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Transcrições Couraçado Bismarck

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Transcrições Couraçado Bismarck

Transcrições Couraçado Bismarck traz vários vídeos transcritos sobre o mais poderoso battleship construído na Europa.

 [209701] Transcrições Couraçado Bismarck (12,7 min) traz a transcrição do vídeo do canal HOJE NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, um canal que vale a pena ser visitado.

Couraçado Bismarck no Hoje na Segunda Guerra Mundial

 (Início da transcrição) [00:00:00]

Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de Hoje na Segunda Guerra Mundial.

No terceiro episódio da série falaremos no monstruoso couraçado alemão Bismarck, simplesmente o maior navio de guerra construído até então por uma potência europeia.

A construção do Bismarck começou no dia 1 de julho de 1936 nos estaleiros de Hamburgo, uma cidade alemã muito famosa pelo seu porto e pela sua indústria naval.

O nome do navio foi uma homenagem ao chanceler Otto von Bismarck, grande herói nacional e um dos principais responsáveis pela unificação e fundação do Estado alemão em 1871.

Os trabalhos decorreram em ritmo acelerado, e no dia 14 de fevereiro de 1939, 7 meses antes do início da Segunda Guerra Mundial o gigantesco couraçado era lançado e batizado.

O batismo ficou a cargo da neta de Otto von Bismarck, seguido por um longo e beligerante discurso de Adolf Hitler.

Seguiram-se então os trabalhos finais para a instalação das suas armas e equipamentos, algo que consumiria muitos meses.

Com o poderoso couraçado sendo finalmente comissionado na Kriegsmarine, no dia 24 de agosto de 1940, quase um ano após o início da Guerra.

O comando foi entregue ao experiente Capitão Ernest Lindemann, cuja experiência ao comando de navios de guerra remontava a Primeira Guerra Mundial.

O Bismarck era gigantesco, maior do que qualquer couraçado britânico da época.

Completamente carregado deslocava impressionantes 50 mil toneladas.

Tinha um comprimento de 251 metros e uma boca de 36 metros.

As suas 12 caldeiras geravam uma potência equivalente a 150.000 cavalos, capaz de funcionar o couraçado a uma velocidade de 30 nós, ou cerca de 55 km por hora, com uma autonomia de mais de 16.000 km.

A sua tripulação era formada por 2.000 marinheiros e cerca de 100 oficiais.

Era incrivelmente bem blindado. Na linha de água a sua blindagem era de 320 mm, nas torres era de 360 mm e no deck principal era de cerca de 100 mm.

Podia ainda transportar 4 hidroaviões arado AR-196 para missões de reconhecimento ou ataque tatico.

O seu armamento era um capítulo à parte, tendo sido armado com 8 canhões que 380 mm cada, arranjados em quatro torres duplas chamadas pela tripulação de Anton, Bruno, César e Dora.

O seu armamento secundário era formado por 12 canhões de 150 mm, 16 de 105 mm, e dezenas de outros de menor calibre, muitos deles dedicados à tarefa de proteção antiaérea.

Os testes no mar decorreram entre setembro e dezembro de 1940, com o Bismarck provando ser um navio bastante veloz e com grande poder de fogo.

Vinha equipado com sistemas extremamente modernos de radar e de ajuste de mira, fazendo dele o couraçado tecnologicamente mais avançado em operação no Atlântico.

No dia 19 de maio de 1941, o Bismarck partia da Alemanha para sua primeira e única missão da guerra, o seu objetivo era navegar pelo Atlântico à caça dos comboios que todos os dias traziam equipamentos e suprimentos militares da América do Norte para o Reino Unido.

Ao seu comando seguia o capitão Lindemann, e o almirante Gunter Lutzens, chefe da frota de superfície da Kriegsmarine, que fez questão de acompanhar o Bismarck nessa importante missão.

A frota alemã era composta pelo Bismarck, pelo cruzador pesado Prince Eugen, e por 3 destroyers.

Nessa época, para a Royal Navy, o Bismarck era o alvo principal a bater. A sua mera presença no Atlântico era um risco que a Marinha britânica não podia se dar ao luxo de correr. Por isso, não mediria esforços para o destruir.

A saída do poderoso Bismarck em direção ao Atlântico, em maio de 1941, foi seguida de perto pela Royal Air Force e pela Royal Navy, que trataram de traçar planos para sua imediata interceptação.

No dia 23 de maio de 1941, quando os navios alemães já se encontravam bem ao Norte no Estreito da Dinamarca, na Costa da Groenlândia, foi interceptado pelo cruzador HMS Sufolk. Mais tarde o cruzador pesado HMS Norfolk juntou-se à caça do Smart e do Prince Eugen, mas mantiveram-se a uma distância segura, sem arriscar uma batalha para qual tinham poucas chances de vitória.

Apesar da cautela britânica, o Bismarck realizou cinco salvas de tiros com as suas armas principais, danificando HMS Norfolk.

No dia seguinte, seria a vez dos couraçados HMS Hood e HMS Prince of Wales juntarem-se à caça. Ao todo praticamente toda a Marinha britânica do Atlântico estava dedicada à perseguição do Bismarck e do Prince Eugen, e não desistiriam até a sua completa destruição.

Neste dia desenrolaria-se uma grande batalha naval, que resultaria na destruição do HMS Hook, o até então orgulho da marinha de guerra britânica. Da sua tripulação de 1.419 homens, apenas 3 sobreviveriam ao naufrágio.

O moderno couraçado Prince of Wales também seria atingido, tendo sido gravemente danificado na troca de tiros com Bismarck, mas permaneceria firme na sua perseguição.

O Bismarck seria também atingido, mas sem grande gravidade. Neste momento, apesar da destruição do HMS Hood, o Bismarck e o Pince Eugen eram perseguidos de perto por um couraçado, dois cruzadores pesados e seis destroyers, com dois porta-aviões e mais de uma dezena de outros navios de guerra aproximando-se rapidamente do campo de batalha.

Os ataques aéreos, a partir do porta-aviões HMS Victorious e do HMS Ark Royal decorreriam nos dias 24, 25 e 26 de maio. E no dia 26 perto das 21:00, um pequeno swordfish lançaria um torpedo que explodiria num dos únicos locais onde o Bismarck era vulnerável, o seu leme.

A explosão travou o leme num ângulo de 15 graus, limitando o gigantesco couraçado a deslocar-se em círculos. O Bismarck estava condenado, atingido por um pequeno e frágil biplano.

A Royal Navy aproveitou-se da situação e avançou com toda sua força, e durante à noite entre os dias 26 e 27 de maio de 1941, vários destroyers cruzadores e couraçados cercaram a sua presa atacando-a com tudo o que tinham.

Na manhã do dia 27 de maio, após centenas de impactos diretos, os canhões do Bismarck finalmente silenciavam-se, e com o almirante e o capitão mortos, o oficial mais graduado, o primeiro oficial Hans Euels, ordenava evacuação imediata do navio e a detonação de cargas explosivas nos decks inferiores, para quem a embarcação não caísse em mãos britânicas.

Às 10:39 o Bismarck desaparecia debaixo das ondas. Da sua tripulação de mais de 2.100 marinheiros e oficiais apenas 111 foram resgatados com vida.

Terminava assim, de forma abrupta, a curta carreira do maior navio de guerra construído até então na Europa.

 (Fim da transcrição) [00:12:19]

Medições

Texto: 1.019 palavras transcritas

Duração: 12 minutos e 19 segundos (12,32 min)

Velocidade de fala: 87,7 palavras por minuto

Ajustes feitos: 419 (entre pontuação e palavras)

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[209702] Transcrições Couraçado Bismarck (25,6 min)

Ele foi o maior couraçado de sua época (1) e mobilizou toda a esquadra inimiga numa caçada que marcou a história naval moderna.

  • (1) Os maiores couraçados da época foram os battleships japoneses Yamato e Musashi, empregados no Oceano Pacífico pela Frota Combinada (Rengô Kantai) comandada por Isoroku Yamamoto. O Yamato tinha um deslocamento total de mais de 70 mil toneladas, contra os 50 mil do Bismarck e seu comprimento era 263 metros, contra os 251 metros do alemão.

Couraçado Bismarck: a Curta e Lendária Vida do Orgulho da Kriegsmarine – DOC #71 no Sala de Guerra

(…) [00:00:12] a [00:01:01]

À parte dos submarinos, até hoje o nome Bismarck é o que mais está atrelado à história da Kriegsmarine na Segunda Guerra Mundial. E a história desse couraçado foi tão curta quanto recehada de emoção.

Em 18 de junho de 1935, uma delegação alemã em Londres assinou Acordo Naval Anglo Germânico, um documento que estabelecia que a Kriegsmarine poderia crescer, mas nunca ultrapassar 35% do tamanho da Royal Navy. A intenção alemã era iniciaram aliança anglo-germânica contra a União Soviética, mas os britânicos assinaram o documento apenas na esperança de conter o expansionismo armamentista alemão. De qualquer maneira, o acordo deu a Hitler a esperada a luz verde para iniciar a expansão e modernização de sua marinha de guerra, visto que a chancela britânica havia passado por cima dos termos estabelecidos no Tratado de Versalhes, efetivamente eximindo Alemanha de continuar a cumpri-lo.

A assinatura do acordo permitiu à Alemanha ingressar no sistema de construção naval estabelecido pelo Tratado de Washington, que permite a construção de couraçados de até 35 mil toneladas.

Em 1935 a Itália anunciou a construção de dois couraçados classe Litório que apresentariam peso máximo estabelecido, como também a França fez o mesmo anunciando a sua classe Richelieu.

O Grande Almirante Erich Raeder, comandante da Kriegsmarine, não perdeu o tempo em explorar as novas possibilidades, e acelerou o planejamento que já vinha sendo secretamente desenvolvido para a sua nova classe de grandes couraçados.

Mas Raeder e os almirantes alemães tinham planos ainda mais ambiciosos, e os dois novos navios secretamente foram desenhados para exceder em muito as limitações de peso internacionais. Os dois novos navios de batalha seriam batizados Bismarck e Tirpitz, em homenagem ao antigo chanceler e protagonista da unificação alemã, Otto von Bismarck, e o grande Almirante Alfred von Tirpitz, que comandou e administrou a expansão da Marinha Imperial Alemã.

O contrato para a fabricação do Bismarck foi concedido ao Estaleiro Blohm und Voss de Hamburgo, que bateu sua quilha no dia 1º de julho de 1936.

Em acordo com Adolf Hitler, Raeder havia definido a instalação do armamento principal composto de quatro torres duplas com armas de 380 mm, com um impressionante arsenal secundário de 12 armas de 150 mm e 16 de 105 mm, bem como um vasto arranjo antiaéreo composto de 16 canhões de 37 mm e 12 de 20 mm.

Para acomodar esse vasto Arsenal flutuante o Bismarck foi projetado com um comprimento de 251 metros e com bova de 36 metros, também apresentando um calado de 9,9 metros.

Seu cinturão blindado possuía uma espessura de 32 cm de aço, e era proferido por um conjunto de três turbinas à vapor e 12 caldeiras a óleo que geravam a potência para atingir uma velocidade máxima de 30 nós ou 55.5 quilômetros por hora.

O Bismarck também foi esse pá do com quatro hidroaviões de reconhecimento Arado AR-196, dois armazenados num Hangar duplo na parte central, e outros dois em andares separados aos dados da chaminé. Os aviões eram lançados por uma catapulta bidirecional transversal, montada logo atrás da chaminé.

O navio também contava com a mais moderna instrumentação naval da época, incluindo os três radares {ditakt} [00:04:26] que conseguiram localizar alvos Navais bum raio de até 19 km,montados nos telêmetros dianteiro e traseiro, bem como no topo da Ilha de comando.

A tripulação padrão do Bismarck era composta por 103 oficiais e 1.962 praças divididos em 12 divisões, incluindo 6 somente para operação do armamento; 1 de material bélico; 1 de intendência, 1 de comunicações, e 3 para operação dos motores. Para acomodar tudo isso, o Bismarck acabou apresentando um peso nominal de 41.700 toneladas, e quando completamente carregado 50.300 toneladas, se tornando o couraçado europeu com maior deslocamento de sua época.

Erich Raeder não precisou esconder seu segredo por muito tempo, visto que em 1937 o Japão saiu do Tratado de Washington para construir seu supercouraçado da Classe Yamato, fazendo com que as outras potências invocassem a cláusula de escalamento, que lhes permitia ultrapassar a 35 mil toneladas.

Com extrema pompa e a presença de toda a alta cúpula do Terceiro Reich, a Kriegsmarine lançou ao mar seu novo orgulho da Esquadra em 14 de fevereiro de 1939, tendo o navio sido batizado por Dorothee von Löwenfeld, neta do chanceler Otto von Bismarck.

Já na água, o navio recebeu sua superestrutura e seu armamento, incluindo as quatro torres principais, as dianteiras Anton e Bruno, e as traseiras Cezar e Dora.

Com a Segunda Guerra Mundial iniciando-se em setembro daquele ano, o ancoradouro do Bismarck passou a ser protegido contra bombardeiros inimigos, mas nenhum ataque o danificou enquanto sua construção era finalizada.

Com o navio quase finalizado, restava agora decidir quem seria o oficial a comandado-lo, e Raeder fez uma escolha ousada para tão prestigiada posição. O comando do Bismarck foi entregue ao capitão Ernst von Lidemann, um oficial que nunca havia comandado uma belonave anteriormente, mas que eram experiente veterano da Primeira Guerra Mundial e da Guerra Civil Espanhola, como também era o maior especialista alemão em artilharia naval. Com essa escolha a Kriegsmarine deixava claro que pretendia colocar em pleno uso sua nova e gigantesca plataforma de armas.

O novo KMS Bismarck foi finalmente comissionado na Kriegsmarine em 24 de agosto de 1940, e imediatamente levado por Lindemann para testes no Mar Báltico, onde o navio impressionou ao superar sua velocidade projetada, e mostrou-se uma plataforma de tiro bastante estável. Mas rapidamente também se descobriu uma falha em seu desenho. Foi observado que ao manobrar-se o navio apenas pela alteração de potência dos três propulsores, sem usar os dois memes, o Bismarck tornava-se instável, somente sendo mantido em curso com grande esforço.

Com os testes durando até dezembro, o Bismarck retornou Hamburgo para uma última rodada de atualizações, devendo seguir para a Base Naval de Kiel, mas acabou impedido pelo mau tempo do inverno e por um naufrágio na entrada do porto que demorou para ser removido. E o navio somente ancorou em Kiel em 9 de março de 1941.

Enquanto isso, a Kriegsmarine realizava no Atlântico a bem sucedida Operação Berlim, tendo zarpado de Kiel eu lá em 22 de Janeiro com seus dois modernos cruzadores de batalha Scharnhorst e Naisenal, atravessando o Estreito da Dinamarca, entre a Groenlândia Islândia, para atacar comboios aliados que cortavam o oceano.

A bordo do Naisenal estava usando o comandante da Esquadra de superfície da Kriegsmarine, o Almirante Gunther Lutjens, que conduziu os dois grandes navios numa bem-sucedida campanha de 60 dias, que resultou do afundamento ou captura de 22 navios inimigos.

Em 22 de março, após navegar 29.000 km,os dois navios aportaram em segurança na França Ocupada, e Lutjens teve seu prestígio catapultado pela imprensa alemã. A Marinha agora queria explorar esse sucesso elevando drasticamente a aposta. O planejamento inicial do que viria se tornar a Operação Rheinübung,ou “exercício do Reno”, contemplava o uso do Bismarck e do Tirpitz em conjunto com o Scharnhorst e o Nisenal, mas atrasos na conclusão do Tirpitz rapidamente o riscaram da lista. Para piorar as coisas, Scharnhors e Naisenal precisarão passar por grandes reparos após a Operação Berlim, e também não estariam disponíveis a tempo. O único navio capaz de acompanhar o Bismarck na nova aventura seria o cruzador pesado Prinz Eugen, também recentemente comissionado na Kriegsmarine.

Em 26 de abril,mesmo após Lutjens sugerir o atraso para permitir a participação de mais navios, Raeder decidir o que é operação deveria ser lançada imediatamente para impedir que o inimigo ganhasse alguma vantagem.

Enquanto estava em Kiel o Bismarck que foi visitado pelo Capitão Anders Forshell, adido naval sueco em Berlim. Ele retornou a Estocolmo e fez uma descrição detalhada do navio, documento que foi vazado para os ingleses por elementos anglófilos no alto comando da Marinha sueca, tornando-se o primeiro relatório detalhado do Bismarck a chegar a Londres.

Em 5 de Maio Hitler visitou o navio discutindo com Lutjens o prospecto da futura missão.

11 dias depois o Almirante acusou que o Bismarck e o Prinz Eugens estavam prontos e equipados aguardando ordens para zarpar.

A tripulação do Bismarck para operação Rheinübung subiu para um total de 2.221 marinheiros, com o acréscimo de 65 homens do estado-maior do Almirante Lutjens, incluindo o capitão de fragata Paul {Arshahl} [00:10:13], que havia sido oficial de artilharia do Graf Spee na batalha do Rio da Prata, e que havia conseguido retornar à Alemanha após meses de internação na Argentina.

O navio também levava 80 marinheiros extras para atuarem como tripulação no caso de capturar embarcações inimigas durante a missão.

Às 02:00 da manhã dia 19 de maio o Bismarck zarpou de Gotenhafene passou pelos estreitos dinamarqueses, sendo inadvertidamente observado por informantes dos Ingleses, que reportaram sua posição para o almirantado em Londres.

Ao anoitecer do dia seguinte, os navios alcançaram a costa norueguesa, rumando Norte ao longo do litoral, atingindo Bergen meio-dia do dia 21. Foi lá que um spitifire conseguiu fotografar o Bismarck e sua escolta, informando o comandante da Esquadra inglesa, Almirante Sir John Tovey, que imediatamente enviou enviou o cruzador de batalha HMS Hood, junto com o novíssimo couraçado HMS Prince of Wales para patrulhar a passagem da Groenlândia, corretamente esperando que os alemães refizessem seu trajeto de janeiro.

Em sua parada em Bergen, Lutjens confidenciou ao seu colega, o Almirante Wilhelm Marshall, que não via esperanças de sobrevivência. Marshall o aconselhou a não seguir à risca as ordens de Raeder, mas Lutjens estava irredutível em seguir em frente com as ordens que recebera. A atitude intransigente de Ligjens com o capitão Ernst Lindemann e Helmut Brinkmann, comandante do Prinz Eugen. A pouca comunicação com os dois capitães marcou toda a missão, deixando-os nervosos com o silêncio do Almirante.

Às 19:30 daquela noite os navios deixaram Bergen e rumaram para o Ártico, e perto da meia-noite o Almirante Raeder finalmente informou Adolf Hitler sobre a operação, que até então estava sendo mantida em completo segredo. Hitler somente relutantemente deu seu aval para que fosse adiante.

No dia seguinte Lutjens recebeu informações da Luftwaffe de que 4 couraçados e um um porta-aviões continuavam ancorados na Base Naval da Royal Navy, em Scapa Flow, o quê deu-lhe a certeza de que não havia sido ainda avistado. Lutjens entrou mais uma vez em conflito com seus capitães, ordenando a travessia através da mais distante passagem da Groenlândia, ao invés da rota mais curta entre a Escócia e a Islândia, preferida por Lidemann.

Lidemann achava que a rota mais curta surpreenderia os ingleses, mais Lutjens insistiu dizendo que a névoa da Groenlândia forneceria cobertura, compensando assim a distância extra.

Às 04:00 da manhã de 23 de maio, Lutjens ourdenou que os navios aumentassem a velocidade para 27 nós – ou 50 km por hora – para realizar a travessia do Estreito da Dinamarca, e os dois navios ativaram seus radares ao entrar na área.

Às 19:22 o radar dos alemães detectou a presença presença do cruzador HMS Suffolk, seguindo-os a 12.500 metros, e uma equipe de escuta a bordo do Prinz Eugen descobriu que o Suffolk estava transmitindo a posição dos navios. Às 20:30 o cruzador pesado Norfolk juntou-se ao Suffolk e ousadamente aproximou-se da flotilha alemã. O Bismarck respondeu abrindo fogo com cinco salvas dos seus canhões principais, atingindo Norfolk com estilhaços, fazendo o cruzador rapidamente dar meia volta e ampliar a distância.

Às 22 horas Lutjens ordenou uma curva de 180 graus na escuridão para surpreender os cruzadores ingleses, mas o radar do Suffolk avistou a manobra e os navios inimigos fugiram mais uma vez.

Durante a madrugada, Norfolk e Suffolk seguiram Bismarck a distância, reportando continuamente a sua posição para o Almirante Tovey.

Às 5:07 da manhã de 24 de maio, os operadores de hidrofone do Prinz Eugen detectaram o som de dois grandes navios se aproximando a 37 km pelo Leste, e a 05:45 foram avistados no horizonte duas trilhas de fumaça, que pertenciam a força comandada pelo Almirante Lancelot Holland, consistindo do Hood e do Prince of Wales.

às 05:52, o Hood abriu fogo a 26 km,sendo seguido pelo Prince of Wales um minuto depois.

O capitão de corvete {Adalbert} Sneider, 1º oficial de artilharia do Bismarck, requisitou permissão para retornar fogo, mas Lutjens hesitou.

Furioso, Lindemann interveio e disse ao Almirante: “Eu não vou deixar meu navio ser destruído bem debaixo do meu traseiro”. Relutante Lutjens autorizou fogo às 05:55.

Os navios Ingleses se aproximavam de frente, não podendo usar suas torres traseiras, mas os alemães puderam usar o fogo de todas as suas armas contra os adversários, concentrando-se no Hood. Após um minuto, o Prinz Eugen foi o primeiro a registrar um acerto com seus canhões de 203 mm, iniciando o incêndio no Hood. Após três salvas, Schneider travou o alcance do Hood e ordenou salvas rápidas de suas quatro torres, enquanto Holland realizava uma curva de 20 graus para colocar seus navios em paralelo com os alemães.

Lutjens ordenou que o Prinz Eugen troasse de alvo para o Prince of Wales, para manter os dois inimigos sob fogo, ao mesmo tempo em que as baterias secundárias do Bismarck também alvejavam o navio.

Às 06:00 da manhã, enquanto o rosto finalizava sua manobra de emparelhamento, a quinta salva do Bismarck atingiu em cheio o navio, penetrando seu deck e adentrando paiol traseiro, onde detonou 112 toneladas de explosivo armazenado lá. Uma monstruosa explosão partiu o Hood ao meio, com sua metade dianteira mantendo-se brevemente no curso antes de parar e apontar-se para cima, afundando rapidamente em seguida. Em apenas 8 minutos o Hood desapareceu,deixando vivos apenas três dos seus 1.419 tripulantes.

Um efusivo Schneider anunciou o afundamento pelos alto-falantes do Bismarck, que rapidamente virou suas torres para o Prince of Wales. Incrivelmente o Bismarck atingiu o couraçado britânico já em sua primeira salva, com um projétil perpassando a ponte de comando do Prince of Walles, matando todos os presentes menos o capitão e outro oficial. Apesar do dano monumental, o Prince of Wales atingiu três salvas no Bismarck, causando alagamento de alguns compartimentos.

Às 0 6:13 o Prince of Wales recuou protegido por uma cortina de fumaça.

Lidemann advogou a perseguição do navio para destruí-lo mas Lutjens rejeitou a sugestão e ordenou que continuassem na rota prescrita para o Atlântico.

Pouco depois da ação, recebendo o relatório de danos do Bismarck que acusou uma inclinação de 9° para bombordo e uma grande trilha de óleo vazando do navio, Lutjens reportou a Berlim sua decisão de separar sua força, enviando o Prinz Eugen para atacar os comboios e seguir com Bismarck para Saint-Nazaire na costa francesa, onde realizaria reparos.

O Almirante Sir Frederick Wake-Walker,comandante da força que continha os cruzadores Norfolk e Suffolk, além do avaliado o coraçado Prince of Wales, continuou a seguir o Bismarck a distância, enquanto um furioso Winston Churhill, ao saber do afundamento do Hood, ordenou que todos os navios de guerra da área se juntassem à perseguição, emitindo sua famosa ordem: “Afundem o Bismarck!”.

Sir John Tovey já estava no mar a bordo do novo couraçado King Georve V e o couraçado Rodney que estava em missão de escolta para o Canadá, rapidamente deu meia-volta e rumou em direção ao Bismarck. Ao todo, seis couraçados e cruzadores de batalha, 2 porta aviões, 13 cruzadores e 21 destróieres foram direcionados para c Caçada.

Às 18:14 Lutjens finalmente deu a ordem para o Prinz Eugen se afastar e deu meia volta para confrontar os cruzadores de Wake-Walker para permitir a fuga do navio.

Tendo afugentado momentaneamente os ingleses, o Bismarck continuou rumo a França, ainda desenvolvendo uma velocidade de 28 nós, maior que a dos couraçados ingleses. Se continuasse assim a Royal Navy não teria chance de alcançá-lobby.

Algumas horas antes, Tovey havia enviado porta-aviões Victorious à frente para que se posicionasse para lançar torpedeiros contra o Bismarck.

Às 22 horas 9 fairey swordfishes 825º esquadrão aéreo naval decolaram, mas seu ataque havia sido avistado pelos defensores do Bismarck.

Uma parede de fogo antiaéreo iluminou a noite, e as baterias principais do Bismarck atiraram em depressão máxima para criar gigantescas barreiras de água em frente aos frases biplanos. Embora nenhum avião tenha sido derrubado, o navio desligou-se de oito dos torpedos, mas o último o atingiu em cheio no cinturão blindado, causando danos pequenos ao sistema elétrico.

Enquanto isso, os navios de Wake-Walker foram forçados a navegar em zigue-zague para evitar uma ameaça de u-boats na área, o que abriu uma vantagem para o Bismarck,fazendo-o desaparecer do seu radar.

A caçada começou a ficar desesperada no dia 25, porque muitos dos navios estavam no limite do combustível, e a Força H comandada pelo Almirante Sir Jamer Summerville, a bordo do cruzador de batalha Renowen havia safado de Gibraltar com o porta-aviões Ark Royal e o cruzador {Chapell}. [00:19:48]

Mas Lutjens cometeu o erro de enviar constantes mensagens de rádio para o alto comando da Marinha, e essas mensagens foram decifrados em {Blachlay Park} [00:19:58], dando aos ingleses a posição do navio alemão.

Às 10:30 de 26 de maio um catalina do comando costeiro da RAF avistou o Bismarck 1280 quilômetro a Noroeste de Breast, uma distância que o colocaria dentro do alcance de cobertura da Luftwaffe e em menos de um dia.

A única esperança de parar o navio a tempo eram os torpedeiros do Ark Royal,que se aproximava pelo Sul.

Às 19:10, 15 swordfishes decolaram um navio alemão, que já estava sendo observado a distância pelo cruzador Sherfield.

Mais uma vez recebidos por uma tempestade de fogo antiaéreo, 13 do swordfish erraram o alvo, com apenas um torpedo atingindo o navio a bombordo, explodindo junto ao cinturão blindado. Mas 21:05 o swordfish, pilotado pelo Tenente John Malfatti, se aproximou corajosamente por entre as caçadoras alemãs, e lançou seu torpedo a bombordo da popa do Bismarck, que explodiu junto ao Leme esquerdo travando uma posição de curva de 12° a bombordo. O Bismarck então tornou-se incontrolável, preso numa curva contínua que o afastava de vez da segurança da costa francesa.

Às 21:40, Lutjens comunicou por rádio a funesta mensagem: “Navio incontrolável, lutaremos até a última salva. Vida longa ao Fuhrer”. 7]

Naquela noite, enquanto a força de Tovey se aproximava pelo Norte, um grupo de destróieres assediou o moribundo Bismarck,mantendo-o iluminado com sinalizadores durante toda a madrugada.

No começo da manhã do dia 27, a tripulação tentou lançar um dos arados com os diários do navio e as filmagens do afundamento do Hood, mas perceberam que a catapulta havia sido danificada pelos combates. E o avião simplesmente foi empurrado para água.

Às 08:43 as vigias do King George V avistaram o Bismarck a 23 km de distância, e quatro minutos depois o navio abriu fogo acompanhado pelo coraçdo Rodney.

Às 08:50 o Bismarck retornou fogo, mas sua habilidade de mirar com precisão fora anulada pelo curso errático do navio. Cercado, o Bismarck também entrou sob fogo das torres de 203 mm dos cruzadores pesados Norfolk e Dorsetshire em alcance cada vez menor. Até que as 09:02 da manhã um projeto de 406 mm do Rodney atingiu em cheio a ponte de comando do couraçado alemão, matando o Almirante Ludjens e o capitão Schneider e ferindo seriamente o capitão Lindemann. O tenente {Burocrática Feuer Familan Heinshbertg} [00:22:35], quarto oficial de artilharia, assumiu o comando das já decreptas torres de tiro do Bismarck, disparando as últimas salvas as 09:27.

Em meio ao desespero e inúmeros incêndios a bordo, o Imediato do Bismarck, capitão de fragata {Hans (ininteligível)} [00:22:50] assumiu o comando do navio e ordenou afundamento do couraçado para evitar a sua captura. Enquanto as cargas de demolição eram montadas, a tripulação se refugiava no convés, sendo centenas de homens vitimados pelo fogo à queima-roupa dos couraçados britânicos.

As cargas detonaram às 10:20, e 15 minutos depois o navio já apresentava uma grande inclinação para bombordo.

Tovey ordenou que os couraçados se afastassem e que o cruzador Dorsetshire finalizasse ataque disparando dois torpedos contra o navio alemão, que já se encontrava com água no convés.

O Bismarck era agora uma pinga disforme e fumegante, mas sua bandeira de batalha continuava a tremular no mastro.

Sobreviventes dizem ter visto neste momento o capitão Lindemann ferido e em posição de sentido junto ao mastro dianteiro, afundando junto com seu navio.

O Bismarck desapareceu sob as ondas às 10:40.

Dos 2.221 homens da tripulação, apenas 114 foram resgatados da água, porque uma ameaça de submarino fez os navios ingleses se afastarem do local.

Naquele mesmo dia Adalbert Shinaider havia sido condecorado com a cruz de cavaleiro da Cruz de Ferro por ter afundado o Hood, e em dezembro daquele ano o capitão Lndemann recebeu postumamente mente a mesma honraria.

A partir desse desastre, a Kiriegsmarine desistiu de utilizar grandes navios de superfície em operações no Atlântico, apoiando-se inteiramente nos submarinos.

Em 08 de junho de 1989, o explorador Robert Ballard encontrou os destroços do Bismarck a 4.791 metros de profundidade. Examinando detalhadamente a integridade do casco, ele confirmou que o canhoneio britânico, mesmo a tão curta distância, não havia sido determinante para o afundamento do navio, que efetivamente foi ao fundo devido aos esforços da própria tripulação em afundá-lo.

A curta e intensa trajetória de combate do KMS Bismarck foi um ponto culminante da Segunda Guerra Mundial na Europa e se tornou um dos momentos mais emocionantes da guerra naval no século XX.

 (…) [00:25:00]

 (Fim da transcrição)

3.546 palavras

25,0 minutos  → 141,6 palavras por minuto

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