos, e o número de crianças que estão matriculadas, alocadas nessa escola, a maioria das pessoas não acreditam quando eu falo, representa 60% do alunado dessa escola. Ou seja, 60% dos estudantes dessa escola estadual, escola pública da cidade de São Paulo, 60% dos alunos são imigrantes. Apenas 40% são nativos, ou seja, brasileiros. E aí, a gente pensa, com 15 etnias diferenciadas, a maioria, o número representativo maior são os bolivianos. Nós temos 15 etnias, e aí você pensa, como é que o professor consegue dar aula num ambiente multicultural desse, onde as crianças chegam, não dominam a língua portuguesa e o professor também não tem conhecimento da língua desse aluno que chega? E como você vai dar aula? O material didático também não é preparado para. Portanto, eu percebi que muitas crianças não estavam conseguindo ter esse desenvolvimento de ensino-aprendizagem, causando evasão escolar. E é por lei a criança acessar a escola. À criança independente de ter ou não ter documento, chegar, os pais chegam sendo imigrantes para fazer a matrícula, a escola precisa aceitar. E as crianças acessam, a acessibilidade é formidável aqui na cidade de São Paulo. O problema é quando passa dos portões da escola para dentro, como trabalhar com essa diversidade cultural? Que já temos uma diversidade cultural dentro do nosso próprio país, aqui, a cidade de São Paulo, ela tem uma representatividade cultural imensa. Quando nós olhamos para a nossa escola, nós verificamos crianças que vem de diversos estados, com as suas culturas próprias dos seus estados. Agora nós temos mais as crianças imigrantes que vêm de outros países e de etnias diversas. Então é um problema que nós estamos verificando nas nossas escolas, não só nas escolas do estado, mas também nas escolas municipais, (falha) [00:14:37] para que esses professores (falha de áudio) essas crianças precisam aprender. (falha de áudio) [00:14:45] na diversidade dos alunos imigrantes, mas também na diversidade dos nossos alunos brasileiros, como achar o ponto em comum para que a educação aconteça?

Marcelo Miura: Agora, Kamia, realmente nós… recentemente nós tivemos contato com a Associação Boliviana, o Kamia esteve inclusive ali no Brás por ter esse contato com pelo menos parte da comunidade, isso é uma realidade porque já tem 20 anos de imigração deles, né?

Ushitaro Kamia (19.599): É, realmente, parece-me que tem 700 mil bolivianos aqui no Brasil.

Marcelo Miura: Oficialmente.

Ushitaro Kamia (19.599): Oficialmente. Então os filhos… eles têm essa preocupação de começar a aprender, porque quando eu estive no Japão, em 1990, eu fui representar o Brasil, quer dizer, São Paulo, cidade irmã de São Paulo em Osaka, então naquela época estava fazendo um grande evento. Mas, antes da minha ida para ir para lá, as escolas sabiam que eu estava indo para lá, eles já pediram alguns materiais para que pudessem dar a orientação, ensinar as crianças brasileiras, filhos de brasileiros, para que eles pudessem aperfeiçoar a linguagem também, não só o japonês, mas também na língua portuguesa. Então, essa interlocução que nós fizemos junto com as escolas, foi muito profícuo a, porque nós contactamos aqui com a Secretaria da Educação, e eles mandaram um monte de livros didáticos aqui do Brasil. [00:16:29]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Perfeito, Kamia, é exatamente isso. Esse problema que você vivenciou com a sua ida até o Japão, levando esse material para que pudesse subsidiar o aprendizado das crianças brasileiras lá, é exatamente o que nós vivenciamos aqui, agora com crianças de outros países. Porque não existe um material didático na língua delas, e elas também não dominam português. Então nós temos pensado, pesquisado como deve se dar essa educação multicultural que se apresenta hoje em dia na cidade de São Paulo. E são várias escolas na cidade de São Paulo. Eu citei somente essa do Brás, mas existem várias outras escolas que tem uma representatividade significativa de alunos imigrantes. E os professores não receberam uma formação adequada para receber essas crianças, a gestão escolar também não estava preparada para gerir uma escola que se apresenta dessa maneira multicultural, e os alunos também não. Então assim, apesar de estarmos recebendo crianças imigrantes nas escolas desde mais ou menos a uns 10 anos, ainda nada foi pensado especificamente para esse currículo, para essa escola, para essa realidade. E isso interfere não só o imigrante mas também o aluno brasileiro, porque vamos pensar que todos estão coexistindo nesse espaço chamado escola. Como conseguir organizar essa Babel, digamos assim, esse espaço escola multicultural, onde as pessoas não conseguem se entender? Eu, durante o tempo que eu fiz a pesquisa, foi muito engraçado porque busquei ouvir muitos alunos. E uma das alunas falou assim para mim: “Olha, pra ajudar uma aluna de Bangladesh, o que é que eu fiz? Eu aprendi a falar em inglês lanche e dinheiro pra chamar ela para tomar lanche”.

(risos) [00:18:28]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Então os alunos, eu acho incrível a sensibilização dos alunos brasileiros em relação aos estrangeiros, de se colocarem no lugar do outro. Teve um outro aluno que, sem o professor solicitar, ele colocou a carteira dele ao lado do aluno estrangeiro, eu fiquei observando, e para ensinar o conteúdo para ele. Depois eu fui perguntar para ele: “Por que é que você fez isso?”, ele falou assim: “Professora, eu fiz isso porque eu aprendo com ele e ele aprende comigo”. Essa é a síntese da interculturalidade, eu aprender a cultura do outro e ele aprender a minha cultura sem deixar de respeitar minha cultura. Eu não fragmentar a minha cultura, para que… para aprender a cultura do outro. Não. A minha cultura, a minha identidade cultural tem que ser preservada, isso é importantíssimo, porque isso dita-me como eu sou um sujeito cultural, a minha identidade, e a do outro deve ser preservada. No entanto, a possibilidade de nós pensarmos no currículo onde as culturas possam interagir uma com a outra, isso é exatamente essa fala simples desse aluno, que é “ele aprende comigo e eu aprendo com ele”. Então isso foi incrível! Isso partiu desse próprio aluno. Precisando, óbvio, que nós constatamos questões de bullying na escola, uma criança que é uma menina, ela teve até dificuldade de responder à minha pesquisa, porque ela começava a chorar, porque ela era muçulmana, ela estava usando o lencinho dela e puxaram por várias vezes na escola.

Marcelo Miura: Bom, são 19:43, você que inclusive nos acompanha, aqui pelo Facebook, obrigado por sua presença, pelo seu compartilhamento, por estar curtindo as nossas redes sociais. Nós estamos levando o tema hoje sobre educação nessa penúltima live aqui na campanha do nosso vereador, Ushitaro Kamia. Falamos sobre a multiculturalidade e a interculturalidade, com a presença da pedagoga Sueidy Pithon Suyeyassu, ela é formada em pedagogia, com mestrado pelo Mackenzie e também doutorado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Antes da gente finalizar, Sueidy, é importante, vereador, deixar expresso então essa questão dá interculturalidade, dessa nova realidade. Assim como nós tivemos as transformações na infraestrutura, hoje o número de veículos, como a gente já discutiu, é bem maior. Não é que as ruas são ruins, nós precisamos de adequação. O mesmo acontece com a saúde, como discutimos. Não podemos condenar 100% o SUS que existe hoje, o Brasil está envelhecendo e a gente carece de alterações, de modificações no sistema de saúde brasileiro, assim também é na cultura. Nós precisamos então, com uma atenção especial a essa nova realidade na educação, especialmente nas escolas públicas municipais. [00:21:48]

Ushitaro Kamia (19.599): Verdade, nós tivemos, fizemos vários projetos, nós temos centenas de projetos principalmente essa integração. Por exemplo, nós temos radio taissô (nota do transcritor: ginástica com música), que eu acho que essa integração de fazer exercícios antes do trabalho, mesmo antes da atividade escolar, eu acho que é muito importante essa cultura de poder fazer essa prática.

Vídeo de radio taissô

(nota do transcritor: trata-se de uma ginástica rítmica que passava em rádios japonesas. A prática continua até os dias de hoje nas fábricas como aquecimento antes do trabalho físico, o que desperta o operário e diminui o número de acidentes e contusões, com uma série de exercícios de alongamento.) [00:22:16]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Sim, inclusive radio taissô pertence a essa cultura japonesa. Temos alunos imigrantes japoneses nas nossas escolas públicas, onde você coloca essa perspectiva de ter o rádio taissô, vamos supor, nas escolas, esse aluno vai se sentir identificado. A minha cultura está aqui dentro dessa escola também, e isso é muito importante.

Ushitaro Kamia (19.599): É um exercício que já é usado para as empresas, para que eles possam exercitar para fazer aquecimento, fazer exercício principalmente hoje nas praças públicas, onde tem possibilidade de fazer esse tipo de exercício, eu acho muito importante. Mesmo aquelas pessoas jovens, pessoas jovens e idosas participam desse trabalho. É muito importante. E foi aprovado e oficializado também como uma cultura, e também, como nós fizemos um festival de Okinawa, Okinawa Festival que dá a inserção de toda a iniciação de toda a cultura okinawana. E isso é muito importante porque passa esse legado para os filhos e para os netos, esse trabalho e esse legado, que a gente não pode perder a nossa identidade através de gerações também. Então, essa cultura, essa aculturação é muito importante, porque nós fazemos também… foi instituído também no âmbito do município o festival de artes de portas abertas. E nós temos que fazer toda a arte cultural também demonstrar. Cada país tem as suas artes e a gente pode fazer uma apresentação. Nós temos também o dia Yosakoi Soran, a música, a música é a verdadeira linguagem universal, através da música nós manifestamos nosso sentimento, preservamos a nossa tradição, a nossa cultura, isso é muito importante. E nós alteramos a Lei 14.485 que inclui a semana de cerejeiras em flor que tem início anualmente no primeiro domingo de agosto. Quer dizer, toda essa cultura, nós precisamos preservar e fazer com que as pessoas, aqui no Brasil, façam essa interculturalidade, para que a gente possa também verificar. A cerejeira é flor nacional do Japão, como o ipê-amarelo é aqui no Brasil. Mas eles cultuam de uma forma assim, tão carinhosa, para que a gente possa ter pelo menos o sentimento de gratidão. [00:25:09]

Marcelo Miura: Agora, uma lei importante, e eu coloco o Kamia como vanguardista, porque foi uma lei que ele instituiu em 1991, onde não se falava ainda em obesidade. E ele lançou um projeto de lei, já foi aprovado, muito importante, porque ele já tinha a preocupação da obesidade infantil que é uma realidade hoje, não é?

Ushitaro Kamia (19.599): É, hoje nós vemos crianças de seis anos já obesas, já estão com problemas de saúde, diabéticas. Então nós estivemos inclusive compartilhando, tanto é verdade que o prefeito sancionou um projeto também proibindo nas escolas as bebidas, refrigerantes, frituras e guloseimas. Eu acho que a partir desse momento é que nós possamos fazer esse trabalho junto com as crianças também. Por exemplo, uma das (falha de áudio) [00:26:06] gente vendendo guloseimas, gente vendendo (falha de áudio) frituras. Tem que começar (falha de áudio) na escola. [00:26:23]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: O Kamia (falha de áudio) nós estamos falando aqui sobre comer uma fritura, nós estamos falando sobre questão de cultura, multiculturalidade e interculturalidade. Quando a gente pensa em currículo de escola, no currículo também existe essa questão: tudo o que acontece dentro da escola é currículo. A prática de esportes, pensando a questão da alimentação atrelada à saúde, à questão da cultura, então todos esses projetos que você (falha de áudio) [00:26:46], está tudo atrelado no que a gente pensa. A escola (falha de áudio) [00:26:51]

Marcelo Miura: E para a gente finalizar, você esteve coordenando inclusive professores na África há anos atrás, né?

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Sim.

Marcelo Miura: Como é que você vê então essa plataforma de governo, essa plataforma com o Kamia retornando à câmara municipal (falha de áudio) multiculturalidade que tem no radar do Kamia, que ele quer implementar nas escolas públicas municipais? [00:27:20]

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Sim, olha, eu acho que é de extrema importância porque a minha temática é de pesquisa, como pesquisadora, temos evidenciado que esse é um dos maiores problemas que (falha de áudio) [00:27:34] pertencimento. E quando eu fui no caso em Angola, especificamente, eu fui trabalhar como formadora de professor, e aproveitei também para fazer pesquisa nesse âmbito de multiculturalidade, pensando que Angola foi um país colonizado por Portugal, e recentemente – tem o quê, uns 45 ou 46 anos de independência – e quando a gente pensa na colonização de Angola, e pensa na cultura angolana nós percebemos que a cultura angolana, durante todo esse tempo de colonização, se fragmentou. Pouco se percebe dentro do currículo educacional de Angola traços da cultura angolana. E aí, nós voltamos para a importância da preservação da identidade cultural de cada sujeito, porque eu vou saber para onde eu vou se eu souber quem eu sou. Então, se eu não tiver a minha identidade cultural definida, o sujeito nunca vai ter, saber para onde ele vai. Por isso, quando a gente pensa na questão de pensar a escola, na identidade de cada criança, do cuidar da cultura de cada criança que está inserida nesse espaço chamado escola, nós estamos também pensando em situações que vão afetar também questões não só sociais, mas emocionais também. O assunto é muito complexo para a gente conseguir esgotar hoje, mas eu acredito que seria mais ou menos esse panorama. Então quando eu estive em Angola, além de ter ido dar formação de professores, eu também tive essa percepção sobre as questões culturais, multiculturais e interculturais que aconteceram lá, que, na verdade, se tornou monocultural, a cultura angolana está extremamente fragmentada devido a ter sido colonizado o país, por muitos anos, por Portugal. Tanto que os livros didáticos de lá basicamente vêm de Portugal ou do Brasil, ou seja, não tem nenhum material didático para as escolas que são pensados por angolanos, pela cultura angolana. Os nomes das crianças são portugueses, não tem nomes tribais, que no caso a cultura angolana é basicamente tribal. Músicas, é tudo Portugal, e o Brasil também está exercendo grande influência. Então, eu voltei de lá muito mais motivada a pensar em me preocupar na preservação da cultura de cada sujeito, pensar no ambiente multicultural sim, mas também pensar na possibilidade de um currículo intercultural que favorece todos os lados (falha de áudio) por isso “eu aprendo com ele, ele aprende comigo”.

Marcelo Miura: Sueidy, obrigado por sua presença aqui e nós estamos juntos, por que a hora é agora, né?

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Eu agradeço mais uma vez, e a hora é agora!

(risos)

Ushitaro Kamia (19.599): Muito obrigado, Sueidy! Estamos juntos.

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Estamos juntos com o Kamia, que tem grande preocupação com a educação. E pouquíssimos candidatos têm preocupação com a educação, a educação é um dos pilares mais importantes.

Ushitaro Kamia (19.599): É verdade. Muito obrigado por sua presença.

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Muito obrigada mais uma vez, uma boa noite.

Ushitaro Kamia (19.599): E nós vamos estar juntos nesse trabalho fazendo com que todo esse trabalho, porque você tem esse conhecimento, que ele seja levado também para a cultura de nosso país.

Profa. Dra. Sueidy Pithon Suyeyassu: Sim! (risos)

Marcelo Miura: Bom, falamos aqui com a professora Sueidy Pithon Suyeyassu sobre multiculturalidade, interculturalidade, que é uma das plataformas do vereador Kamia, se eleito for, ele vai levar. Aliás, a educação é uma das principais plataformas junto com saúde, quem o conhece sabe. Então ele tem uma atenção, sempre teve, não só como deputado federal, mas nas cinco legislaturas pelo qual ele passou na Câmara Municipal de São Paulo, uma atenção muito especial à educação. Vamos falar também de cultura, e antes gostaria de agradecer a vocês que nos assistem, pela nossa live aqui no Facebook, obrigado pela presença mais uma vez. Agradecemos à participação e, principalmente, o engajamento. Muitas pessoas têm (falha de áudio) [00:31:43] tem divulgado nas redes sociais, e é aquilo que eu costumo dizer. Eleições são adversas devido à pandemia. As perspectivas dos cientistas políticos projetam um número de abstenções recorde neste ano. Então a sua participação no digital, no virtual, que vai ser, eu acredito que essas eleições vão ser definidas no virtual apesar da Bandeira verde que nós temos aqui, apesar do trabalho intenso que nossa equipe tem feito nas ruas, no téti a téti, o olho no olho é importante, porque o Kamia é dessa geração, ele preza por isso, mas o papel do digital está aí e eu acredito que vai ser fundamental nas eleições. Por isso, não deixe de compartilhar, não deixe de passar para os seus parentes, para os seus amigos a importância de elegermos mais uma vez um representante. Volto a dizer e vale lembrar que desde 2016 aonde houve aquele boom de renovação, não elegemos um candidato sequer representante especificamente da Zona Norte, por exemplo. Desde a Cachoeirinha, da Casa Verde até Vila Maria, Vila Guilherme, Parque Novo Mundo, não tivemos um só representante, e a Zona Norte sofreu e paga por isso. A exemplo também da Zona Sul, da Zona Oeste. Então, independente do candidato, vale o alerta da importância do voto. O voto é uma arma, então vale o sacrifício para se a gente quiser mudanças expressivas a partir daqui, não podemos ficar de braços cruzados. E temos que eleger representantes (falha de áudio) [00:33:28], não é só um vereador da Zona Norte. Ele é um vereador da educação, da saúde, da infraestrutura, enfim é um homem ficha limpa, é um homem que eu atesto e eu conheço desde 2008. Então vale (falha de áudio) [00:33:43] independente de ser no Kamia, ou se você tem um outro candidato, mas que faça essa análise, o que ele já fez, quais os trabalhos efetivos, qual a transparência que ele tem passado junto aos seus eleitores, junto a quem o elegeu. As portas do escritório político do Kamia, aqui no Jardim Tremembé, sempre estiveram abertas, mesmo fora do pleito, mesmo quando ele não teve (falha de áudio) quando não assumiu no Legislativo paulistano como Vereador dentre as 55 cadeiras. Então essa é a ocupação de um homem que se preocupa não com o seu mandato específico, mas pela população (falha de áudio) [00:34:31] aos que o elegeram, mesmo que a quantidade de eleitores não tenha sido suficiente para levá-lo à Câmara. Então, vale esse alerta, mais uma vez, o voto consciente, o voto inteligente para elegermos pessoas desse naipe, com esse propósito e com essa transparência. O trabalho é para hoje, por isso que o slogan dele é “A hora é agora”’, porque não cabe mais a velha política, como o Kamia costuma dizer: “Não temos mais espaço para a velha política para deixarmos tudo para o futuro, para o amanhã. A hora é agora! Nós precisamos de mudanças já, agora, neste momento”. Gostaria de agradecer em especial a uma pessoa que tem colaborado com a gente desde o início, está assistindo à live, o Sadao san, e ele faz um trabalho importantíssimo aqui com a gente. Ele transcreve, ele tem o trabalho de transcrever todas as nossas lives. A transcricoes.com.br, o trabalho do nosso professor Sadao, que assiste à nossa live, obrigado pela sua presença – viu, Sadao – e obrigado principalmente pelo seu trabalho de excelência com o qual tem nos ajudado aqui na campanha. Kamia san, falando sobre cultura, recebemos o Wesley Misael do Rosário, ele é formado em História e em Filosofia e, apesar da pouca idade, ele tem uma visão política, ele é bem engajado nas questões do nosso Brasil e principalmente no exterior. Tivemos o Biden aí, mas o Trump ainda dando um up nos trend topics hoje. Ainda vai ter recontagem lá na terra do Tio Sam, né?

Prof. Wesley Misael do Rosário: E segundo ele, teve um erro de contagem. Mas é aquilo, Marcelo, já previam isso nessas eleições por correio, bem antes de começar a distribuir. Já previam isso, inclusive falaram que nós iríamos eleger um novo presidente, a eleição do Trump e do Biden ainda não estaria acontecendo.

Marcelo Miura: (risos) Então, vamos ver os reflexos aqui. [00:36:51]

Prof. Wesley Misael do Rosário: Sim, sim.

Marcelo Miura: Kamia san, sobre cultura, também é uma das suas plataformas. [00:36:56]

Ushitaro Kamia (19.599): É, realmente, a cultura é importante. Principalmente, a gente não pode sair da cultura porque ela faz a integração da nossa sociedade. E nós, agora, quanto à educação também, que a professora Sueidy trouxe várias informações importantes para que nós façamos essa interlocução para a nossa cultura também. E nós tivemos vários projetos, também, que falam principalmente do esporte. O esporte é uma forma de a gente valorizar a nossa cultura. O que é que você acha? [00:37:40]

Prof. Wesley Misael do Rosário: Kamia san, o esporte para mim é fundamental, não só para fortalecer um senso de cultura da nação, mas para a integração. A professora estava falando dessa dificuldade de estrangeiro se comunicar. Eu acredito que o esporte e a música é uma das linguagens mais importantes. Só um dado, eu não vou ser chato, um historiador chato. Mas muito se fala do negro que fez, que obrigou Hitler a entregar uma premiação para ele. Hitler mantinha a ideia da supremacia branca, mas por meio do esporte, foi quando Jesse Owens fez Hitler e o comitê nazista, que dizia que negros eram inferiores, a se prostrar mediante a capacidade de um homem afro-americano. Então eu acredito que a partir daquele tempo, o mundo se voltou para a capacidade do negro, que até então o negro era visto como incapaz, um cara que só servia para trabalhar. E o esporte integra, então impuestou -se a cultura afro-americana dentro do esporte, porque até então não se podia usar roupas coloridas remetentes a África, até então naquela época. Com essa vitória, com essa charge para o novo futuro, mudou-se a forma de pensar e criou-se uma nova cultura. Então eu acredito que o esporte, como o senhor citou, é fundamental não só para integrar, mas para criar algo novo, algo maior do que somos. E não vamos só falar dos Estados Unidos, mas aqui no Brasil a Aida dos Santos, aqui no Brasil era proibido as mulheres de participar. A Aida dos Santos, por meio de esporte, ela saltava a distância, ela rompeu isso. Tanto que… e detalhe, só uma observação sobre a Aida dos Santos, ela rompeu isso não só no nível Brasil, mas no nível mundial. Inclusive, isso aconteceu nas Olimpíadas de Tóquio, se eu não me engano, nos anos 1960. E nas olimpíadas seguintes, a inscrição de mulheres, inclusive negras, foi muito maior, tudo graças ao esporte. Existia uma cultura fechada, até então ríspidas em relação a mulheres e foi rompida através do esporte. Então, Kamia san, em relação a… integrando ao que a professora estava falando, sobre o multiculturalismo e a interação do estrangeiro sobre a cultura, eu acredito sempre em somatórias. E o esporte para mim é a chave, é o caminho. Porquê no esporte, nós aprendemos a confiar um no outro, nos disciplinarmos, nos entendemos e nos comunicamos. Então eu acredito sim no esporte, Kamia san.

Ushitaro Kamia (19.599): E isso é usado no dia a dia, não é? [00:40:26]

Prof. Wesley Misael do Rosário: No dia a dia, sim.

Ushitaro Kamia (19.599): No trabalho e na família, na sociedade. Essa integração, eu acho que é muito importante, que vem através do esporte também. Porque na verdade, a música, também ela é uma forma de fazer a integração do ser.

Prof. Wesley Misael do Rosário: Sim.

Ushitaro Kamia (19.599): E a música também tem sua especialidade, porque o próprio maestro e depois os músicos, eles têm que seguir a condução.

Prof. Wesley Misael do Rosário: A condução.

Ushitaro Kamia (19.599): Condução. E nessa condução, a gente vê que tem que ter o respeito. Então eu acho que o esporte tem que ter o respeito, a música tem que ter o respeito, então tudo o que nós fazemos em nossa vivência nessa vivência da vida, a gente tem que saber como conciliar, conduzir. É verdade.

Prof. Wesley Misael do Rosário: Em relação à música, você puxou um pouquinho o meu saco. Para quem não sabe, eu tocava há um tempão. E a música tem uma frase que Nitzsche disse que a vida sem música, ela não tem sentido. Eu vou muito além, nós, que nos formamos – né, professora – nós dizemos que a matemática é a língua universal, mas eu vou ser sincero, para mim a música é a língua universal. Em período de guerra, você sabe que uma vez, em 1989, eu acho, ainda tinha aquele conflito da União Soviética com os Estados Unidos e na União Soviética acontecia… o maior tráfico não era de drogas, era de músicas. Que os soviéticos proibiam músicas do ocidente e eles traficavam música! Até que em 1989 não tinha mais jeito, eles fizeram um festival chamado Moscou Peace in Live. Até hoje na União Soviética, na Rússia não teve evento maior que esse. E os soviéticos não sabiam falar inglês, não sabiam falar português, mas mesmo assim se você olhar a imagem, você vê eles pulando, cantando, interagindo. Tem fotos que é engraçado, que tem soldados americanos e soldados russos abraçados uns com os outros e cantando refrão de uma música qualquer. Então, esse senso da música, por romper a barreira da língua porque a música, mexe com a nossa emoção, a dança move o corpo. Então, a música, a dança, elas nos atraem. Muitas das vezes, acho que a professora deve ter visto isso, a gente olha para uma pessoa diferente, talvez de outro país, e não é só por preconceito. Mas a gente tem medo por exemplo de nos portarmos. Ela citou o caso da menina islâmica, e talvez nós não sabemos a importância, o que é um rito chave para uma mulher islâmica, aquilo é a honra dela. Para nós brasileiros, é um pano, é um pano na cabeça e tudo bem. Mas, com a música, a expressão do corpo, ela é natural. É aquilo que o senhor falou, é a condução, o respeito, tem a hora de entrar, tem a hora de sair, há harmonia, há estrutura musical. Eu concordo com o senhor em relação a isso. A música e o esporte.

Ushitaro Kamia (19.599): Realmente a música é a verdadeira linguagem universal. E através da música nós manifestamos o nosso sentimento, a nossa alegria, fazendo com que através da música nós façamos a integração. Porque a música não tem nacionalidade, música, quando a gente ouve uma música, nós sentimos no coração seja de qualquer idioma que seja, não é verdade?

Prof. Wesley Misael do Rosário: Sim. E a música tem uma coisa que é interessante, que ela não só revela o nossos sentimentos, mas é o nosso verdadeiro sentimento. Porque às vezes, ao escutar uma música, a gente tem uma percepção interessante de tristeza, de alegria, nos traz a lembrança, a nostalgia. Eu acho incrível isso daí.

Marcelo Miura: Por falar nisso, tem um tema que foi apresentado por um amigo nosso, o professor Samuel Sabino, falando sobre a jornada do heroi. Assistindo ao Pingo Nos Is da Jovem Pan, cientistas políticos deram essa jornada do heroi para as eleições 2020. E jornada do heroi, para quem não sabe, foi uma técnica muito utilizada por Stan Lee, pela Marvel. Nós vimos não só no Capítão América, no Homem-Aranha, mas também no Harry Potter principalmente, que é aquela trajetória da pessoa comum que é segregada, que sofre bullying, e que de repente parte para um mundo, para um desafio, luta, perde, volta para a sua vida normal. Mas aí, tem o ímpeto, vai a luta, vence o monstro, e aí volta e retorna, e a sua vida muda completamente e todos que o cercam. Eu identifico o Kamia nessa questão do mito do heroi, da jornada do heroi. Ele fez isso na ocasião ali da jusante do Córrego Tremembé, fez isso aqui no aterro sanitário da Vila Albertina, que se a gente não tivesse essa jornada do heroi, através de um parlamentar que tivesse a visão, não de comodismo, de falar assim: “Não dá pra fazer a obra”, mas de contorná-la, como foi no caso ali do Córrego do Tremembé, aonde ele teve a sacada genial – confetes à parte – de identificar que o DENIT fazia obras ali através do DER na rodovia (Fernão DIas) que passava justamente acima, e utilizar os mecanismos do órgão federal e do estadual para fazer uma obra municipal, foi uma sacada de mestre. Mesma coisa do aterro. Quando o Kamia tentou tirar o lixão, o vulgo lixão, não deu. Qual foi a sacada que ele teve? Ele identificou aquela área das terras de Santa Maria, aonde habitava o aterro sanitário, como área de preservação. Ele foi por trás e conseguiu inserir e aprovar na câmara para quê aquela área da Santa Maria fosse inserida no contexto de preservação, com a lei de preservação da lei orgânica do município, ele foi e enfrentou o então Prefeito e falou assim: “Agora você vai ter que tirar”. O prefeito queria dobrar, inclusive, a área, e aí teve que tirar. Então hoje nós temos essa maravilha, não temos mais o lixão, e agora um projeto, como a gente já falou, de um Parque Linear Esportivo ali, né, Kamia? Então Vale ressaltar essa jornada do heroi aqui para o nosso vereador Kamia. É importante essa leitura. Agora, você falava sobre a importância do esporte e da música. [00:47:40]

Prof. Wesley Misael do Rosário: Positivo.

Marcelo Miura: Ele é importante quando a gente vê que na juventude nós precisamos trabalhar a disciplina que dá ao jovem, à criança crescer com disciplina. Mas não aquela disciplina imposta do castigo, mas através da música, que engrandece, enobrece. Através do esporte, que dignifica. Então o Kamia tem esse projeto dos grêmios esportivo e musical inseridos nas escolas em período integral. O presidente Bolsonaro já vislumbra, já tem esse projeto em andamento em algumas escolas, inclusive na conversão das escolas cívico militares, então acho que vem a corroborar nesse sentido, principalmente colocando. “Ah, mas Kamia – ja ouvimos isso – Kamia, isso é difícil. Principalmente em instrumentos, é impossível”. Mas nós temos aí a questão do terceiro setor que pode facilmente financiar esses projetos musicais. Não é difícil. E aí eu acho que entra a jornada do heroi, para você que acha é impossível que alunos da rede pública possam estar aprendendo saxofone, trompete, piano, teclado, bem como nós falávamos, iríamos discutir isso com a professora Raquel Teixeira, da inserção do ballet clássico nas escolas. Ou mesmo do tênis como esporte na educação física do currículo. Enquanto nós cruzarmos os braços, nunca vai acontecer. Pessoas como o Kamia, que tem uma visão vanguardista, e que aplicam a jornada do herói, pode até demorar, mas as coisas (falha de áudio) [00:49:27] para os nossos filhos. Agora, se nós entrarmos no conformismo, no negativismo, cruzarmos os braços e achar que todo político é igual, as coisas não vão acontecer. Então daí a importância da sua visão, Kamia, enquanto a atenção à educação desses projetos, de levarmos esporte e música para as escolas públicas municipais.

Ushitaro Kamia (19.599): Há dois anos atrás tem uma empresária chamada Clara Oh. E ela, na verdade, ela através da comunidade dela, ela se organizou também para fazer uma escola de música para os favelados. Então, naquela época, as crianças, os jovens que estavam querendo fazer música, ela acondicionou dentro de uma garagem de uma empresa. E durante quase um ano ela deu aula para essas crianças, jovens, para que eles pudessem cada um aprender uma música. (falha de áudio) [00:50:40] No final do ano, olha, foi uma maravilha. Eles se apresentaram no teatro de uma escola lá, foi sensacional. Os pais participaram de tudo aquilo lá, vislumbraram a arte da música, do que os filhos deles aprenderam com ela. Então o nosso agradecimento também a Dona Clara Oh, que ela tem essa visão de dar o ensinamento de arte da música. E ela tem esse conceito fazendo com que através das empresas fornecessem algum instrumento, e ela, daquela batalha de poder contribuir com a sua gentileza para o crescimento, até ela mesma sentia tão grandiosa, porque ela realmente ficava vislumbrada. Quando nós tocamos aquela música através das crianças no Natal, nossa! Foi sensacional. Os pais se emocionaram com isso.

Marcelo Miura: É pastora inclusive, não é?

Ushitaro Kamia (19.599): É pastora.

Marcelo Miura: Tivemos a oportunidade de conhecê-la, é uma figura expressiva não só na comunidade sul-coreana, mas de todos os paulistanos aqui com esses projetos relevantes. Deixa dar um agradecimento para quem está com a gente agora, o Marcos Teruya. Obrigado pela participação. A Deise também, “a hora é agora, Kamia, 19.599”, a Deise Keller mandando aí os parabéns a toda a equipe, especialmente ao Kamia san e dizendo “Kamia 19.599, a hora é agora”. Deise, obrigado por sua participação. Também temos aqui a Maria do Carmo Moraes, “Kamia para vereador”. Maria do Carmo, obrigado por sua presença, está divulgando, compartilhando, comentando mesmo. Porque realmente a hora é agora, precisamos eleger o Kamia novamente para que a gente tenha esse processo, esse processo de continuidade dos trabalhos aqui. Também Maria de Fátima Santana, ela diz: “Irmão Marcelo Miura, excelente. E era ele na minha rua?“. Está perguntando se o Kamia esteve na rua dela. Provavelmente, porque o Kamia (acha graça) o que mais ele tem feito é andado pelas ruas. Essa semana nem o vimos aqui no comitê, porque realmente é o papel dele. Aliás, vale ressaltar a disposição (riso) que ele tem.

(risos) [00:53:32]

Marcelo Miura: Para a acompanhar Kamia ali, no Filhos da Terra, Jardim Fontális, Flor de Maio que tem umas ladeiras que a gente sobe, tem que dar aquela paradinha de casa em casa. Se tiver alguém na porta tem que pedir aquela água: “Por favor, (riso) me concede um copo d’água”, e o Kamia, quando você vê, ele já está lá na frente já. Ele não perde tempo. Então a gente ora a Deus realmente – viu, Maria de Fátima – para que Deus continue dando essa saúde de ferro para o nosso Kamia, porque a idade lhe trouxe muita experiência, legado. Mas a saúde está intacta ainda, e a gente ora para que ele continue ali por muitos anos. Porque tem muita ladeira para subir aqui nessa nossa São Paulo enorme, que tem praticamente dimensões continentais, né, Kamia?

Ushitaro Kamia (19.599): É verdade. E nós estamos aí nessa batalha. Eu acho que o crescimento da região aqui é muito grande, porque está cada vez mais povoado, e traz uma dimensão muito grande e sempre necessita das melhorias, o bairro também precisa de saúde, educação, que é muito importante, para aqueles que moram na periferia, e a gente tem batalhado por isso também. [00:54:53]

Marcelo Miura: Um abraço também para Cibele do Rosário Pereira, “Pessoa de um coração manso e esse sorriso, que é a marca registrada dele”. Obrigado, Cibele. E temos também a participação da Alice Freitas, obrigado por sua participação aqui na nossa live. Bastante gente participando com a gente aqui, quero dizer que a gente já bateu a marca de 510 mil acessos às nossas redes sociais. Se a gente for ver que o Kamia não era muito de trabalhar as suas redes sociais, o virtual, ele sempre foi uma pessoa mais do téti a téti, no olho no olho, no apertar de mãos, nós chegamos aí a uma marca recorde. A nossa meta e chegar a 3 milhões até o dia 14. Então, por isso nos ajude! Para você, que nos segue, nos acompanha, www.Kamia.com.br, e através do Facebook.com/Kamiasp, e também pelo Instagram @Kamiasp. Kamiasp, procure nas redes sociais, acompanhe, compartilhe, passe, participe da nossa rede de colaboradores 30+30, os Amigos do Kamia, divulgando não só para os parentes, para os seus familiares, mas para os vizinhos também nas redes sociais. Não precisa sair de casa, nada. Ali, no momento que você estiver no seu celular, gaste ali, pelo menos disponha de um minutinho para mandar para os seus familiares, para que a gente possa crescer essa rede e levar o nome do Kamia para toda a cidade de São Paulo, para que ele seja conhecido, porque nós estamos aqui falando sobre educação e cultura, e dando uma pincelada em esportes – né, Wesley – mas o Kamia, para quem o conhece, ele é um ávido – avido! – vereador da infraestrutura, com uma atenção especial aí, não só à questão de iluminação, de asfaltos, de revitalização de praças, com uma atenção especial ao meio ambiente, à proteção animal, mas também à saúde e demais plataformas, uma atenção especial não só para a comunidade da Zona Norte de São Paulo, não só para a comunidade okinawana, nipo-brasileira, mas uma atenção especial ao ser humano, uma atenção especial a todos os cidadãos paulistanos. Então, obrigado. Nós estamos na live, já chegando aí nos finalmente, já estamos praticamente com uma hora de transmissão na nossa live deste sábado, 7 de novembro, com o nosso vereador, Ushitaro Kamia, o Kamia 19.599. Participamos com a Sueidy Pithon Suyeyassu, pedagoga; e agora conversando com o filósofo e também professor de história, o jovem Wesley Misael do Rosário, 27 anos só, mas com uma visão política enobrecedora, né, Wesley. 1

Prof. Wesley Misael do Rosário: Tentando aprender, ainda.

(risos) [00:58:16]

Marcelo Miura: Sempre aprendemos. Aquele que diz que já aprendeu tudo é porque não sabe nada. (riso)

Prof. Wesley Misael do Rosário: Não sabe de nada. Claro, claro.

Marcelo Miura: Bom, para finalizar então, a cultura, arte, esportes. Teve a questão também, Kamia, e vale lembrar, envolvendo – acredito que não só a questão da educação – mas uma questão cultural também, que foi um projeto que ainda tramita, mas um projeto importante, principalmente quando a gente fala não só na questão da multiculturalidade, mas a inserção (falha de áudio) [00:58:59] para profissionais de libras. Cada vez mais nós temos visto o presidente Bolsonaro faz questão de sempre ter um profissional de libras ali, fazendo as traduções, e o Kamia san sempre teve essa preocupação, mesmo antes, quando protocolou esse projeto de lei, né, Kamia? [00:59:22]

Ushitaro Kamia (19.599): É verdade! Esse é um projeto de 1991, que a gente estava batalhando para que o Executivo faça a criação de cargos profissionais de libras. Acho muito importante porque todos esses trabalhos que as pessoas que não conseguem fazer a leitura e através da leitura da língua brasileira de sinais, ela pode também se comunicar cada vez mais com a sociedade.

Marcelo Miura: É isso aí. Bom, estamos chegando ao final, considerações, finais, Wesley, desses projetos da cultura e atenção que o Kamia tem em relação à arte e ao esporte também? [01:00:08]

Prof. Wesley Misael do Rosário: Sim. Eu acho incrível, eu concordei com tudo que o Kamia falou. São pontos que a gente esquece muitas das vezes em relação ao esporte, e à música, à cultura em geral. Só queria dar uma informação, só para contribuir para a sua fala. O senhor mais que ninguém, mas os japoneses aqui no Brasil sofreram muito preconceito devido à guerra, estávamos nos Aliados, que aqui no Brasil em alguns estados, não podia sequer falar em japonês. E com a inserção da cultura japonesa cada vez mais forte, hoje todo mundo tem orgulho de ter um amigo japonês. Eu, por exemplo, estudei na época em que a moda era Seu Tako. (riso) Então todo mundo cantava músicas de animações japoneses, e isso é muito forte, isso é brilhante. Eu apoio, eu concordo em relação às libras, eu achei incrível. Eu conheci há pouco atrás O Som do Silêncio. Eles ensinam surdos e mudos a tocarem instrumentos de percussão. E eles sentem pela vibração, aquilo que a gente falou, a música é universal. Eu gostaria de parabenizar o trabalho do senhor, acredito que isso vai para frente, porque isso aqui não é só do Brasil, isso daqui é para o mundo, isso aqui é um respeito ao humano, à humanidade, né? Eu agradeço a oportunidade, Marcelo Miura, muito obrigado. Kamia san, muito obrigado! E nessas eleições votar nas pessoas que pensam na comunidade de fato. E por que eu estou com 19.599, Kamia san. [

(risos)

Ushitaro Kamia (19.599): Muito obrigado!

Prof. Wesley Misael do Rosário: Eu que agradeço, Kamia san, Marcelo Miura.

Marcelo Miura: Obrigado, Wesley. Antes de a gente encerrar, a gente vai dar uma pincelada inclusive do que a gente vai discutir na nossa próxima live, na última, no dia 14, à véspera das eleições 2020. Sobre o Centro Olímpico.

Ushitaro Kamia (19.599): Sim.

Marcelo Miura: Ali há um projeto que o Kamia san, nós conversávamos em off inclusive, essa importância da criação de centros olímpicos, pelo menos um em cada região. Nós temos um de excelência.

Ushitaro Kamia (19.599): Só um só, aqui em São Paulo só tem um.

Marcelo Miura: Vila Mariana, né? [01:02:22]

Ushitaro Kamia (19.599): Vila Mariana.

Marcelo Miura: Eles fazem um trabalho fenomenal ali, mas o Kamia me dizia que o interessante é que tivesse um em cada região, e nós temos a oportunidade, o Kamia estava levantando até um projeto que teve, de anos atrás, ali no clube Thomaz Mazzoni, hoje Clube Escola Thomaz Mazzoni, na Vila Maria Alta, a possibilidade dali se tornar um centro olímpico. Óbvio que isso é de competência do Estado, mas o Kamia vai ser um articulador insistente, como ele é na jornada do heroi, para que possamos ali, pelo menos como piloto, trazer um centro olímpico aqui para a Zona Norte de São Paulo. Então, você, de Vila Maria, Vila Guilherme, Vila Medeiros, Jd Japão, Jd Brasil, Parque Novo Mundo, atenção! (falha de áudio) [01:03:18] tem um projeto legal, se a gente conseguir esse centro olímpico, mais um, que reivindicam os jovens. A gente vê que o Brasil, ele tem sede, anseio pelos esportes olímpicos. Quantos medalhistas nós não temos, através das Forças Armadas. E por que não o incentivo aos jovens, especialmente das comunidades carentes, para que a gente possa efetivamente imprimir no jovem, imprimir nas comunidades o esporte, e principalmente o esporte olímpico, e quiçá, serem representantes do nosso Brasil disputando medalhas e trazendo medalhas para a nossa nação, para a nosso país, né, Kamia? [01:04:08]

Ushitaro Kamia (19.599): Sem dúvida. Sem dúvida, porque a atividade esportiva, eu acho que tem que estar inserida em quase toda a região, né? Mesmo sendo um só centro olímpico que nós temos aqui, no município de São Paulo, nós podemos criar em todos, toda a região, um centro olímpico para toda a região, porque possa incentivar cada vez mais esporte também. Essa integração é muito importante, as pessoas começam a (falha do áudio) [01:04:44] a sociedade.

Marcelo Miura: (falha de áudio) congresso de líderes evangélicos, parabéns, Rogério, pelo evento magnífico, magnífico o encontro. Muitas pessoas, participação do pastor André Silva, do Pastor Índio lá de Araras, esteve junto com a gente, foi fenomenal um café com pastores fenomenal ali produzido pela Deise. E ele disse: “Kamia é sinônimo de honestidade”, e olha que ele é morador da Zona Norte e conhece o Kamia há décadas, né Kamia, de longa data. [01:05:28]

Ushitaro Kamia (19.599): Sim. Nasci aqui na Zona Norte, moro aqui ainda, né?

(risos)

Marcelo Miura: A Maria de Fátima também, sempre com a gente, né Maria de Fátima, por sua participação. Às vezes cobrando, e é isso mesmo, não é só para jogar confete, não. Cobrando. E sempre atenta, cobrando atenta (ininteligível) [01:05:51] para melhorar a situação da nossa região. Ela diz o seguinte, Kamia, ela pede a volta dos telecentros. E é verdade, Maria de Fátima. Meus meus irmãos fizeram, aliás, os cursos ali no Telecentro e foram bem agregadores. Ela diz: “Onde a população de baixa renda tinha acesso a aulas de informática.”, então ela pede aí a volta dos telecentros. Não sabemos também por que é que o projeto, que era o projeto interessantíssimo e agregador, principalmente para as periferias, e por que é que extinguiram esses projetos. [01:06:32]

Ushitaro Kamia (19.599): É, eu acho que ainda que os telecentros são necessários, porque capacita cada vez mais a formação das pessoas na sua profissão, no seu trabalho. Porque hoje é tudo computadorizado, né? Então a gente precisa também levar cada vez mais esse trabalho de telecentro para que possa também fazer esse intercambio para aqueles que não têm possibilidade de fazer um estudo nas escolas. Quer dizer, apesar que nas escolas estão tendo essa formação de telecentro, em várias escolas já estão tendo isso daí. Então, isso aí eu acho que é muito importante, esse trabalho que estão sendo realizados na cidade de São Paulo.

Marcelo Miura: Principalmente de adequação, né, Kamia? [01:07:25]

Ushitaro Kamia (19.599): Sim.

Marcelo Miura: Essa é a sua palavra, adequação na infraestrutura, adequação na saúde, adequação na educação e na cultura. Né?

Ushitaro Kamia (19.599): Sem dúvida.

Marcelo Miura: A questão dos telecentros, dos cursos de informática, hoje nós podemos ter nos telecentros cursos de mídias sociais, de marketing digital, enfim, outras modalidades, mas, mas de acordo com a nossa realidade. E aí, para você, que de repente pensa: ^Ah, mas parou porque não tinha mais equipamentos, investimentos”, e aí a gente volta a falar, nós temos o Terceiro Setor, é a vida que pode, a via que pode viabilizar. Estou até sendo redundante aqui, mas que pode realmente viabilizar esses projetos. Dá certo? Não sei. O não a gente já tem, vamos correr atrás do sim, e esse é o papel do Kamia, ele sempre correu lá na Câmara Municipal, para colocar os seus projetos de lei nas comissões, e das comissões ir para o plenário, passar pela 1ª e pela 2ª votação, insistentemente (acha graça), de gabinete em gabinete. Eu presenciei muito isso, o trabalho exaustivo que esse homem tem ali na Câmara Municipal, em prol da comunidade, em prol dos seus eleitores. Não só dos seus eleitores, mas também aqueles, ele costuma dizer, vou falar aqui, ele não gosta, (acha graça) não, né, de jogar confete, mas às vezes a gente brinca: “Kamia, quem não votou em você, deixa pra lá. Tá falando mal, né? Dá atenção pra quem votou em você!”, ele falou “Não. Eu dou atenção também para aquele que não votou em mim”.

Ushitaro Kamia (19.599): Sim.

Marcelo Miura: “Para que ele veja que a gente, que nem todo político é igual, que as coisas são difíceis. Realmente não acontecem da noite para o dia, mas que a gente está trabalhando”. Isso eu aprendi com esse homem aqui. [01:09:23]

Ushitaro Kamia (19.599): (acha graça) Vivendo e aprendendo, né?

Marcelo Miura: Vivendo e aprendendo, sempre.

(risos)

Ushitaro Kamia (19.599): Sempre.

Marcelo Miura: Sempre. Vamos terminando?

Ushitaro Kamia (19.599): Vamos terminando, então. Nós queremos dar um abraço a todos, aos telespectadores, que tiveram essa paciência de estarem assistindo a essa live aqui, e tenho certeza que nós vamos estar junto na Câmara Municipal de São Paulo a partir de 1º de janeiro. Vamos que vamos!

Marcelo Miura: Obrigado, viu? Essa foi a nossa penúltima live (falha de áudio) para a gente falar sobre educação, sobre cultura, sobre esportes, mas o nosso tempo é curto aqui. Então, quem quiser saber um pouco mais, discutir, está sempre aberto, vá nas nossas redes sociais, www.Kamia.com.br e também nos acompanhe através do www.Facebook.com/Kamiasp, e também no Instagram Kamia, @Kamiasp. Bom, ficamos por aqui, obrigado por sua participação. Mais uma vez, eu peço a sua colaboração, eu peço para você estar compartilhando, comentando, enviando e participando dessa rede 30+30, tão imposto que é. No rpxo sábado estaremos com a nossa última live de campanha, porque a partir de agora, o Kamia está inserido nas redes sociais. Se eleito for, ou se não estiver eleito, assim como ele faz com o seu escritório físico aqui, ele assim vai fazer também, divulgando os seus trabalhos nas redes sociais. Então, acompanhe o Kamia e não só nos seus perfis, mas na sua página também, acompanhando o trabalho que esse homem tem feito ao longo de décadas, não só como deputado federal, mas também como vereador cinco vezes eleito pela cidade de São Paulo no Legislativo paulistano, na Câmara Municipal de São Paulo. A gente vai ficando por aqui, deixando um abraço muito grande, que vocês tenham uma ótima semana, uma semana produtiva, uma semana de reflexão. E lembrem-se da importação do voto, o voto é a nossa arma nessas eleições. Para você, que não está satisfeito com os rumos que a cidade tem tomado, ou para você que quer sempre a melhoria da nossa cidade, e eu falo isso de coração, como paulistano da gema que sou, nascido aqui no Brás, na cidade de São Paulo, pelo carinho e pelo amor especial que eu tenho por essa cidade, já pude morar fora, mas eu digo para você, não troco São Paulo por cidade do mundo nenhuma! Nenhuma cidade! Eu amo São Paulo, e é por isso que eu me coloquei – e me coloco aqui junto ao Kamia – porque não se trata de concorrência. Se você tem outro candidato, amém! O que eu acho importante é que a gente vote consciente e que eleja os nossos representantes. O Kamia fala uma coisa, eu acho que é uma outra lição que eu aprendi com ele, eu acho fundamental: se pudéssemos eleger todos os candidatos da nossa região, a região ganharia. Se pudessem eleger todos os candidatos que estão disputando o pleito ali, na Zona Sul, a Zona Sul ganharia. Se pudéssemos eleger o maior número de candidatos na Zona Norte, e a Zona Norte trabalhasse em conjunto, esquecendo atritos partidários, a população ganharia. Então, vamos cobrar! Você. Como cidadão e como eleitor, vamos cobrar isso, né? Menos partidarismo e mais trabalhos efetivos dos vereadores. Então, precisamos ter essa conscientização no próximo dia 14. A gente volta a conversar no dia 14 às 19:00 na nossa live, e lembre-se: Kamia 19,599, 19.599! Kamia, a ponte para o presente. E Kamia?

Ushitaro Kamia (19.599): A hora é agora!

Marcelo Miura: A hora é agora! Tchau!

Ushitaro Kamia (19.599): Tchau!

(Fim da transcrição) [01:14:07]]

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