Live Ushitaro Kamia 19.599 – 24 de outubro de 2020
Live Ushitaro Kamia 15.999 – 24 de outubro de 2020(Início da transcrição) [00:00:00]
Marcelo Miura: Olá, boa noite! Sejam bem-vindos. Agora 20:02, estamos com nossa live aqui mais uma vez, já agradecendo à presença de todos. Obrigado pela presença. Tivemos um pequeno atraso, mas estamos aqui ao vivo, às 20:02. Eu sou Marcelo Miura, junto com o nosso candidato, a ponte para o presente, Ushitaro Kamia nosso vereador Kamia 19.599, anote esse número no próximo dia 15 de novembro. (…) Mais uma vez obrigado pela presença de vocês. Kamia-san, boa noite.
Ushitaro Kamia (19.599): Boa noite, tudo bem?
Marcelo Miura: Todo bom. Mais uma live para os nossos telespectadores, para os nossos amigos. [00:01:27]
Ushitaro Kamia (19.599): Muito obrigado por essa oportunidade de a gente poder demonstrar o nosso trabalho durante o longo período da atividade política. E estamos aqui para poder explanar o nosso feito durante todo esse período.
Marcelo Miura: Hoje a gente vai dar uma sequência aos projetos que já foram feitos, e o que a gente chama de continuidade, ou seja, aqueles projetos que foram realizados especialmente aqui na Zona Norte, pelo vereador Kamia, e agora com a extensão desses projetos. Falaremos sobre o Parque Linear Esportivo da Vila Albertina, o antigo lixão da Vila Albertina, e também sobre o Metrô Tucuruvi, com a extensão da Linha Azul até a Vila Galvão, Já no município de Guarulhos, passando, é claro, pelo Jaçanã, e por isso, levando o apelido dado pelo vereador, carinhosamente como O Trem das Onze. Quem não se lembra, não? Na eterna canção de Adoniran Barbosa, eternizada com Demônios da Garoa. Com a gente aqui, recebendo na nossa live, no nosso estúdio, já agradecendo à presença do Amós Magalhães, ele que é morador da Vila Albertina há 45 anos. É Isso, Amós? [00:02:40]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Quarenta e cinco anos.
Marcelo Miura: Você viu tudo por aqui, né?
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Tudo! Vi muita coisa mudar.
Marcelo Miura: Vamos estar falando então inicialmente sobre o Parque Linear Esportivo. Para quem conhecia… O processo de desativação do lixão vem desde 1990, né?
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Desde 1990.
Marcelo Miura: Eu pude acompanhar, em 2008 fiz várias matérias ali com os moradores, já naquela fase da eliminação do gás, né? [00:03:08]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Exatamente. Teve a eliminação do gás, a retirada do chorume. Mas, em 1990 foi que começou a desativação através do vereador Kamia, na primeira gestão dele. E nós sofríamos muito com o mau cheiro!
Marcelo Miura: O chorume era terrível, não é? [00:03:23]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Predominava o cheiro do lixo em si, dominava todo o nosso bairro, Vila Albertina. A gente não podia almoçar, não podia jantar, respirava lixo dia e noite.
Marcelo Miura: Era terrível. [00:03:36]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): E quando fazia sol e chovia, aí pronto! Aí, acabou o bairro. E fora os problemas que nós tínhamos com os caminhões, né? A malha viária não comportava tantos caminhões, eu não sei se muita gente não lembra, mas naquela época a Prefeitura tinha o serviço de coleta de lixo e usava Scânia, umas carretas longas de 25 metros. Isso aí causou muito acidente na Senador José Ermínio de Moraes, ela causou atropelamento, muitas famílias perderam entes queridos, principalmente crianças de bicicleta, que na época foi atropelado e veio a óbito, né? E nós tínhamos outro problema: o caminhão, quando passava, tanto quando ele ia, quando ele voltava e descarregava, aquele chorume do lixo, que era prensado dentro do caminhão, ia ficando nas vias, entendeu? Então as ruas estavam sempre fedendo! Então, uma vez por semana passava o caminhão pipa, jogando água, lavando, mas não resolvia, o cheiro já tinha impregnado no asfalto dentro do próprio boca de lobo, né?
Marcelo Miura: (tsc) Os moradores ali do entorno sofriam muito, especialmente as crianças, né? [00:04:44]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): todos os moradores, principalmente os da avenida. É o que mais sofriam. É casas trincadas, o mau cheiro, o barulho do caminhão, que eles descarregavam até a meia-noite. E tinha o caminhão da madrugada que vinha. E, quando vieram as carretas da Prefeitura, era muito barulho.
Marcelo Miura: De lá pra cá, praticamente são 26 anos, né, Amós? [00:05:09]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Vinte e seis anos.
Marcelo Miura: E já saiu a fase do gás, agora está no período de descontaminação do solo, né? [00:05:20]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Exatamente. Está sendo retirado o chorume, tem o caminhão que vem uma vez por semana, ele retira o chorume, e nós estamos esperando aí que o projeto do nosso vereador, que sempre lutou, ele que desativou, porque quando foi desativado em 1990, até 1994 os caminhões começavam a sair por trás, entendeu? Por uma estradinha que tinha ali atrás, que sai, na entrada da Vila Zilda, aonde é a {Bégui} [00:05:46]
Marcelo Miura: Aliás, Kamia-san, a gente sabe da sacada, até dentro do meio filosófico, fala-se na questão do mito do herói. Eu corroboro muito, Stan Lee usa muito isso na Marvel, enfim, em vários filmes de ação, é muito utilizado essa sequência do mito do herói. E eu vejo o Kamia assim, porque era quase impossível, a desativação desse lixão. Inclusive havia duplicação da área ali, né? [00:06:23]
Ushitaro Kamia (19.599): Sim, sem dúvida. Mas eu… eu tive as informações, né, e principalmente na Lei Orgânica do município. Então, na elaboração da Lei Orgânica do Município, eu tive essa oportunidade de poder fazer, (…) porque nós iríamos fazer a Lei Orgânica, que é a Lei Máxima do Município. Em 1990 eu tive essa oportunidade, vi que o lixão de Vila Albertina, ela estava num local protegido do meio ambiente. Então, como não existia nada que pudesse favorecer essa legislação, então eles implantaram esse lixão do Vila Albertina em 1956, se eu não me engano. E de lá pra cá começou a depositar todo o lixo aqui da cidade de São Paulo. São quase 12 toneladas por dia que são despejados ali. Então, ali é chorume, tinha problema também dos caminhões como o Amós estava dizendo, que é morador, ele nasceu praticamente aqui na nossa região. E a gente percebendo isso, então na elaboração da Lei Orgânica do Município, eu inseri no artigo 185 a proteção da área de mananciais. Porque a Serra da Cantareira, ela é o respiro do ar para toda a nossa população de São Paulo. E também tem a distribuição de água da Serra da Cantareira, que distribui, para toda a cidade de São Paulo, água potável. Então, nós estamos praticamente matando a nascente de água. Estamos também contaminando o lençol freático e isso realmente iria trazer grandes problemas para a nossa cidade no seu futuro. E então, nisso, quando da Lei Orgânica, inseri. E essa inserção fez com que a prefeita pudesse fazer a desativação, porque é Lei Orgânica do Município, é a Lei Máxima. Então é onde se iniciou, em 1990, a desativação do lixão da Vila Albertina. Mas, na continuidade também na outra gestão, houve um decreto em que o prefeito destinou 1 milhão de metros quadrados para fazer a continuação do lixão de Vila Albertina. Mas, eu falei: “Poxa vida! O senhor prefeito, ele está, na verdade, ferindo a Lei Orgânica do Município”. Então eu fiz uma defesa junto ao Ministério Público do Meio Ambiente para que o prefeito cumpra realmente a Lei Orgânica do Município desativando definitivamente aquilo lá. E, ciente disso, porque talvez foi realmente um erro de assessoria do prefeito, ele pediu que revogasse todo o decreto de implantação do lixão da Vila Albertina. Hoje nós estamos aqui já há muitos anos, numa proteção da Serra da Cantareira e na proteção da distribuição de água também. Então, o que é que eu fiz? Durante todo esse período que já foi desativado, então eu inseri um projeto de lei, a PL 428/2009. Ela institui um Parque Linear Esportivo, para que toda essa comunidade da redondeza do lixão pudesse usufruir da prática esportiva, poder fazer algum trabalho. Porque aqui nessa lei, nós tivemos que fazer um projeto aqui uma área de lazer para adolescente, pista de skate, lazer para pessoa de terceira idade, ciclovias, pista de caminhada e corrida, quadras poliesportivas, parte destinada a partes culturais, shows e apresentações. Área para construção de salas de leitura com biblioteca, de lazer e atividade didática, e que divulguem práticas sustentáveis especialmente relacionada a reciclagem de resíduos. Então a gente foi trabalhando intensamente para que nós pudéssemos viabilizar, oferecer para toda essa comunidade toda essa força de alegria e daquilo que foi realmente sofrido durante esse período.
Marcelo Miura: Parque Linear Esportivo onde era o lixão. O que os moradores pensam disso lá na Vila Albertina? [00:11:37]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): É a melhor coisa que possa ter para nós, que nós não temos uma área esportiva, nós não temos mais campo de futebol. Temos agora, mas o campo de futebol que foi feito lá no lixão. Mas essa outra, para prática de outros esportes, atividade de outros esportes como, por exemplo, caminhada e muitas outras coisas, nós não temos espaço.
Marcelo Miura: Inclusive, no projeto há inclusão de equipamentos, aqueles de ginástica, para a terceira idade.
Ushitaro Kamia (19.599): Exatamente. É tudo.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): É tudo.
Ushitaro Kamia (19.599): É, realmente é necessário para que toda a prática esportiva também estivesse aqui.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Sim! E nesse local tenha para infantil também.
Marcelo Miura: Para todas as idades.
Ushitaro Kamia (19.599): É.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Para que as crianças possam passar as horas brincando com segurança. E nós não temos nenhum local!
Marcelo Miura: Você conhece todo mundo ali praticamente, né? [00:12:26]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Conheço.
Marcelo Miura: O que é que a população fala sobre o parque?
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Eu até brinco, eu não conheço todo mundo, mas todo mundo me conhece. Se procurar o Amós, muita gente vai te dar boas informações.
Marcelo Miura: O que é que o pessoal acha do parque ali? [00:12:37]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Olha, muita gente está ansiosa esperando essa nova inovação aí para o nosso bairro, né? Porque vai valorizar bastante.
Marcelo Miura: Sim, com certeza.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Então o projeto que o vereador já tem há muitos anos, ele tem lutado, eu tenho acompanhado junto com ele, infelizmente nas últimas gestões o povo não entendeu que precisava de um representante, né? E pagou por isso.
Marcelo Miura: Aliás, não só em relação ao Kamia, mas acho que de toda a Zona Norte, da Casa Verde até Vila Maria, Parque Novo Mundo, ficou sem representantes aqui, né? [00:13:10]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Não tem nenhum representante. Nenhum!
Marcelo Miura: Não tem nenhum representante. [00:13:14]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Só aqui na nossa região 256, são uma média de 176 mil eleitores, e não elegeram ninguém.
Marcelo Miura: Ou seja, nós ficamos abandonados, praticamente à deriva, de 2016 praticamente até agora, porque haja vista que o processo é político, ele envolve representantes. Os vereadores estão para fiscalizar a Prefeitura, mas também para destinar aportes, destinar projetos para a região à qual ele representa. No caso, se não tem representante aqui na Zona Norte, né, Kamia…
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade.
Marcelo Miura: …e me corrija se eu estiver errado, a região fica desassistida! E praticamente ficamos sem nenhum representante na Zona Norte aqui, com esse boom que deu em 2016 da renovação, do novo, e a gente viu que esse novo não veio, pelo menos em relação a o município foi um frisson… [00:14:16]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Para o pessoal ter uma ideia, cortando seu assunto, Vila Albertina, nós éramos esquecidos. Para você ver, até 1988 elegemos cinco vereadores aqui na região, o pessoal de São Paulo terminava no Jardim São João, não tinha mais nada! De 1988 para cá surgiu mais de 50 bairros aí para o Fundão. Então, São Paulo terminava ali no Jardim São João. Para lá, a gente contava como Mairiporã, que era só mata. E elegeu cinco vereadores. E agora, com esse mundo de gente, com esse mundo de necessidade, que o povo tem necessidade de tudo para melhoria, não elegeram um! Alguma coisa está errada.
Marcelo Miura: Você me falava em off, Amós, sobre a Antonio Simplício, que foi um grande ganho para todos os moradores da parte de cima ali da Vila Albertina, que não tinha passagem aqui do pessoal de baixo do jardim Tremembé para a Vila Albertina. [00:15:17]
Ushitaro Kamia (19.599): Não, não tinha. Da Vila Albertina, ali na Luís de Oliveira Bulhões na junção com a Antonio Simplício, existiam duas casas. Nós tínhamos que dar a volta…
Ushitaro Kamia (19.599): No meio do caminho.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): …no meio do caminho! No meio da rua, assim. Fechado! Nós tínhamos que dar uma volta por uma vielinha para sair na Pedro Vaserro, ou descer tudo e subir a Boiçucanga e ia assubir a Antonio Portugal para poder vir até o Jardim Tremembé.
Marcelo Miura: Como é que foi essa obra, Kamia? [00:15:52]
Ushitaro Kamia (19.599): Olha, os moradores reclamavam que eles tinham essa possibilidade de fazer a ligação entre Vila Albertina e Jd Tremembé. Mas só tinha um porém: tinha duas casas no meio da rua. Então, nós fizemos um projeto, fizemos a apreciação para que a Prefeitura pudesse fazer a desapropriação daquelas duas casas, inclusive foi desapropriado e indenizado o morador de lá. Então, foi isso que fez que a Prefeita pudesse fazer a demolição daquelas casas e que viesse a ligação entre Jd Tremembé e a Vila Albertina.
Marcelo Miura: Ok. Amós, obrigado de coração. [00:16:41]
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): Posso falar só um minutinho? A respeito da rua que o Kamia fez para nós, a abertura da rua, fechamento do lixão, lombadas nas Senador José Ermínio de Moraes, que nós não tínhamos, facilitou bastante o trânsito, entendeu? E muitas outras coisas que o pessoal, às vezes esquece! Como pontes ali do cemitério do Horto, o pessoal passava em cima de dois coqueiros. Kamia foi lá e mandou fazer uma ponte. Escadões, que foram feitos na nossa região. Na época, em 1998, com verba dele mesmo, material que ele ganhou e pagou a mão de obra. Então nós só temos a agradecer.
Ushitaro Kamia (19.599): Nós temos também aquele negócio da ocupação do Morro do Piolho, que eles falam.
Sr. Amós Magalhães (Vila Albertina): É. Na Rua Boitiguá, embaixo da Bernardo Fonseca Lobo. Nós sofríamos muito com desbarrancamento. Descia uma camada de terra fechando a rua, pondo em risco as casas de baixo. Foi feito através dele um paredão, muro de arrimo, tela de sustentação, foi jogado uma malha de ferro no morro e jateado concreto, não só uma vez, mas duas, três vezes que ele mandou fazer manutenção. Então, é por isso que eu voto Kamia, porque ele faz, tá?
Marcelo Miura: Tá certo. Amós, obrigado então mais uma vez pela presença aqui com a gente. Recebemos aqui o Amós Magalhães, morador da Vila Albertina há mais de 45 anos. Dando continuidade na segunda parte da nossa live, para você que nos acompanha aqui pelo Instagram, para você também, que nos acompanha pelo Facebook, estamos na nossa live colocando as duas plataformas, dentre outras, do nosso candidato Kamia, aqui na Zona Norte de São Paulo. Obrigado desde já pela presença. (…) Estamos com o nosso candidato Kamia, o número é o 19.599, e recebendo agora a Tatiane de Oliveira. Eu a conheci hoje pela manhã, ela que veio aqui no escritório político do vereador, vale lembrar que mesmo nos períodos aonde ele não teve mandato, ele sempre manteve o escritório aberto aqui no Jd Tremembé. E nos encontramos pela manhã, e prontamente a Tatiane respondeu ao nosso convite à live, e ela está aqui. Obrigado pela sua presença, Tatiane. [00:19:20]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Eu que agradeço.
Marcelo Miura: Moradora há 40 anos no Jd Tremembé? [00:19:25]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Praticamente.
Marcelo Miura: Moradora antiga como o Amós? [00:19:29]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Isso! Eu vou fazer 42, (acha graça) e desde criança moro aqui. Mas a minha família já morava, então todo esse período já vivendo nesse pedacinho aqui.
Marcelo Miura: Certo. Você viveu, acompanhou também, não tão em loco quanto o Amós, mas acompanhou a questão do lixão aqui, né? [00:19:46]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Eu era criança, mas eu estava até conversando com o vereador, na minha época de criança foi falando fatos que eu acompanhei, e realmente tem essa parte do lixão, da desocupação, escadão, o córrego aqui da Maria Amália, esse pedacinho aqui. Então, eu acompanho bastante o trabalho dele, desde pequenininha. (acha graça)
Marcelo Miura: Tatiane está aqui porque nós vamos trazer um segundo tema, um tema importante, não só para os moradores da Zona Norte de São Paulo, mas, como toda a cidade de São Paulo a extensão da Linha Azul do Metrô Tucuruvi, aliás a obra, que teve aportes, que teve as mãos do Kamia para que viesse a extensão de Santana até o Tucuruvi. Foi uma longa batalha, conseguimos, a Zona Norte teve esse ganho, assim, a cidade de São Paulo teve esse ganho. E agora a continuidade, ou seja, continuação desse projeto da extensão do Tucuruvi até a Vila Galvão, já no município de Guarulhos, passando, é claro, pelo Jaçanã, e aí o apelido carinhoso desse projeto pelo Kamia de “O Trem das Onze”, né?
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade.
Marcelo Miura: Kamia, fala um pouquinho para a gente sobre esse projeto. [00:21:05]
Ushitaro Kamia (19.599): Bom. O projeto se iniciou com várias reuniões dentro da nossa comunidade e da sociedade aqui da região de Tucuruvi, de Santana, Vila Mazzei e Jaçanã. Então, toda essa periferia que necessitava de transporte coletivo mais veloz, principalmente ela parava em Santana. Santana era ponto final. Mas, por que não vir até Tucuruvi? E era um ponto interessante, porque não teria por que a extensão não pudesse vir para Tucuruvi. Várias reuniões foram marcadas pelas associações do bairro que também participaram dessa reunião, e começou a criar um corpo de trabalho que nós fazíamos. Quase toda semana, nós fazíamos, trazíamos o representante de cada bairro aqui, para que pudesse fazer esse trabalho de trazer o metrô para o Tucuruvi. E realmente também, quando eu fui deputado federal, então iniciei também com… como verba, como o metrô estava iniciando, e estava demorando também, para que pudesse ser mais rápido. Então eu falei: “Puxa vida! O governo realmente não tinha verba suficiente”. Então naquela época eu coloquei R$ 8 milhões para que o metrô pudesse terminar a sua obra naquela oportunidade em que estava sendo executada. Mas estava parado por falta de verba. Mas então, esse movimento cresceu, e foi com que sensibilizasse o Governo do Estado para que pudesse trazer. Mas isso foi graças à participação de várias associações, a gente foi encaminhando, porque quando a gente quer fazer alguma benfeitoria, é necessário que a participação popular, é necessário que a comunidade se manifeste, é necessário que todas as associações envolvidas nesse trabalho de desenvolvimento da região pudessem compartilhar. E é o que foi realizado graças a esse movimento, que nós fazíamos lá na SADIT, é uma sociedade amigos do distrito do Tucuruvi, e eles iniciaram esse trabalho e o próprio… o presidente naquela oportunidade era o Jânio Pires, e que ele sempre fazia com que a gente pudesse fazer essa reunião no Valparaíso, onde era o supermercado, o famoso supermercado Telemais, e ali nós fazíamos reuniões. E graças a esse trabalho da contemplação da sociedade, e que nós viemos trazer esse trabalho. Mas o trabalho não se continua só por aí. Nós queremos estender esse metrô até Vila Galvão passando pelo Jaçanã, pelo Vila Nilo, e eu acho que é muito importante, porque os ônibus de Guarulhos, eles param no Tucuruvi. Então ali começa a sufocar, nós não temos um plano viário para acomodar toda essa questão do transporte em cada setor dos bairros. Então hoje nós temos essa necessidade de fazer também com que o transporte seja levado até Vila Galvão, porque isso realmente iria facilitar muito a demanda de outras regiões das periferias daqui da Zona Norte.
Marcelo Miura: Eu acho que isso é um projeto de vanguarda, Tatiane. Eu me recordo quando o Maluf fez o projeto da Imigrantes, houve muitas críticas dizendo que ia ser uma obra faraônica, desnecessária, era só ampliar a Anchieta, e hoje a gente vê, já houve várias duplicações da Imigrantes e já está praticamente no gargalo ali, né?
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim.
Marcelo Miura: Há o crescimento exponencial da população, do número de veículos. Eu acredito que esse projeto do Kamia já se faz necessário, é de vanguarda, claro, mas já se faz necessário justamente por esse sufocamento que já se encontra ali na região. Antes de a gente falar sobre isso, gostaria que você desse seu depoimento, como que era a sua vida antes da chegada do Metrô Tucuruvi? [00:25:47]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Eu era ainda adolescente, estava na fazenda de escola. Mas eu me recordo muito bem que eu estudava no Derville, que era lá em Voluntários da Pátria e o metrô era em Santana realmente. Então eu dependia do ônibus ali, e ia caminhando, porque não tinha outro ônibus que fazia aquele caminho até o Metrô Santana. Então eu pegava o ônibus no Metrô Santana para vir para cá. Se tivesse naquela época o Metrô Tucuruvi, para mim seria muito mais fácil lá, naquela época. Mas hoje é uma facilidade que todo mundo tem aqui, é uma facilidade realmente. E eu acho que se o metrô chegar na região ali daonde tem o terminal do Vila Galvão, o novo terminal ali, vai facilitar para quem mora em Guarulhos, o acesso vai diminuir um pouco o trânsito naquela região da Guapira, que é realmente bem pesada, e vai diminuir o tempo também, né? Porque quem vem de Guarulhos leva quase uma hora para chegar até ali na Vila Galvão, e depois mais uma hora naquele pedacinho até o Tucuruvi. Então, ganha um tempo, ganha qualidade também, eu acho bem legal esse projeto, tomara que dê certo, e que eu acho que só vai trazer melhorias para aquela região, e para nós também, porque diminui também o trânsito aqui da Sezefredo, de tudo, quando tenta cortar caminho, né?
Marcelo Miura: Até porque ali no Tucuruvi já dá sinais de sufocamento mesmo, né? [00:27:10]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim, dá! E agora, com esse shopping novo, esse mercado novo aí, eu acho que vai aumentar o volume bem, vai aumentar muito mais o volume de trânsito também. Então, tudo o que for para acrescentar aumenta a qualidade de vida para todo mundo. Eu acho que é um investimento bem legal, um projeto legal, que a gente tem que correr atrás de tentar trazer realmente, colocar no papel e tirar do papel, porque… e aquilo que o Amós, você estava falando na outra parte, eu acho que a gente precisa de um representante para isso, né? E igual eu falei de manhã quando estive aqui, por que Kamia? Porque ele tem endereço. Eu sei aonde ir, estive aqui quando há 12 anos – igual comentei de manhã – e eu sei onde está. Então, a gente precisa de um político, seja vereador, deputado estadual ou municipal, mas a gente precisa de um político com endereço para que a gente possa ir lá bater e cobrar. Não adianta não só falar “Não foi feito!”, mas aonde eu busco? Aonde eu encontro? Então, eu acho bem viável a gente ter um representante mesmo aqui do bairro, da região, porque a gente pode cobrar. Não adianta eu eleger um amigo do amigo da Vila… da Freguesia do Ó, da Vila Maria, porque se ele for eleito, ele vai levar benfeitorias para onde ele é, da onde ele tem seu escritório, da onde ele tem as pessoas que confiaram nele. Então a gente entra num segundo plano. Então, nada mais justo da gente ter um representante nosso aqui do Jd Tremembé para poder a gente cobrar, né?
Marcelo Miura: E pior ainda você elegendo de outras regiões como da Zona Sul, né? Às vezes é um candidato lá do Capão, lá de Palhereiros, né? (acha graça) [00:28:53]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim! Né, eu acho que nessa hora é igual time, a gente tem que puxar para o nosso time, a gente tem que saber aonde a gente vai cobrar. Apesar dos meus 40 anos, eu estava comentando, eu venho acompanhando a história do vereador já desde pequena, desde escadão, desde enchente, desde recapeamento aqui do parque residencial, o escadão da São Gabriel. Entao, eu acompanho. Eu acompanho, eu acho que a gente tem muitas deficiências aqui em alguns pontos desse… da região da Zona Norte aqui, Jd Tremembé, Jaçanã, a gente tem deficiência mesmo. É um bairro misto, a gente tem pessoas com poder aquisitivo muito bom, mas tem pessoas batalhadoras também, pessoas que ainda têm dificuldade. Mas a gente está sem controle populacional aqui. Eu estive tempos atrás visitando algumas invasões aqui na Sezefredo Fagundes, na altura ali do 7.000, aonde vai ser agora o Rodoanel, e tem vários novos bairros lá. Muitos novos bairros. Assim como lá na região do Fontalis, também, muitos novos bairros. Tem Jd Airosa, Jova Rural, tem Flor de Maio, Corisco, então eu acho que a gente precisa de um representante daqui. né? Daqui. Falo: “Aonde que eu vou lá bater? Aonde que eu vou cobrar? Aonde que vou pedir apoio?”, né? A gente tem que buscar alguém que possa realmente representar a gente. Então assim, em relação ao transporte, eu acho válido para poder desafogar a gente realmente daqui, aqui a Sezefredo tem aumentado cada vez mais volume de carros. Esses dias eu comentei com o meu irmão, é comum a gente ver placas de Mairiporã passando aqui na Sezefredo Fagundes, e o horário de pico é complicadíssimo. Então, tendo transporte público de qualidade, inclusive com metrô, eu acho que, eu acho que tudo isso ajuda também.
Marcelo Miura: Desafoga a própria Sezefredo, né?
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Melhora a qualidade para nós aqui, porque muita gente de Guarulhos corta caminho por aqui, porque já sai no Doze (12º Delegacia de Polícia), né?
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Então eu acho super viável, eu torço para que esse projeto saia do papel. E pode não ser para mim, agora, porque demora as coisas também, né? É assim, não (ininteligível), só a gente…
Marcelo Miura: Existe um processo, né? [00:31:27]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Existe um processo. Mas se não for para mim vai ser para a minha sobrinha, vai ser para os que estão por vir. Eu busco qualidade para quem está… a gente tem que deixar coisas boas, né? Para mim já foi deixado, é o que eu estou te falando. Eu morava numa comunidade, hoje já não moro na comunidade, né? E então assim, para mim acho que só veio coisas boas também porque a gente tem que procurar sempre ter alguém que a gente possa cobrar. Eu acho assim.
Marcelo Miura: É, eu acho que a gente não pode perder as esperanças e a gente tem que lutar. E principalmente a gente exercer nossa cidadania votando em candidatos que possam nos representar.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Possam nos representar.
Marcelo Miura: Nem tudo acontece no nosso tempo.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Não.
Marcelo Miura: Mas eu me recordo das pessoas falando: ^Ah, projeto de ir o metrô para o Tucuruvi? Vai levar uma… eu vou morrer, e não vou”… não! Eu vi acontecer, né? E usufruir também! [00:32:12]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Eu vi acontecer realmente, que minha mãe era empregada doméstica num prédio que a sacada era para o metrô. Então ficou aquele vale de terras e caminhões. Então, às vezes quando minha mãe levava nós para acompanhar ela quando ela ia trabalhar, principalmente no período de férias, a nossa visão era o quê? Era aquela bagunça do metrô nascendo. Então assim, não sei a data, eu acho que devia ser… acho que 1985-1986, é mais ou menos nesse período. Então, naquela época pode ter sido uma bagunça, mas olha hoje o que nós temos, né? Metrô Tucuruvi.
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade.
Marcelo Miura: A mesma coisa estava falando do caminhão do lixão. Eu lembro perfeitamente desse cheiro horrível que eram os caminhões passando. Porque eu tenho familiares lá na região, e ia trazer uma benfeitoria na época, desapropriar todo mundo, fazer tudo aquilo? Não. Mas olha hoje o que é que é. Então, tem que correr atrás realmente desse parque linear, para levar qualidade de vida para as pessoas que moram ali que realmente precisam. E não só para quem mora ali, mas para todo mundo. Eu acho que área de lazer é bem-vindo em qualquer lugar, independente da classe social, que também é mista na Vila Albertina.
Ushitaro Kamia (19.599): Uhum.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Então eu acho que é uma coisa muito interessante e que tomara que venha a acontecer realmente.
Ushitaro Kamia (19.599): Mudou a qualidade de vida lá, né?
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): É, mudou.
Ushitaro Kamia (19.599): Porque naquela época aquele sol, era aquele cheiro, aquele chorume…
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim! Sim!
Ushitaro Kamia (19.599): Então era muito difícil!
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Era terrível. Era um cheiro muito forte, que eu não consigo, assim, expressar, mas era um cheiro muito forte. Muito forte.
Ushitaro Kamia (19.599): É verdade. Principalmente na parte da tarde…
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim.
Ushitaro Kamia (19.599): …aquele cheiro se estendia a quase toda essa região da Zona Norte.
Marcelo Miura: Fora a proliferação de ratos, né, baratas, que era constante, ali, né? [00:34:00]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim. Eu acho super válido. Tomara que venha realmente a acontecer, e aí é só a gente ter um representante para a gente poder cobrar isso, né? Poder buscar essas benfeitorias para o nosso bairro.
Marcelo Miura: Kamia, isso é moroso, envolve as esferas, a gente sabe que é um trabalho árduo. Mas esse projeto precisa da continuidade. [00:34:23]
Ushitaro Kamia (19.599): Sim!
Marcelo Miura: Precisa ter representantes firmes, ali, comprometidos, engajados com esse projeto se a gente quiser realmente acreditar e esperar que o metrô tenha essa extensão até Vila Galvão, né? [00:34:32]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Alguém tem que começar, né?
Ushitaro Kamia (19.599): É, tem que começar. Porque haja visto que em 2009, quando eu implantei essa Lei 428, para fazer um parque linear naquele local lá, mas ainda soltava gás ainda.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim.
Ushitaro Kamia (19.599): Então, a Prefeitura mesmo falou assim, “Olha, nós estamos com um problema ainda com gás que está sendo solto”. Então tinha que aguardar mais um pouco, né, e que esse projeto ficasse parado. E agora nós temos a oportunidade por quê? Ele já acabou a questão do chorume e acabou a questão do gás. Então, muitas pessoas podem participar de um trabalho assim, efetivo para a comunidade. Principalmente para a comunidade em torno da Vila Albertina, porque eles sofreram muito. Eles sofreram muito com esse cheiro do lixão lá do Vila Albertina.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim, sim.
Ushitaro Kamia (19.599): Então é o momento de a gente oferecer para a comunidade, depois de todo esse sofrimento para poder…
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): É, que tem uma população também bem nova lá que vai usufruir disso lá na frente.
Ushitaro Kamia (19.599): Isso!
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): E se tiver alguns equipamentos igual algumas pracinhas hoje em dia tem aqueles equipamentos de ginástica, que facilita muito para a terceira idade também se movimentar, eu acho muito válido, eu acho que é um projeto bem legal.
Ushitaro Kamia (19.599): É, o nosso projeto contempla tudo isso aqui também, né? Um projeto para a terceira idade, a atividade esportiva, teatros. Então, ela contempla tudo.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Sim, sim.
Ushitaro Kamia (19.599): Porque lá é um espaço muito grande.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): É um desperdício, né?
Ushitaro Kamia (19.599): É.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): É um desperdício de espaço que tem que ser reaproveitado realmente, em prol da população, né? Eu acho.
Ushitaro Kamia (19.599): A comunidade merece. (riso)
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Merece, com certeza.
Marcelo Miura: Tatiane, obrigado por sua presença, por atender ao nosso convite aqui. [00:36:30]
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Eu que agradeço a oportunidade.
Marcelo Miura: Conversamos com a Tatiane de Oliveira, moradora do Jd Tremembé há mais de 40 anos. Kamia-san, obrigado por mais uma live. [00:36:44]
Ushitaro Kamia (19.599): Ah, eu que agradeço aí.
Marcelo Miura: Foram apenas dois projetos de continuidade, mas nós temos ainda saúde, que sempre foi uma das plataformas de atuação do Kamia, a educação, com projetos de multiculturalidade, grêmios esportivos, a questão do período integral, tem muita coisa para apresentar ainda.
(…) (corte) [00:37:11]
Marcelo Miura: Agora são 20:38, a nossa live deste sábado, 24 de outubro de 2020. As eleições estão aí, vale o seu voto consciente para realmente elegermos agora em 2020 representantes comprometidos e engajados, e principalmente aqueles que respondam à região aonde moramos.
Sra. Tatiane de Oliveira (Tremembé): Com certeza.
Marcelo Miura: Obrigado pela companhia, e até o próximo sábado na nossa próxima live. Nos acompanhe pelas redes sociais, Kamia.com.br com linktree, com as principais redes sociais, Facebook, Instagram, YouTube e WhatsApp, estamos já a pleno vapor, jingle pronto, teaser institucional rolando, e agradeço a vocês. Tá certo? Kamia?
Ushitaro Kamia (19.599): A hora é agora, hein! (riso)
Marcelo Miura: A hora é agora!
(Fim da transcrição) [00:38:27]