Transcrições: “Ana Hickmann atentado”
As transcrições mostradas na televisão ou nas revistas não refletem a intesidade da pressão psicológica que Ana Hickmann e seus familiares passaram sob as ameaças de Rodrigo de Pádua. “Ana Hickmann atentado transcrição de áudio” traz o que julgamos ter escutado. Somente uma transcrição impessoal, sem interpretar, consegue fornecer material de estudo. Apesar de várias tentativas de escuta, não foi possível transcrever tudo, reportando aqui as ininteligências por “(inint”.
Dificuldades técnicas da transcrição
Ana Hickmann atentado transcrição se trata de uma transcrição de nível de dificuldade nível 5. Há várias pessoas falando com sobreposição de vozes, vozes altas e baixas, emoção de medo e choro reprimido da apresentadora, fala rápida, gravador distante dos falantes e inevitável ruído de fundo.
Ana Hickmann atentado transcrição de áudio
Participantes:
P: Rodrigo
R: Ana Hickmann
M: Gustavo
F: Giovanna
M2: Pai de Gustavo
Áudio dos minutos de atentado a Ana Hickmann
Atentado a Anna Hickmann por Rodrigo de Pádua. Esta transcrição, nenhuma máquina poderia fazer. O software usado para melhorar a gravação foi o Wave Pad da NCH Software, fabricante do Express Scribe. Mesa de som, fone intra-auricular Sony e aparelho Panasonic de reprodução. Foram necessárias 6 audições, sendo que vários trechos foram tocadas repetidamente, às vezes de dois em dois segundos.
P: Não vou te matar agora. (inint) o negócio, não vou matar ninguém.
F: (inint) então, por que?
P: Vamos lá. Presta atenção, eu quero que senta os três de costas. Senta os três de costas. Senta os três de costas.
M: E se eu não quero?
P: Senta os três de costas aí. Um…
F: Mas, você ouviu isso?
P: … Dois… ((ruído))
M: Vira de costas.
P: Então, senta de costas.
M2: Você vai atirar na gente? Que (inint).
P: Ó, eu não vou atirar em você, meu.
R: Ô, moço…
M: É o seguinte, (inint).
P: Eu não vou atirar em você agora.
R: … se eu fiz alguma coisa, ele…
P: Eu quero que você sente.
M: (inint)
P: Eu não vou atirar em você, cara, você nunca me fez nada.
M: Então.
P: Não (inint), ela fez.
R: Como é que eu (posso/faço) para você parar?
P: Eu não vou matar ninguém.
R: Se eu fiz alguma coisa na (inint)…
P: Eu não sou assassino. Eu quero que você sente.
M: “Vira de costas”? E isso não é…?
P: Você senta de costas.
R: O meu marido de costas?
M: Mas, vou lá.
P: (Senta/se errar). Eu não vou…
M: Eu não viro.
P: … Eu não vou matar ninguém. Eu quero conversar, mas eu não quero olhar para a cara dele.
M: Ah, é esse o conversar?
P: É sim.
M: Então, fica de costas.
R: Ah, não. Moço. Moço, se eu te fiz…
M: Não, não falou.
P: Nos três.
M2: Eu não vou estragar a minha vida (inint)…
P: Que eu sou noivo.
R: Se eu tenho alguma coisa que eu fiz para você…
P: Você é o filho da p***.
R: … o que é que eu posso fazer para consertar isso?
P: Senta aí, de costas.
R: Me fala o que eu faço para eu consertar.
P: Eu estou te dizendo “por favor”. Então, senta aí. Senta. Te dou (inint).
M: De novo eu posso falar…
P: Não (inint)
F: (inint).
P: Isso. Devagar.
((tuim))
P: Senta de novo.
R: Ô, moço.
P: Por favor, Joana.
F: (inint)
P: Giovana. Você é Giovana.
R: Se eu fiz alguma coisa de errado…
P: Você, aí.
M2: Não, não. Com o Alexandre.
M: Eu sou o filho dele.
F: Eles vão se trocar.
P: Você acha que você (inint), por que? Você acha que eu sou doido?
M: Espera um pouquinho, eu não (inint), você está (inint)…
P: Não. Você acha que eu sou malandro?
M: … (inint) fazer (inint).
P: Você acha que eu sou maluco, Alexandre?
M: Então, por que é que… ahn?
P: (inint).
M: Porra, eu fiz (inint). Porra…
R: Moço, se eu fiz alguma coisa de errado, você me diga.
P: Olha, você.
R: Me diga como que eu conserto isso?
P: Ó. Como você conserta? Primeiro, deixa de ser (vagabunda) e fala da verdade, porque eu sou ser humano, cretina. Eu sou um ser humano.
R: Eu sei que você é ser humano.
P: Eu. Eu tenho coração. Eu te falei um milhão de vezes.
R: Eu, jamais… Eu jamais partiria o seu coração.
P: Eu te falei, filha da p***. Sua mentirosa, que não vem com palhaçada para cima de mim, não. Você sabe.
R: Se eu te magoei, me perdoa.
P: E você tem o dom. Não, “me perdoa”, o cacete. Deus é tão bom comigo… é tão bom que eu vim numa cidade de 3 milhões de habitantes e Ele me mostrou aonde você estaria. Aonde você estaria. Ele me mostrou em que hotel que você estaria, e que horas você chegaria, aonde, que showroom que você… você iria, de… de tão bom que aqui… E eu não sou assassino, (inint).
M: Posso colocar o celular lá numa mesa?
P: Não.
R: Não, mas assim, ó.
M: Posso passar na mesa?
P: Não. Você vai lá fora.
R: Mas se você não é assassino, por que você está com essa arma na mão?
P: Porque você é cretina.
R: Porque a gente pode conversar.
P: Você é filha da p***, (duvidou) do amor que eu tinha, sua vagabunda. Todo o amor que eu tinha.
R: Mas por que é que a gente não tenta, (inint)?
((paf))
P: O cacete.
((celular))
F: Que é isso? Tem onde colocar, moço?
R: É o meu celular.
F: Deixa eu atender o telefone…
P: Não. Não vai atender.
R: … (inint) para as pessoas da minha família…
P: Não vai atender, não.
((celular))
M: As pessoas que estão (inint)…
P: Não quero saber, (Vera). Não quero saber, cara.
F: O Du (inint) no (inint) aí…
P: Você entendeu? Você… se estou com a arma na minha cabeça, mas eu sou noivo por causa dessa mulher aqui…