Transcrição de áudio
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transcrição de áudio derruba presidente

Publicado por Transcricoes em

transcrição de áudio

Transcrição de áudio derruba presidente

Não precisa muito para derrubar alguém. Basta uma gravação oculta que pegue alguém com a mão no dinheiro, ou coisa parecida. Muitas denúncias são feitas, mas sem imagem ou áudio ou documento, nada se prova e essa é a alegria dos advogados da defesa do acusado.

Analisamos o áudio que derrubou Aidar, além do texto que foi ao ar pela Grlobo. Saiba mais lendo o restante.

A transcrição de áudio da caixa preta tricolor

Imagem da página do Globo Esporte Logo do São Paulo Futebol ClubeNão é que transcrição de áudio derruba presidente. Mas o conteúdo do que está transcrito.

Precisamos ter cuidado com os erros de transcrição porque nem só de transcrição de caixa preta de avião a transcrição de áudio se destaca.

As transcrições de caixa preta normalmente são mal gravadas, e esse é um pesadelo. Não sou muito de acompanhar futebol, como também não acompanho desastres aéreos ou gravações ocultas de clientes que querem processar alguém, normalmente recuso esses serviços.

Por que recusar esse tipo de transcrição de áudio?

O porquê disso é absolutamente prático. Primeiro, uma questão de foro íntimo. Entendo que a não ser que seja em legítima defesa, após conversa com o cliente, tento entender a necessidade dele. Por exemplo, uma das poucas gravações ocultas foi de um cliente que veio ao escritório falar pessoalmente conosco. Percebendo a gravidade da situação, aceitei transcrever o áudio do telefonema, pois acreditei nele.

Mas além dessa minha crença – que o mal é provocado por nós – existe uma razão prática. Normalmente, esses áudios com gravação oculta e não autorizada são absurdamente mal gravados. Percebemos que a qualidade do áudio é tão ruim, que é difícil entender o que se fala.

Ouça a gravação abaixo, extraída da página do Globo Esporte, intitulado “Ataíde divulga gravação que detonou renúncia de Aidar no São Paulo; ouça.”

Já o canal ESPN na UOL tem a notícia “Ataíde divulga áudio que culminou na renúncia de Aidar.”

Interesse futebolístico

Garanto a vocês que meu interesse não é futebolístico, sou alienado do mundo do futebol, como também da maioria das coisas que acontecem, mas o neste caso o interesse foi transcricional. Faz tempo que não acontecia notícia envolvendo nossa atividade no noticiário, sem ser médico acusado de má conduta ou desastre de avião com transcrição de caixa preta.

Qualidade do áudio interferiu na transcrição

Assisti ao vídeo inteiro acompanhando atentamentementemente a transcrição. Alguns detalhes me chamaram a atenção da matéria que foi ao ar. Primeiro, a imprecisão do material apresentado em relação ao áudio. A sincronização da fala estava muito boa, ponto para a legendagem. Mas a transcrição que iria ao ar em cadeia nacional, não passou no nosso crivo.

Faltou o fechamento das aspas duplas, ininteligências foram sinalizadas como “(…)”, o que tecnicamente não está incorreto, mas houve falta dessa sinalização, assim como cortes não sinalizados. Preste atenção no vídeo e dê sua opinião. O que deu a entender é que a matéria foi ao ar sem passar por revisão de transcritor, ou houve licença poética para suprimir essas ocorrências.

Aspectos das fotos da transcrição

É interessante agora notarmos que o transcritor usou no material escrito a convenção de adotar por representar os falantes pelas iniciais, o que está corretíssimo. Outro aspecto é que houve o uso de “pra”, no lugar de “para”, e “tá” e “tô” no lugar do verbo estar. São ocorrências muito comuns.

A análise do material transcrito pela Globo

Em linhas gerais, a transcrição apresentada foi muito boa. Apenas alguns detalhes deixaram de ser transcritos, mas certamente devido à necessidade de o material ir ao ar com o formato mais limpo possível, portanto foi uma transcrição editada. O que chamou a atenção aqui é a qualidade do arquivo de áudio, que foi muito ruim.

O telefonema gravado é ruim, mas parece que o gravador foi utilizado também com a qualidade de áudio abaixo de CD (44 kHz) de gravação, o que compromete o material. Confira áudio aqui, foi bem difícil para o transcritor. Mas já recebemos trabalhos com qualidade de áudio piores, principalmente grupos focais envolvendo uma série de crianças em sala de aula. Ou estudantes do segundo grau. Haja paixão por futebol, e haja paixão por transcrição!

A nossa versão da transcrição de áudio

PARTICIPANTES

P: Perguntas
R: Respondente

LEGENDA

… – micropausa ou interrupção ou alongamento vocálico.
(…) – demonstração de corte em trechos não relevantes.
(inint) – palavra ou trecho que não conseguimos entender.
(palavra 1 / palavra 2) – hipótese de palavra e/ou hipótese fonográfica.
((palavra)) – comentários da transcrição ou onomatopeias.


 

((início))

P: E esse negócio do Gustavo, quando é que a gente pode fazer?

R: Ah, amanhã.

P: Mas não é outra… batom na cueca? – pôrra.

R: Ele me paga honorários. Ele paga honorários para mim. Só isso. Mas depois repasso para você em dinheiro. Não é nem cheque, sem rastro nenhum; nem para você, nem para mim.

P: Ô, Carlos Miguel. Eu não quero esse dinheiro também, não. O que eu não quero é que você vá mexer no futebol. Deixa eu te contar uma coisa que (inint) [00:00:27] é difícil, ninguém sabe.

(…) ((corte na gravação))

P:    … quebra de quinhentos, a última termina em julho de 2019. Eu não (abro) isso para ninguém, não vou falar para ninguém, mas eu quero que você me deixa mexer com o futebol, eu quero seriedade no futebol, eu não quero dinheiro de nada. Eu sou um duro, mas nunca fiz nada de errado. E eu fiquei triste quando você me ofereceu dinheiro, que você achou que eu topava essas coisas. Eu não topo nada. E, outra coisa, esse da Cirina, da mesma maneira que eu tenho, qualquer dia alguém pega.

R: A Cirina tentou fazer um negócio com o (inint) [00:00:56] e não conseguiu, Ataíde. Ela não tem contato a (inint) [00:01:01].

P: O cara falou que tinha.

R: Não tem contato com o (inint) [00:01:03] ((sobreposição de vozes))

P: Te (inint) ((sobreposição de vozes)) para você. Deixa eu te falar uma coisa…

R: Quem tem contrato com aquele lado é o tal do Jack, que é o Douglas (…) ((ruído))

P: E como é que o Douglas faz reunião lá?

R: Ué, eu não sei que… faz reunião, aonde?

P: Na casa dele para… ir contra você.

R: A Cirina não fez nenhum contrato com aquele lado.

P: (inint) [00:01:21]

R: É isso.

P: Mas chegou quase a fazer, né?

R: Isso é verdade. Ela negociou.

P: Mas, naquela época que eu estou. Mas não quero (que sai) de mais nada aqui.

F: E se eu (inint) [00:01:31] ((sobreposição de vozes))

P: Eu não quero nada.

R: Eu não quero ser exposto.

P: Mas eu não quero nada. Eu só quero…

R: (inint) [00:01:34] de lá. Eh… o negócio da Under Armour estava perdido.

(…) ((corte no áudio))

R: Vieram uns caras para cá que falam inglês, nós fizemos uma reunião no meu escritório. Almoçamos e desfizemos o negócio e eles foram embora. Não teve negócio nenhum. Nem um e nem outro. Depois eles voltaram via Jack. Agora, como é que o Jack ficou, eu também não sei, Ataíde. Mas chegou porque eu conheci o cara aqui. A… (inint) ((sobreposição de vozes))

P: Mas… o Júlio (falou) aquele dia para nós sobre isso.

R: Veio conhecer o cara.

(…) ((corte no áudio))

R: Isso é verdade, o cara esteve aqui. O cara assinou o contrato. Agora, se tem rolo aqui – viu? – juro por Deus que eu não sei e também não quero saber. Eu não puxo. ((ruído)) [00:02:14]

P: Agora… agora… ((sobreposição de vozes)) Agora tem outra coisa. Sabe o negócio de hamburgueria, aí?

R: Hm?

P: Tem um negócio de hamburgueria, quem fez contrato com o Palmeiras, fez contato com o Corinthians e fez contrato com o Grêmio, tá? E o advogado do Palmeiras falou que está fazendo contrato com o São Paulo, mas o que atrapalhava é que o Douglas pediu 15 por cento…

R: O Douglas está (inint) [00:02:37] comissão em tudo. Ele veio aqui, descaradamente. E falei, viu?

P: Então acaba com isso, pô. Vamos acabar com isso.

R: Ataíde, eu estou com o seguinte problema, ô, Ataíde…

(…) ((corte no áudio))

R: … então, das (Inint) [00:02:49] embora, vai o Dedé junto. (…) ((ruído)) Se ver já com a lupa mais funda, o (inint) ((ruído)) que tem. Eu estou (inint) ((ruído)) que eu estou a (inint) [00:02:55]? Não é plenamente atuar?

(…) ((corte na gravação))

R: Eu tenho medo de largar isso aqui, para qualquer hora. Saco cheio. Eu não preciso disso. Se eu voltar para o escritório, para mim é algo muito melhor. Me (processe) (…) ((ruído)) ((sobreposição de vozes))

P: Ah, eu estou tão nervoso com essas coisas tola. Rapaz está tão nervoso… pá. Esse negócio de ágio também foi uma merda, né?

R: Ah, porra, o que é que você diria também? (inint) ((ruído)) ((sobreposição de vozes)) me largou, que nem um dia, né?

P: E por que é que você fez essa confusão toda?

R: Porque, Ataíde…

(…) ((corte no áudio))

R: … (inint) [00:03:25] queria um jogador? Queria, ou não queria?

P: Ah, não queria assim. Para pagar, não. Ele vinha de graça.

R: Um cara nunca vem de graça. O cara… não. O cara…

P: Não, o cara não veio.

R: Aí, ele apareceu – o porra lá, vai e corta. Está aí a Cinira, pergunta para ela.

P: Dois FDP, aqueles dois dois, né, o Valter e o… e o Raul.

R: Mas (inint) [00:03:41] estava acabando, o (inint) [00:03:42] teve uma operação de crédito, de novo, para o exterior. O Ralph (inint) [00:03:46] e o (inint) estavam lá. Eu, esse Raul, eu conheci dentro do Centro de Treinamento como se fosse amigo do (inint) [00:03:51].

P: (inint) e você (inint) ((ruído)) de vez em quando.

R: Ó. E você vem com o Antônio.

P: Nossa… Eu não sei merda nenhuma, e o (inint) [00:03:54] precisa (inint) quem era (inint) fala “presidente, não é um empréstimo, não. É deles”. Os caras também. “Tá, então fecha”.. “Espera um pouco. Osvaldo”, “tá. O que?”, “dá para pagar.” “Então, tá bom. Então, fecha.” Foi isso, não (foi orçar / forçar)

(…) ((corte do áudio))

P: O cara falou, “olha, você é  a carro  do cas… ”

((fim da gravação))

Nosso parecer acerca da transcrição da Globo

Em vários momentos o corte de áudio não foi sinalizado corretamente, o que gera terríveis efeitos se houve manipulação do áudio. Quem lê o material postado no vídeo do Globo Esporte sobre a conversa entre Aidar e Ataíde, pode ser levado a conclusões erradas. Em vários momentos, nosso entendimento foi diverso do material global transcrito, que pode ser efeito da legendagem, do transcritor ou a própria licença jornalística, pois não sabemos a fundo sobre o assunto e nem nos competia isso. A conclusão é que se uma CPI fosse aberta tendo como prova a reportagem e o trecho do áudio, em vários momentos podem haver perda de informação apresentadas, o que pode ser irremediável aos envolvidos, visto que apresenta inconsistências aparentemente na transcrição do áudio.


Transcricoes

Web aprendiz. Iniciou-se em 2012 na internet em busca de conhecimento. Desde então se encantou com transcrição de áudio.

2 comentários

Nicolly de Morais · 2016-01-05 às 00:14

Eu também acho que as transcrições e legendagens da televisão são incompletas e às vezes um pouco esquisitas, fora dos nossos padrões. Mas em algumas eles conseguem entender coisas que particularmente eu não entenderia. Queria saber como a Polícia Federal transcreve os áudios ruins desses casos famosos. O do menino Bernardo mesmo eu entendi pouca coisa que ele falava, mas a transcrição estava completa. Não sei exatamente quem transcreveu, se um jornalista ou policial.

Transcricoes · 2016-01-05 às 15:53

Oi Nicolly, obrigado pelo comentário. Eu também fico imaginando como eles conseguem. Como hipótese, imagino que sigam o padrão formal (quatro pessoas envolvidas) devido à seriedade e importância dessas investigações. Deve ter quatro pessoas: dois transcritores, um revisor-mediador, e finalmente a revisão de alguém que está ligado com a investigação de maneira direta e profunda, algum policial-chefe ou da própria Promotoria. Um chute. Não sei se foi gol ou na trave ou fora.

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