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A origem da vida: Foi por acaso, ou Deus existe?

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A Origem da vida aconteceu por acaso, ou Deus existe? Conheça opiniões de alguns cientistas sobre o que é o materialismo científico e a teoria do design inteligente.

Em tempos de pandemia, a origem da vida pode trazer reflexões interessantes sobre a origem do próprio coronavírus.

Transcrições científicas

Dobradinha origens da vida:

A origem da vida: Deus existe? (design inteligente)

As origens da vida  (a evolução da vida)

(início da transcriçãanno) [00:00:00]

Locutor: Astrônomos estimam que o diâmetro do universo observável passa de 90 bilhões de anos-luz. Isso é mais do que 800 bilhões de trilhões de quilômetros de uma ponta do Cosmos a outra. O universo contem pelo menos 170 bilhões de galáxias. Com todas as estrelas e planetas que superam em número a quantidade de grãos de areia em todas as praias do mundo. Dentro desse oceano, uma esfera de água e rochas é lar para mais de 8 milhões de espécies de organismos vivos.

[00:01:31]

Quais são as chances de a vida ter surgido no terceiro planeta depois do Sol na periferia da Via Láctea?

Locutor: Esta realidade inspirou inúmeras especulações, incontáveis teorias e uma pergunta muito intrigante. Quais são as chances de a vida ter surgido no 3º planeta depois do sol orbitando em um braço espiral da galáxia Via Láctea?

Locutor: Foi simplesmente um golpe de sorte? Ou haveriam mais aspectos envolvidos além do acaso e das interações aleatórias entre matéria e energia?

Locutor: Simples habitantes humanos na Terra, é fácil subestimar nossa vida. Na verdade somos mimados por uma abundância.

Locutor: O nosso clima e a nossa geografia suportam a biosfera que pode ser única no universo. E basicamente não há lugares muito quentes, muito frios, ou muito isolados para os organismos vivos prosperarem.

Locutor: Dentre essa diversidade espetacular, talvez o maior desafio da Ciência ecoe de todo inseto, sequoia e baleia: como a primeira vida passou a existir em um momento que não havia vida de nenhum tipo? Como surgiu a vida na Terra?

[00:03:40]

Prof. Paul Nelson: Por onde começar? Tem dezenas de teorias. E dá para perceber que tem uma grande diversidade de pontos de vista, e muitos são mutuamente contraditórios. Para começar a tentar decifrar o mistério, você precisa fazer suposições sobre o que deve ter acontecido no passado distante. Não há provas diretas porque não tinha ninguém lá para testemunhar o invento e não tem praticamente nenhum registro fóssil. O que nunca observamos, nunca, são compostos químicos sem vida formando uma célula. Então temos um campo de pesquisa em que a ação importante já aconteceu.

[00:04:32]

Locutor: A história primordial da Terra é de fato uma narrativa incompleta. Mas, apesar da ausência de provas físicas, a maioria dos cientistas acredita que a vida se originou quando substâncias inorgânicas nos oceanos, crosta e atmosfera do planeta para criar os componentes básicos para a primeira célula autorreplicante.

[00:04:54]

Materialismo científico

Prof. Paul Nelson: Ao pensar na origem da vida, as regras, eu não digo da própria ciência, mas da filosofia subjacente, as regras dizem que para resolver o problema você pode usar matéria, energia, lei natural, irregularidades naturais e processos do acaso. Mas o seu kit de ferramentas acaba aí. O que você não pode usar, de acordo com as ditas regras da ciência é mente ou inteligência. Se tivermos que dar um nome a essa posição, não tem um nome melhor do que Materialismo Científico, uma filosofia que diz que a única explicação aceitável deve ser dada com base na matéria e na energia.

[00:05:36]

Prof. Paul Nelson: E se você não consegue resolver o problema com essas ferramentas, você não pode mudar as regras. Então, partindo dessa perspectiva, como a vida se originou a partir de matéria e energia? Agora, tente resolver o problema.

[00:05:52]

Como construir uma célula

Locutor: Toda a vida que já existiu na Terra é composta de células. E os indícios para a sua origem estão traçadas em uma rede de máquinas moleculares.

Locutor: Dentro de uma célula eucariótica moderna, mecanismos biológicos complexos fazem o seu trabalho enquanto estão suspensos em líquido. Não há vida nessas máquinas, mas juntas elas permitem crescimento, movimento, metabolismo e reprodução, as funções vitais da vida.

Locutor: Cada componente dessa fábrica celular é feita de grandes moléculas compostas e as mais numerosas são as proteínas. Com versões modernas, as proteínas foram projetadas para desenrolar e copiar informação genética e uma cadeia de DNA; desencadear reações químicas com formatos encaixáveis; controlar a passagem de eletrólitos e nutrientes pela membrana celular, tipo de proteína sinesiana e carregar recepientes cheias de cargas por andaimes também feitas de proteína, que se montam sozinhas e que vão até os lugares necessários da célula.

[00:07:17]

Locutor: Ampliado 500 mil vezes, um glóbulo contém 280 milhões de proteínas hemoglobinas, cada uma com a função de carregar oxigênio. Isolando uma delas, descobrimos que cada proteína é feita de centenas de moléculas menores chamados aminoácidos.

Locutor: São encontrados 20 tipos diferentes de aminoácidos em organismos vivos.

Locutor: A estrutura química distinta de cada molécula, permite a formação de mais de 100 mil tipos diferentes de proteínas. A construção começa quando os aminoácidos selecionados são organizados em uma cadeia. É um processo que costuma ser comparado à organização de letras do alfabeto em palavras e frases com significado.

Locutor: Se esses componentes tiverem a sequência correta, a cadeia se dobra em proteína pronta para cumprir a sua função dentro da célula. Mas se os aminoácidos forem arranjados na ordem errada, a cadeia não vai se dobrar e eventualmente será destruída.

Locutor: A célula viva mais simples contém pelo menos 300 tipos diferentes de proteínas e um mecanismo biológico necessário para crescer, se reproduzir, converter enegia, guardar e proteger informação genética e proteger os seus conteúdos do mundo externo.

Locutor: Componentes e funções similares também seriam necessários na primeira célula viva.

[00:09:05]

Locutor: Agora vamos aplicar essa química básica a uma teoria familiar para a origem da vida.

A sopa orgânica no oceano primordial

Locutor: Os cientistas especulam há muito tempo sobre os oceanos primordiais que flutuavam como carrinho de bate-bate. Talvez algumas dessas colisões aleatórias tenham produzido uma cadeia longa o suficiente para se dobrarem eu uma proteína. Depois, mais aminoácidos se juntaram a mais cadeias que se dobraram em ainda mais proteínas. Simultaneamente outras moléculas complexas incluindo ácidos nucleicos, gorduras e açucares também se juntaram para componentes essenciais. Então, sem previdência ou direção, a combinação certa de moléculas se juntou de alguma forma nessa sopa química para formar uma membrana que envolvia todas as máquinas específicas necessárias para uma célula autorreplicante. E pronto: vida a partir de uma matéria não viva.

[00:10:21]

Prof. Paul Nelson: Tudo parece tão plausível! O problema é que na Terra primitiva, a complexidade interna necessária para sobreviver seria enorme, porque a vida, como a conhecemos, é caracterizada por máquinas celulares e muitas delas. E se você tirar esse hardware essencial, ela deixa de existir, porque chega a um momento que ela não consegue se simplificar mais e ainda existir. Uma simplificação maior seria a morte.

Prof. Paul Nelson: Costumamos ouvir críticas como: “Você não pode projetar a biologia celular moderna no passado, porque o que quer que tenha sido a primeira célula, ela é mais simples do que o que vem depois”.

Prof. Paul Nelson: Tudo bem, eu posso entender isso como uma premissa. Dispensa então a primeira célula.

[00:11:11]

A primeira célula<membrana celular

Locutor: Para ser a célula viva, você precisa de uma barreira, uma membrana que a proteja do resto do ambiente. Essa membrana precisa permitir seletivamente a passagem de nutrientes específicos e matérias primas necessárias para combustível e energia.

Locutor: Você também vai guardar grandes quantidades de informação genética em cadeias de espiral de DNA. Essas instruções detalhadas para a vida são copiadas com uma precisão notável.

Locutor: Então, em fábricas chamadas ribossomos, essa informação é convertida em cadeias de aminoácidos e proteínas.

[00:11:54]

Replicação Celular

Locutor: Por fim, você vai estar equipado com tudo para reproduzir as gerações futuras de células.

[00:12:03]

Prof. Paul Nelson: Essas funções básicas são realizadas por todos os seres vivos. São de certa forma características do que significa estar vivo. Então, seja uma célula do passado, ou uma célula bem simples, ou uma célula mais complicada de hoje em dia, não faz diferença, ela vai precisar realizar essas funções.

[00:12:21]

Locutor: Grande parte dos químicos acredita, assim como eu, que a vida surgiu espontaneamente a partir da mistura de moléculas na Terra pré-biótica. Como? Eu nem imagino. {Georte Barthsites} – químico, Universidade de Harvard.

[00:12:37]

Locutor: Apesar dos assombrosos obstáculos, a noção de que componentes químicos básicos se organizaram para formar uma célula vida é sugerida no mínimo há 150 anos.

Charles Darwin e a teoria da evolução

Locutor: Em 1871 Charles Darwin escreveu uma carta na qual ele descreveu um pequeno lago morno com todos os componentes químicos para criar a vida.

A sopa primordial de Alexander Oparin

Locutor: Meio século depois, o bioquímico russo, Alexander Oparin, expandiu as ideias de Darwin.

Locutor: Em seu livro A Origem da Vida, ele teorizou sobre uma sopa primordial e uma progressão gradual de uma química simples até uma célula viva.

Locutor: Então, em 1952, essa hipótese foi testada.

O experimento de Stanley Miller

Locutor: Stanley Miller, um aluno de pós-graduação da Universidade de Chicago tentou determinar se uma química simples poderia produzir componentes reais de vida.

Locutor: O jovem cientista construiu um equipamento de vidro para simular o ciclo de água antigo e o encheu com uma mistura de gases que supostamente compunham a atmosfera da Terra primitiva. Miller aqueceu os componentes e atingiu os gases com descargas elétricas, faíscas elétricas para desencadear uma reação.

Locutor: Poucos dias depois, um lodo parecido com piche se formou no vidro. Nele, Miller identificou 4 dos 20 aminoácidos encontrados em proteínas.

Locutor: Pela primeira vez, sob condições supostamente naturais, moléculas cruciais para a vida foram geradas a partir de matéria e energia.

[00:14:34]

Prof. Timothy Standish: Houve muito alvoroço quando o experimento de Miller foi publicado pela primeira vez, porque parecia ser fácil conseguir os componentes dos seres vivos. E se era fácil conseguir os componentes, talvez não fosse tão difícil transformar esses componentes químicos nas primeiras células vivas.

Locutor: Apesar de sua premissa ser inovadora, a experiência de Stanley Miller logo foi considerado muito falho, pois ele não havia usado os gases corretos, negligenciando o nitrogênio, o dióxido de carbono e o oxigênio que teriam destruído as moléculas necessárias para a vida na Terra primitiva.

Locutor: Mas, apesar dos erros, o trabalho de Miller inspirou outras tentativas de recriar as condições pré-bióticas.

Locutor: Hoje, após décadas de investigações, há esperança de ser encontrada de forma simples e clara já não existe mais. E mesmo assim, as pesquisas sobre a origem da vida continuam por todo o mundo. Sua hipótese essencial de que as células vivas surgiram através da química natural agora é conhecida como Evolução Química.

[00:15:49]

A evolução química

Prof. Timothy Standish: A evolução química vem com muita bagagem. E se você for levá-la a sério como uma explicação para a origem da vida, com certeza você também precisa levar a sério certas propriedades fundamentais da biologia.

[00:16:10]

Moléculas ingênuas

Profa. Ann Cauger: As moléculas envolvidas na vida não têm inteligência, não têm previdência. Elas não têm como saber o que precisam fazer depois para então conseguirem se transformar em química orgânica. Se eu colocar aminoácidos em um tubo de ensaio no meu laboratório, mesmo se eu esquentar e misturar muito bem, e fizer isso por 100 anos, mil anos, dez mil anos, 1 milhão de anos, nada aconteceria.

[00:16:37]

Prof. Paul Nelson: Aminoácidos, nucleotídeos, lipídeos: sozinhos, eles não representam a vida. São inertes. Não se reproduzem, não guardam informações, de certa forma são ingênuos. Eles não acordaram um dia e falaram: “Ei! Vamos nos juntar e construir uma célula que consiga se replicar!”, isso não aconteceu. A química por si só é indiferente ao fato de algo estar vivo ou morto.

[00:17:04]

A seleção natural

Profa. Ann Cauger: A seleção natural não funciona para criar a primeira célula porque a seleção natural não consegue operar em nada, a não ser que tenha alguma forma de herdar e monitorar mudanças e de escolher o melhor sobrevivente para avançar.

[00:17:20]

A seleção natural é incompatível com a evolução química

Prof. Paul Nelson: Para ter alguma seleção, são necessárias células. Então, se você quer explicar a origem das células, você não pode usar a seleção. Porque a seleção exige a existência da mesma coisa que você está tentando explicar.

[00:17:36]

Prof. Timothy Standish: A seleção natural tem que funcionar sobre uma célula que tenha um sistema genético e que seja capaz de se reproduzir: sem isso, a seleção natural é completamente irrelevante.

[00:17:51]

A auto-organização

Prof. Timothy Standish: A auto-organização é a ideia de que os componentes químicos podem se organizar sozinhos de forma a se transformar em objetos ricos, em informações e com um propósito. As moléculas e os átomos podem se auto-organizar em um certo sentido. O sal seria um exemplo. No sal tem íons de sódio e de cloreto e eles interagem uns com os outros porque têm cargas positivas e negativas.

[00:18:26]

Profa. Ann Cauger: Então, essa afinidade natural leva à formação de cloreto de sódio, cloreto de sódio, cloreto de sódio… e pode se compactar de uma forma estereotipada para criar um cristal.

[00:18:35]

Prof. Timothy Standish: Os cristais de sal são a mesma coisa repetidas várias e várias vezes. Se um cristal de sal fosse um livro, seria um livro com uma palavra só.

[00:18:47]

Prof. Paul Nelson: Geometrias com repetições regulares como essa não carregam o tipo certo de informação, informação que você precisaria para criar uma proteína. A sequência que vemos em uma proteína é altamente irregular, não tem como prever qual vai ser o próximo aminoácido com base nos que apareceram. Então, a auto-organização que nós observamos no mundo natural é o tipo de processo errado para a construção das estruturas ricas em informações dos seres vivos.

[00:19:16]

O que sobra sem a auto-organização?

Prof. Timothy Standish: Quando você elimina a seleção natural e a auto-organização, e percebe que as moléculas não têm a habilidade de pensar ou se programar de forma alguma. O acaso volta à questão. E os cientistas odeiam o acaso como explicação para a origem da vida.

[00:19:39]

O acaso na origem da vida

Locutor: O acaso. Por que o acaso é uma opção tão insatisfatória? Talvez porque muitos analistas fizeram as contas e entendem a grande improbabilidade de sucesso.

Locutor: O acaso é definido como um elemento desconhecido e imprevisível em qualquer evento que não tenha motivo atribuível ou orientação de uma lei natural que foi de um agente inteligente.

Locutor: Desde o século XVII, uma ferramenta foi utilizada constantemente para prever o resultado de tais eventos, e se chama probabilidade matemática.

A probabilidade matemática

Locutor: De forma bem simplificada, é assim que a teoria funciona. Quando você atira uma moeda e escolhe “cara”, a probabilidade de você acertar é de 50%, ou uma probabilidade de 1 sobre 2 (1/2). Se atirar 2 moedas, a probabilidade de tirar “cara” duas vezes é de 1 sobre 4 (1/4). 3 moedas e 3 “caras” em uma única tentativa, 1 sobre 8 (1/8). Sempre que adicionar mais uma moeda, a probabilidade de sucesso nesse caso de tirar só “cara” na mesma jogada é reduzida exponencialmente por um múltiplo de 2. Então, se 10 moedas forem atiradas, a probabilidade de tirar cara 10 vezes é de 1 sobre 2 elevado à 10ª potência, ou menos de 1 chance a cada mil.

½ x ½ x ½ x ½ x½ x ½ = 1/64

[00:21:33]

Locutor: Quando aplicada à origem da vida e à foramação aleatória de grandes biomoléculas, a teoria da probabilidade esclarece as limitações do acaso como agente criativo na Terra primordial. Por exemplo, quais são as chances de uma única proteína se formar exclusivamente através das interações às cegas da química? O nosso alvo é uma molécula menor do que a média, composta de 150 aminoácidos alinhados para garantir uma cadeia dobrada.

Locutor: Os pesquisadores calcularam que na Terra antiga a probabilidade de sucesso era de 1 sobre 10 elevado à 164ª potência, ou seja, uma cadeia de proteína corretamente sequenciada a cada 100 milhões de trilhões, de trilhões de trilhões, de trilhões de trilhões de trilhões, de trilhões de trilhões, de trilhões, de trilhões, de trilhões de trilhões de tentativas fracassadas.

Locutor: Mas, apesar dessa grande improbabilidade, alguns teóricos argumentam que com tempo suficiente qualquer coisa é possível.

O acaso na probabilidade de sucesso na origem da vida

Locutor: Está bem, vamos testar a validade dessa opinião. Vamos começar estabelecendo um ambiente ideal para a evolução química, um mundo imaginário que dará ao acaso toda oportunidade de sucesso.

Locutor: Primeiro vamos lotar os oceanos de aminoácidos. Ou seja, todos os átomos na Terra, incluindo todo o suprimento de carbono, nitrogênio, oxigênio, hidroginástica e enxofre estão disponíveis para formar 10 elevado à 41ª potência de conjuntos completos dos 20 tipos de aminoácidos usados na criação de proteínas.

[00:23:26]

Locutor: Depois vamos alterar as leis da natureza para proteger esses componentes dos raios de luz ultravioleta destruidores e da contaminação química na sopa primordial.

[00:23:40]

Locutor: Agora vamos deixar a química agir para ver o que acontece. Os aminoácidos começam a se juntar furiosamente, no nosso experimento uma cadeia completa com 150 unidades se forma sozinha em apenas 1 segundo.

[00:24:04]

Locutor: Como os 20 tipos de aminoácidos estão disponíveis, na maioria dos lugares há uma probabilidade de 5% ou de 1 sobre 20 (1/20) da molécula correta de se alinhar na cadeia.

Locutor: Se a sequência estiver incorreta, a cadeia é destruída imediatamente, e se inicia um novo agrupamento.

Locutor: Por todo o planeta, 6 milhões de bilhões de trilhões de trilhões de tentativas vão acontecer a cada minuto.

Locutor: Ou seja, em 4,6 bilhões de anos, a idade mais antiga estimada da Terra, o número de cadeias que não se dobram, vai passar de 10 elevada a 58ª potência. É uma quantidade espantosa, mas não chega nem perto de 10 elevado à 164ª potência. Aproximadamente as tentativas necessárias para se criar uma proteína de 150 aminoácidos por acaso

Locutor: Então se a química não direcionada não consegue criar a nossa cobiçada molécula durante toda a história da Terra, quanto tempo teria sido necessário? Para descobrir, vamos fazer um passeio.

A ameba caminhando pelo universo

Locutor: Vamos começar construindo uma ponte que percorra o diâmetro do universo observável, uma distância de mais de 90 bilhões de anos-luz. Depois, vamos colocar uma ameba em uma extremidade da ponte. Esse organismo unicelular vai viajar à velocidade espontaneamente de 30 centímetros por ano.

Locutor: Começar! Enquanto esperamos uma proteína se formar por acaso, a ameba se arrasta por mais de 5 bilhões de bilhões de bilhões de anos para cruzar todo o universo e depois voltar. Mas esta corrida está começando.

Locutor: A ameba sai de novo, consegue chegar à outra extremidade do cosmos e depois volta para casa.

Locutor: Mesmo assim, nenhuma proteína funcional está à vista.

Locutor: Para a primeira viagem, vamos incluir uma carga, um único átomo.

Locutor: Após percorrer lentamente mais de 800 bilhões de trilhões de quilômetros, a ameba deixa a carga e volta para pegar mais. Será que ela vai voltar antes da nossa proteína sortuda se formar? Com certeza. Na verdade, ela vai fazer mais 10 viagens completas. Depois 20, 100, mil.

Locutor: E ainda não há nenhum sinal de uma molécula utilizável.

Locutor: A ameba continua fazendo viagens completas, até carregar todo átomo da Terra. Depois, todos os átomos do nosso sistema solar, depois todo o planeta e estrela da Via Láctea, um átomo por vez.

Locutor: Na verdade, enquanto esperamos uma proteína se formar sozinha, a ameba tem tanto tempo que se movendo apenas 30 centímetros por ano, e carregando um átomo por viagem, ela vai transportar todo o universo mais de 56 bilhões de vezes.

Locutor: É esse o tempo que demoraria para o acaso criar uma proteína funcional.

[00:28:05]

Prof. Paul Nelson: Suponhamos que contra todas as probabilidades, a evolução química tenha produzido uma única proteína funcional. Haveria vida? Não. Haveria uma proteína, um arranjo sem vida de aminoácidos.

Prof. Paul Nelson: A célula mais simples que conhecemos tem mais de 300 proteínas diferentes.

Prof. Paul Nelson: Mas as proteínas são só uma parte da história, quando pensamos em uma célula de verdade. Lembre-se, são necessários carboidratos, açucares complexos, ácidos nucleicos, DNA e RNA, lipídios e uma grande variedade de compostos químicos diferentes que vão constituir conjuntamente a vida. Todos esses componentes precisam ser reunidos no mesmo micro ambiente no mesmo momento.

[00:28:51]

Locutor: Cada componente químico precisa então ser reunido e organizado na rede de máquinas moleculares que vão controlar todas as facetas da vida.

[00:29:02]

Prof. Timothy Standish: Se nós conseguirmos entender toda a dificuldade de produzir uma máquina molecular usando nada além de átomos e energia, vemos que há um grande problema, porque quando temos uma máquina molecular, não temos um serviço. Essas máquinas moleculares precisam de outras máquinas moleculares. E mesmo se a natureza fosse capaz de produzir todas as máquinas moleculares necessárias, não seria o suficiente. Todas elas precisariam estar juntas em um espaço pequeno envolvido por uma membrada que chamamos de célula.

[00:29:47]

Profa. Ann Cauger: Pelo meu conhecimento de o que é necessário para se criar uma célula, tudo tem que acontecer na mesma hora. Não pode acontecer uma parte por vez porque tudo trabalha junto em um loop causal.

Profa. Ann Cauger: O mais alto nível de órgão transcende as partes. A organização espacial na célula exige que as moléculas estejam no lugar certo e na hora certa. O DNA é copiado para o RNA, a polimerase que faz a cópia, precisa encontrar o lugar certo no DNA para começar a copiar. O RNA precisa se ligar de alguma forma aos ribossomos que precisam estar em um lugar específico e então as proteínas criadas precisam ir a um outro lugar específico. Isto é muita coisa para ser explicada pelo acaso.

[00:30:32]

Prof. Timothy Standish: A probabilidade de eles estarem no mesmo espaço ao mesmo tempo se torna mais do que inimaginável. E a probabilidade de eles estarem cercadas por uma membrana assim como uma célula é basicamente impossível.

[00:30:57]

Possíveis ambientes favoráveis à origem da vida na Terra primordial

Locutor: Tirando o acaso da questão, a busca por uma explicação materialista viável seguiu em várias direções. As teorias incluem superfícies de argila com rachaduras para onde as moléculas orgânicas poderiam ser atraídas e alinhadas em cadeias de ácidos nucleicos e aminoácidos.

Locutor: Fontes hidrotermais no fundo do mar que expeliam componentes químicos de caldeirões subaquáticos aquecidos a centenas de graus e oceanos primordiais cheios de RNA, uma molécula versátil capaz de armazenar e replicar informação genética, teoricamente sem a ajuda do DNA, ou de proteínas, propostas como essas causaram interesse considerável.

Locutor: Mesmo assim, todas encaram o mesmo obstáculo que derrubou o acaso. A transformação de componentes sem vida nas biomoléculas complexas da vida. Esse problema fica evidente na hipótese do mundo de RNA.

[00:32:07]

A ideia do mundo de RNA

Profa. Ann Cauger: O mundo de RNA é a ideia de que é possível juntar nucleotídeos suficientes para criar uma cadeia longa o suficiente para se autocopiar e, depois de se copiar, fazer a mesma coisa novamente. Os pesquisadores da origem da vida supõem que a primeira vida era composta de nada além de RNA que podia, de alguma forma, criar um mundo mais complexo onde há proteína e DNA. Ninguém sabe como isso aconteceria.

[00:32:36]

Locutor: Desde a apresentação do mundo de RNA, a aceitação da teoria aumentou apesar das várias limitações, inclusive a durabilidade da molécula.

[00:32:48]

Prof. Timothy Standish: Se você apenas olhar para uma molécula de RNA, ela parece se desintegrar. Trabalhar com o RNA é extremamente difícil, porque ele é muito delicado, ele foi criado para ser um depósito temporário de informação. E em consequência da sua delicadeza, é muito improvável que ele seja útil como algum tipo de ponto de partida para a existência da vida.

[00:33:16]

Profa. Ann Cauger: Então o RNA não pode preceder a primeira célula, porque precisa estar dentro de um ambiente celular para ficar estável, para ser copiado e para ser útil.

[00:33:27]

Criação de RNA em laboratório

Locutor: Hoje em dia moléculas de RNA são criadas em condições de laboratório. Para muitos bioquímicos, essas cadeias sintéticas de ácidos nucleicos são pelo menos uma confirmação parcial de que a evolução química criou a vida na Terra primordial.

[00:33:47]

Profa. Ann Cauger: Para criar RNA no laboratório, você precisa limpar as superfícies, limpar as pipetas, usar luvas especiais e deixá-lo coberto (acha graça) e depois torcer para não haver contaminação, porque se houver, o RNA já era. Depois você precisa resolver o problema do sequenciamento. Então você precisa de cientistas trabalhando duro para sequenciar o RNA, tentar combinações diferentes e encontrar uma que possa se copiar, depois você precisa ter uma cadeia complicada de RNA que consiga funcionar como uma herança e como a enzima no sistema. E as maiores mentes do mundo estão trabalhando nisso, mas ainda não conseguiram resolver o problema.

[00:34:29]

A falha do mundo de RNA

Locutor: Refletir sobre a origem da vida e as implicações do RNA sintético, o químico Robert Shapiro observou: “a falha desse tipo de pesquisa não é a química. A falha é a lógica de que o controle experimental moderno estaria disponível na Terra primordial.”

Locutor: Na realidade, as chances de um RNA se formar sozinho são astronômicas.

[00:35:02]

Profa. Ann Cauger: Criar RNA em laboratório exige muita inteligência e premeditação e planejamento e execução cuidadosos. Então, conseguir a sequência certa sem consciência, sem intenção, não vai acontecer.

[00:35:18]

Locutor: A probabilidade da evolução química é ainda mais enfraquecida pela composição da sopa primordial.

[00:35:28]

Prof. Paul Nelson: Se a sopa primordial tiver existido, ela teria sido um grande caos quimicamente. Há vários tipos de reações cruzadas opostas que teriam acontecido na Terra primordial, e que interfeririam com a química que você deseja.

[00:35:43]

Prof. Timothy Standish: Ou seja, moléculas que não são utilizadas pelos seres vivos e que são prejudiciais aos seres vivos. As condições na Terra primordial eram hostis à vida. Eram hostis à formação dos tipos de ligações necessárias para criar moléculas biológicas. E foi aí que surgiu um grande problema, porque a água quebra as ligações que prendem as proteínas. A água quebra as ligações que prendem os ácidos nucleicos como o DNA, a água quebra as ligações que prendem polissacarídeos como o amido e a celulose. Então a origem da vida não pode ter acontecido na água.

[00:36:28]

Panspermia cósmica

Locutor: Encarando desafios intransponíveis na Terra, alguns cientistas ampliaram as fronteiras das suas buscas. Em 1976 o biólogo vencedor do Prêmio Nobel, Francis Crick, propôs uma alternativa radical para a origem da vida. Crick sugeriu que o nosso planeta foi semeado com organismos microscópicos que foram transportados de outra parte do universo por uma civilização alienígena. Essa teoria é chamada de Panspermia.

Locutor: Cinco anos depois, o físico {Fred Royal} ofereceu uma versão modificada de panspermia, quando teorizou que as cadeias de DNA haviam sido criadas por uma inteligência de uma galáxia distante e se espalharam como sementes de dente de leão em um dia de ventania. Parte desse material genético chegou na Terra.

Locutor: Outra versão da teoria popularizada pela rocha de Marte, o meteorito descoberto na Antártida, afirma que micróbios evoluíram em outro lugar da galáxia e vieram até a Terra em cometas e asteroides.

[00:37:45]

Prof. Timothy Standish: De alguma forma, podemos falar que a panspermia é um abandono da ciência, porque ela coloca o problema além da examinação. Se a ciência nos diz que a vida provavelmente não começou a existir por conta própria, aqui na Terra, então deve ter vindo de outro lugar, mesmo que pareça um filme de terror ruim dos anos 1950, veio do espaço sideral.

[00:38:14]

Prof. Paul Nelson: Se eu não consigo explicar a vida no planeta Terra, porque, digamos, a atmosfera necessária é geologicamente implausível ou porque eu não consigo a quantidade suficiente de moléculas biologicamente relevantes, esses problemas vão existir em qualquer outro planeta onde postularmos que a vida se originou. Não podemos apagar esses problemas mudando de lugar para outra parte da galáxia. Resumindo, a panspermia não resolve o problema da origem da vida, só o joga para outro local.

[00:38:51]

O multiverso

Locutor: As falhas da panspermia levaram alguns pesquisadores a uma teoria que vai além da astronomia convencional, o multiverso. De acordo com essa hipótese, o nosso universo não é único, em vez disso, bilhões ou trilhões de universos foram gerados por um processo natural desconhecido. E, conforme as oportunidades aumentaram exponencialmente, as chances impossíveis se tornaram prováveis. Até que inevitavelmente, com o tempo, a combinação certa de matérias primas, ambiente, leis da natureza e uma grande dose de sorte produziram as moléculas e máquinas biológicas necessárias para a primeira célula viva. Em outras palavras, em um vasto e teórico oceano de universos, alguém tinha que ganhar a loteria cósmica, e fomos nós.

[00:39:56]

Implausibilidades da teoria materialista

Prof. Paul Nelson: Quando eu leio algum livro sobre a origem da vida, que considera alguma proposta para a formação, como digamos, de RNA ou proteínas, e até o autor admite que quimicamente implausível, eu me pergunto: “Como ele se meteu nesse pepino? Propor um caminho implausível para uma coisa que para o mundo todo parece ser planejada? Será que o materialismo científico é provavelmente falso? Ele se meteu nisso porque é uma filosofia”, disse ele, é a única resposta aceitável. E nesse impasse, eu quero falar ao autor: “Olha, você sabe que é implausível, eu sei que é implausível. O motivo de ter chegado até aqui, parado na beira desse penhasco que cai na implausibilidade é porque bem lá atrás, você decidiu que só uma explicação materialista faria sentido”.

[00:40:44]

Prof. Timothy Standish: Quantas explicações diferentes e fracassadas dentro da caixa materialista nós precisamos ter, antes de decidir que talvez precisemos sair agora desse tipo de caixa. Talvez precisemos de outro tipo de explicação”.

[00:41:06]

A teoria do design inteligente: Deus existe?

Prof. Paul Nelson: Quando analisamos as várias teorias científicas, teorias da física, teorias da química, teorias sobre a formação de estrelas, essas teorias são sobre o mundo lá fora. Mas, quando falamos sobre a origem da vida, estamos falando de uma teoria que nos envolve, o lugar de onde viemos, nossas origens definitivas, nossas visões de mundo, nossas filosofias, nossa ciência, tudo está ligado. E isso separa a pergunta sobre a origem da vida de todas as outras perguntas na ciência. A ciência natural não está desconectada de tudo o que sabemos ou que acreditamos saber sobre o mundo. Então, uma pergunta limitada e aparentemente técnica, como “Como o RNA surgiu?”, pode acabar se ligando no tecido da realidade. Há uma pergunta muito diferente: “Será que Deus existe? Deus é possível, é possível que Deus seja real?”. Se a vida, com toda sua riqueza não surgiu através de um processo estritamente físico ou natural, precisamos ter indícios disso. E eu acho que a origem da vida é o ponto central em que muita coisa acaba mudando. Eu olho para a Natureza como ser humano curioso e me pergunto: “Na minha visão, quais são os indicadores normais de inteligência? Eu os vejo na vida?” E a resposta é: “Sim, em abundância”.

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Profa. Ann Cauger: O que vemos nos sistemas biológicos é maravilhoso, é lindo, é elegante e quanto mais aprendemos sobre biologia, mais óbvio é o design. Quando eu comecei a me envolver como design inteligente, tinha gente postando coisas na internet e falando: “Eu me formei no MIT e fui para a Universidade de Washington e pós-doutorado em Harvard”. E elas falavam coisas como: “Ela era inteligente, o que aconteceu?” (acha graça) Na verdade o materialismo coloca vendas nos olhos da ciência. E nós deixamos passar o que é mais significativo no mundo. Então esse é um ótimo momento para ser uma cientista, porque nós temos a oportunidade de ver as coisas com novos olhos.

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Prof. Timothy Standish: A intelg é extremamente útil como uma forma de explicar a origem da vida que realmente faça sentido como que observamos na Natureza. A Natureza parece ter sido criada, a vida pode ter sido criada. O design, a inteligência explicam as coisas, como toda informação que vemos dentro de uma célula. Não tem nada de mágico nos seres vivos, eu sou um cientista, eu não acredito em mágica, eu acredito em mecanismos e causas que são suficientes para atingir o fenômeno que eu observo, a inteligência é suficiente, a inteligência é necessária, portanto a inteligência é a conclusão na qual eu chego.

(fim da transcrição) [00:44:57]

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