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Transcrições “A História do Mundo em 2 horas”

Publicado por Transcricoes em

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Lápis Azul História do Mundo em 2 horasA História do Mundo em 2 Horas faz parte de série especial de transcrições de áudio foi preparada para ser usada em sala de aula para estudantes do Ensino Médio. Ela traz a transcrição integral do programa de Televisão, podendo ser usado para pesquisa de trabalhos escolares. Não se trata de resumo.

Outras transcrições estão também disponíveis e estão voltadas para o público do Ensino Médio e são muito instrutivos do ponto da biologia, ecologia e ciências em geral como física e química. Outras transcrições na íntegra podem ser encontradas também na barra lateral (que está em ordem alfabética):

A História do Mundo em 2 Horas – Download

A História do Mundo em 2 Horas

E se pudéssemos lhe contar tudo, a história inteira do mundo? E se disséssemos que poderíamos fazer isso em apenas duas horas? Vamos contar a você a história toda, desde o Big Bang até os nossos dias, como o planeta se preparou para a ascensão do homem e como a Idade da Pedra levou à máquina a vapor, como as primeiras sementes se transformaram em cidades e civilizações. Tudo está conectado e a trilha leva até você. A história levou 13, 7 bilhões de anos para se desenrolar e chegar até você. E vamos mostrar tudo que você precisa saber nas próximas duas horas.

13.7 bilhões de anos antes de nós

Este é o nosso universo-criança. Tudo o que já existiu, tudo o que já aconteceu, começa aqui, neste minúsculo feixe de energia menor que um átomo.

E agora, a história como a conhecemos está prestes a começar misteriosamente. Por razoes que talvez nunca saberemos, o nosso Universo, de repente, explode.

O Big Bang cria toda a energia do Universo

Em (1) um milionésimo de (2) um milionésimo de (3) um milionésimo de (4) um milionésimo de (5) um milionésimo de (6) um milionésimo de segundo, aquele ponto minúsculo passou de um tamanho menor que um átomo para maior do que uma galáxia.

((A Via Láctea teria 100 mil anos-luz de tamanho, houve expansão a uma velocidade bem maior do que a da luz, mas isso não contraria a Teoria da Relatividade de Einstein. Ela explica que apenas dentro da trama do espaço-tempo a matéria está sujeita à essa velocidade no Universo, mas o espaço-tempo pode se expandir a qualquer velocidade.))

Vupt…

O que você está vendo é energia e a chave para entender tudo o que vai acontecer nas próximas duas horas.

Em uma fração de segundo o Big Bang vai criar toda a energia que vai existir, toda a energia que vai dar vida às estrelas, que vai alimentar qualquer coisa que já viveu, toda a energia que você vai consumir na sua vida remonta ao início dos tempos.

Quando você põe gasolina no seu carro, você está usando a energia que foi criada no Big Bang, você está tirando essa energia do próprio Universo.

O surgimento dos primeiros átomos

Estamos a apenas alguns minutos em nossa viagem de 2 horas, mas já se passaram 380.000 anos. Você está prestes a testemunhar o nascimento de seus ancestrais originais, os primeiros átomos. E isso é o hidrogênio, “H”, número atômico número 1, com um próton e um elétron. O Universo poderá usá-lo para fazer todo o mundo ao redor de todos nós.

O hidrogênio é como um time de beisebol, é com o jogador que eu vou começar a equipe, então se eu quero começar o Universo, é porque nele, exercendo muito calor e pressão, eu posso criar outros tipos de átomos, como o Hélio (2 prótons), Lítio (3 prótons)… etc.

A gravidade e as primeiras galáxias

Os primeiros átomos se espalharam pelo Universo e, felizmente, para nós, eles não se espalham uniformemente, porque temos bolsões com mais átomos e a gravidade, o grande escultor do início do Universo põe a sua mágica para funcionar, aglomerando material das estrelas.

As primeiras galáxias estão começando a se formar, revelando um segredo atemporal do Universo. Por toda a história, sempre que mais matéria e energia forem reunidos em lugar, mais coisas complexas poderão surgir.

Nós temos todos esses centros urbanos ao redor do Planeta Terra, onde tanta criatividade e arte, tanta ciência e cultura surgiram por causa dessas oportunidades, das coisas interagirem entre si.

Realmente, em certo sentido, onde existem coisas, novas coisas podem se desenvolver, e onde não há nada, nada, de fato, pode se desenvolver.

13.4 bilhões anos antes de nós

Há 13 bilhões e 400 milhões de anos, 300 milhões após o Big Bang, dentro das galáxias em formação, a gravidade continua a apertar as nuvens de gás e de pó, fazendo com que a pressão e o calor subam violentamente.

Quando a temperatura atinge 10 milhões de graus celcius, átomos de hidrogênio se chocam criando um novo elemento, o hélio, e rajadas radiantes de energia.

As primeiras estrelas nascem.

De repente havia esses novos sinais de luz resplandecendo, jogando energia no Universo: “Que se faça a luz”.

Mas algo está faltando nesse Universo inicial. Há bilhões de estrelas, mas não há nenhum planeta. Para formar os planetas, e eventualmente as pessoas, para dar o próximo passo que tornaria toda a história possível, o Universo precisa de mais para trabalhar do que só o hidrogênio e hélio.

Surgem os elementos químicos nas estrelas.

Os elementos complicados, mais pesados, dos quais criamos as coisas, por exemplo, ferro ou a vida, que é criada do carbono e coisas assim, são fabricados nas estrelas.

Podemos ver estrelas como o nosso Sol, como fonte de luz, mas há algo maior acontecendo nas profundezas. As estrelas são fábricas de elementos, elas fundem o hidrogênio em hélio, o hélio em lítio, forjando 25 dos elementos mais comuns que precisaremos para viver. E incluindo o carbono, o oxigênio, o nitrogênio e o ferro.

As estrelas e o ferro

Então, há mais de 12 bilhões de anos, as estrelas já estão criando o elemento que vai estimular a Idade do Ferro, que permitirá a construção das cidades e a criação de alguns dos monumentos mais famosos da humanidade.

Mas uma olhada na Estátua da Liberdade reserva o próximo desafio à espera do Universo inicial. Enquanto a base da estátua é de ferro, o seu revestimento exige um elemento muito pesado para ser feito nas estrelas: O cobre.

Os elementos pesados

Para a senhorita Liberdade ter o material na sua pele, para que haja ouro nos aneis de casamento, ou urânio nos reatores nucleares, alguns elementos tiveram que ser criados de outra maneira. As estrelas não têm energia suficiente para fazer o trabalho, mas se a fábrica de elementos não é potente o suficiente, que tal explodir a fábrica?

As explosões estelares, supernovas.

Apenas alguns milhões de anos após as primeiras estrelas se formarem, algumas delas explodiram. Brum…

Essas explosões, conhecidas como supernovas, são as maiores explosões do Universo desde o Big Bang, fornecendo o impulso extra e energia necessária para fundir elementos mais pesados. Na explosão de fogo de sua própria destruição, as estrelas criam o urânio, ouro e todos os elementos restantes que vão encher o nosso mundo, incluindo o cobre.

A tabela periódica

A tabela periódica dos elementos é, de fato, uma espécie de biblioteca de matéria do Universo. Esses são os nossos blocos de construção, é tudo o que sai desse conjunto químico específico.

Tabela Periódica

Supernovas, o que são

A supernovas são absolutamente necessárias para estarmos aqui, hoje. Nós temos traços de ferro em nosso sangue, pedaços de uma antiga supernova fluindo através do nosso corpo. Todos nós somos pó estelar.

Cobre, estanho, Idade do Bronze. Sem a supernova, não há Idade do Bronze. Vá ao supermercado e comprei um multivitamínico e leia os ingredientes. Você vai encontrar cobre, zinco, selênio, você vai encontrar todos os elementos que só podem ser criados em uma supernova.

As sementes da vida no planeta

Os elementos feitos pelas estrelas vão se tornar as sementes da vida na Terra e os condutores da história humana.

Mas a viagem está apenas começando. Antes que possa haver vida, o Universo precisa construir um lar adequado para nós.

Para construir uma casa adequada, você tem que juntar os materiais certos, todos num só lugar.

Quando os planetas se formam, é a mesma coisa. É o material que você tem em mãos que vai ditar o tipo de casa que seu planeta vai ser.

O processo dura 8 bilhões de anos

E juntar material suficiente no um lugar certo de uma só vez leva um tempo muito longo: Pelos próximos 8 bilhões de anos, mais da metade da história como a conhecemos, as fábricas de elementos continuam o seu trabalho. Estrelas explodem, e renascem. Cada geração com mais elementos pesados que a anterior, até que há 4 bilhões e 600 milhões de anos antes, finalmente há materiais reunidos para o próximo passo no caminho até nós.

O Sol

E uma nova estrela nasce, o nosso sol. Ele é tão grande que reúne 99 por cento de material da poeira do sistema solar. Mas há ainda suficiente gravidade para criar outras coisas como os planetas. Não fale

O terceiro planeta dessa estrela será a nossa casa.

Terra

Na época em que a Terra surge, pouco mais de 4 bilhões e meio de anos antes, dois terços da história do Universo já se passaram. As primeiras auroras nascem no planeta alienígena em formação. É um mundo que gira tão rápido que um dia dura apenas 6 horas.

Quando você volta para a Terra primitiva, logo após a formação do planeta, você precisa pensar na Terra como um outro planeta. Os Sol teria revelado uma cena miserável de lava derretida.

E em alguns lugares você veria rocha preta vulcânica boiando.

Dentro da rocha liquefeita os elementos que estão todos em confusão. Alguma coisa tem que trazer ordem para esse caos. E mais uma vez, esse algo é a gravidade.

A formação do núcleo da Terra

O material mais leve flutua em direção da superfície e forma uma crosta sólida, enquanto o material mais pesado afunda em direção ao centro, formando o núcleo de ferro e níquel derretidos.

O surgimento do campo magnético terrestre

E este metal líquido agitado cria um campo magnético que se estende até o espaço. Como um campo de força, ele irá proteger o nosso futuro lar das partículas carregadas e mortais do Sol.

Em breve esse campo magnético vai permitir que a vida cresce, e depois orientar os exploradores que vão ligar as duas metades do mundo.

Mas, para que tudo isso aconteça, a Terra vai precisar de um parceiro fundamental.

O surgimento da lua

 

Há 4 bilhões e meio de anos antes de nós, um objeto do tamanho de Marte bate no planeta 40.000 quilômetros por hora.

A Terra absorve grande parte do objeto.

Mas um jato de restos de fundição é rebatido para o espaço. Num período de um ano a gravidade reúne o material numa esfera secundária em órbita ao redor da Terra, onde tem ficado desde então.

A lua e o clima da Terra

A formação da Lua foi com um evento muito importante na história da Terra. E, de fato, sua criação há mais de 4, 0 bilhões de anos, é muito importante para o clima da Terra de hoje.

A Lua mantém a Terra firme. Sua força de gravitacional evita que o planeta balance, salvando-nos de terríveis oscilações de clima e a colisão que formou a lua e deixa na Terra inclinada em seu o eixo, dando ao planeta um ingrediente-chave para a vida, as estações do ano.

As estações da Terra e a lua e a duração do dia

Ter estações é muito importante para a evolução da vida na Terra e ter uma certa estabilidade na inclinação dos eixos é importante também à manutenção da vida da Terra.

E a gravidade da Lua também começa a diminuir a rotação da Terra, o que acabará prolongando os nossos dias de 6 horas para 24 horas.

4.4 bilhões de anos antes de nós

A origem da água

4, 4 bilhões de anos antes, é muito quente na Terra para a água líquida resistir. Mas há vapor de água, fumaça na atmosfera. O truque é saber como tirá-lo do céu. Em qualquer mundo onde se espera ter vida, um pouco de chuva deve cair.

Por milhões de anos, enquanto o planeta esfria, a chuva cai formando poças, lagos e, eventualmente, os nossos oceanos.

A lua e os oceanos

Há cerca de 3, 8 bilhões anos, o nosso planeta tem uma lua e um oceano permanentes, mas dificilmente se assemelha ao lugar que hoje chamamos de casa. Para se tornar o palco de toda a história humana, a Terra precisa de uma atmosfera de rica em oxigênio, continentes férteis e para as pessoas descobrirem e se desenvolverem. O que criar irá criar o nosso mundo moderno? Há 1 trilhão deles rastejando na sua pele agora.

As primeiras formas de vida surgem há 3.8 bilhões de anos.

Estamos contando A História do Mundo em 2 Horas, a partir do Big Bang até os dias atuais. E o nosso mundo moderno tem pistas importantes para a história. Na verdade, estruturas como essa escondem uma ligação misteriosa com a primeira vida na Terra.

3, 8 bilhões de anos antes, abaixo da superfície dos nossos oceanos primitivos, uma revolução está ocorrendo.

Os seis elementos simples, incluindo o hidrogênio do Big Bang e o oxigênio, o carbono e o nitrogênio, criados pelas estrelas, se combinaram para formar a substância-chave que compõe toda a vida, inclusive nós.

O surgimento do DNA

A mais espetacular é o DNA. Em suas espirais ele esconde os códigos secretos da vida. 700.000 anos após o planeta ter se formado, a vida na terra se inicia. Nós não estamos nos ombros de gigantes, mas de organismos minúsculos, as bactérias.

Somos muito egocêntricos. Nós achamos que nós, os animais dirigimos o mundo, mas na verdade nós somos intrusos muito tardios. Havia um império de bactérias muito antes dos animais, e os animais vieram juntos e nós gostamos de pensar que nós eliminamos as bactérias. Bem, nós estaríamos mortos se eliminássemos esse império. Eu tenho dentro de mim um zoológico inteiro de bactérias.

Na verdade, cada um de nós tem mais bactérias vivendo no nosso corpo do que existe em pessoas no planeta.

Por bilhões de anos, micróbios e como estes terão a Terra para eles. Como o nosso jovem Universo, a primeira vida é pequena, simples e cheia de possibilidades. O segredo de como ela explode em todas as formas incríveis que vemos hoje, incluindo nós, remonta ao início dos tempos.

Toda energia foi criada no BIG BANG

Como vimos, toda a energia que venha a existir foi criada no Big Bang. Todas as criaturas precisam pegar a parte delas dessa energia para sobreviver e quanto mais recolhemos, quanto mais a usamos de forma eficaz, mais complexos podemos nos tornar, porque quase toda a nossa cota de energia do Big Bang nos é transmitida pelo Sol.

A fotossíntese bacteriana

2, 5 bilhões de anos antes, algumas bactérias muito especiais descobriram como usar a energia do sol para viver. Ao fazer isso, elas também criam o resíduo mais importante na história do mundo: O oxigênio.

Logo o oxigênio vai recriar o nosso mundo, mas primeiro ele tem outro trabalho importante a fazer.

O ferro e as bactérias

Os mares antigos da Terra estão cheias de partículas de ferro e todo o mundo sabe o que acontece quando o oxigênio encontra o ferro.

Eu sou uma pequena bactéria, eu já produzi esta molécula de oxigênio e aqui está um grande pedaço de ferro, e pronto, eu enferrujo.

Esse ferro enferrujado se junta no fundo do mar. Após bilhões de anos, esses enormes depósitos ressurgirão e se transformarão nas principais fontes de ferro e aço do mundo.

O surgimento dos depósitos de ferro e a Revolução Industrial

Foram esses depósitos de ferro que mais tarde, deram vida à Revolução Industrial.

Desta forma a Ponte do Brooklyn e outros marcos iniciais da nossa Era Industrial formam um elo direto com algumas das primeiras formas de vida da Terra.

Depois que não há mais ferro no mar para enferrujar, essas bactérias antigas tem uma função para completar. Elas criam tanto oxigênio que ele enche os oceanos e o oxigênio escapa para a atmosfera.

E desde então nós temos um planeta muito diferente de todos os planetas do Sistema Solar.

O surgimento das bactérias aeróbicas

Agora a vida dá um salto gigante. Pela primeira vez algumas bactérias aprendem a viver do oxigênio. Cada respiração humana é um ritual de 2, 5 bilhões de anos.

A vida tende a ficar porque funciona mesmo ao longo de bilhões de anos.

O oxigênio é um divisor. Ao tomar o seu poder, a vida encontrou uma maneira melhor de se revigorar vinte vezes mais eficiente do que qualquer coisa usada na Terra antes. O que a vida faz com toda essa energia nova será a história que leva a nós.

O surgimento do céu azul

Ao longo dos próximos de 2 bilhões de anos, a vida se torna mais complexa. Os céus tornam azuis e os oceanos que os refletem, também. Continentes grandes e sólidos aparecem, a Terra está começando a se parecer mais com um lugar que hoje nós chamamos de lar.

550 milhões de anos antes de nós

550 milhões de anos antes, enquanto o planeta celebrava o seu aniversário de 4 bilhões, os níveis de oxigênio na atmosfera da aumentam de quase nada para até 13 por cento. Respire fundo, porque vida da Terra está prestes a enlouquecer.

A Era Cambriana

Esta é a Explosão do Cambriano, a versão biológica do Big Bang.

Logo após haver oxigênio em abundância, você tem tamanho e complexidade. E o oxigênio permite que você crie isso.

É nesse espaço de tirar o fôlego, de cerca de 30 milhões de anos antes, que a maioria dos principais grupos de animais evoluiu.

A evolução dos peixes ósseos

Há cerca de 500 milhões de anos, os primeiros peixes ósseos evoluíram nos mares. Estes peixes são os nossos ancestrais diretos, apesar de não parecerem nada conosco. Eles evoluíram as partes do corpo que vão tornar possível os nossos próprios corpos, incluindo uma coluna e uma boca com mandíbulas e dentes.

A coluna vertebral

Devemos muito a nossos ancestrais peixes. Na verdade todos os vertebrados de hoje representam modificações do corpo original do peixe.

O surgimento da camada de ozônio

Nos primeiros 4 bilhões de anos de história da Terra, as plantas e os animais estavam presos ao mar.

Mas isso tudo começa a mudar com o oxigênio, vem uma camada de ozônio protegendo-nos da radiação perigosa do Sol.

As plantas fazem o primeiro movimento.

A colonização da Terra pelos animais

Há cerca de 400 milhões de anos os animais estão prontos para dar o salto. Entre os primeiros a irem para a praia, estão os anfíbios, dos quais nós nos incluímos como descendentes.

A coisa mais surpreendente sobre a evolução animal, para mim, pessoalmente, é esse momento em que o primeiro ser vivo sai do oceano primitivo até a terra e dá a sua primeira puxada de ar. É como se o seu ta-ta-ta-tataravô saísse do oceano e vendo esse mundo fantástico dissese: “Aí… Eu posso me ver aqui, olha essas árvores, esses insetos… Está cheio de comida, eu consigo…”

O surgimento da casca de ovo

No final, os seres humanos conquistariam cada tipo de terreno possível. Mas antes de podermos fazer isso, os nossos ancestrais devem, antes, cortarem o seu elo final com a água. Na temporada de acasalamento, como as rãs modernas, eles têm os ovos de gelatinosos que secariam em terra. Mas, alguns anfíbios, no final, resolvem o problema, eles criam uma nova forma de ovo com uma casca que mantém a umidade.

Os répteis surgem

E isso nos permite carregar o oceano conosco para a terra, e sinaliza a evolução de anfíbios para a répteis.

Você poderia estar a 300-400, a 1000 quilômetros da água, e ainda ter água dentro do ovo para o nascimento. É essa a chave. Isso corta aquele elo final com o oceano. E dessa forma poderemos colonizar o resto do planeta.

300 milhões de anos antes de nós

O surgimento do carvão mineral

300 milhões de anos antes, a vida floresce nestes enormes pântanos tropicais onde planeta Terra está cozinhando uma surpresa. Conforme as plantas morrem aqui elas são enterradas, compactadas e cozidas. A energia criada do Big Bang é irradia pelo Sol para as plantas na Terra. Agora, essa energia está presa no subsolo. Como o carvão, é um presente que será aberto pelos humanos a milhões de anos no futuro.

 250 milhões de anos antes de nós

Há 250 milhões antes, o apocalipse se desenrola.

A Extinção do Permiano

No maior pico de atividade vulcânica desde os primórdios do planeta a atmosfera é sufocada com o dióxido de carbono. E a diversidade de vida animal gerada na Explosão do Cambriano é interrompida e morta.

Mais de 70 por cento de todas as espécies da Terra entram em extinção na pior morte em massa da história. A extinção do Permiano.

A extinção é um personagem recorrente na história do planeta Terra, cinco vezes nos últimos 500 milhões de anos, algum cataclismo dizimou as espécies dominantes.

É uma remodelação do sistema que permite que novas criaturas que ocupem o lugar. Novas criaturas como os dinossauros.

((fim dos primeiros 30 minutos))

A HISTÓRIA DO MUNDO EM 2 HORAS – II

250 milhões de anos antes de nós

250 milhões de anos antes, um apocalipse se desenrola, é o maior pico de atividade vulcânica desde os primórdios da Terra. A atmosfera é sufocada por dióxido de carbono, e a diversidade de vida gerada na Explosão Cambriana é interrompida e morta.

Mais de 70 por cento das espécies no Planeta Terra entram em extinção na pior morte em massa da história.

É a extinção do Permiano.

A extinção é um personagem recorrente na história do Planeta Terra, tendo ocorrido cinco vezes nos últimos 500 milhões de anos, algum cataclismo dizimou as espécies. É uma remodelação do sistema que permite que novas criaturas ocupem o lugar, novas criaturas como os dinossauros.

Os dinossauros reinarão pelos próximos 160 milhões de anos. Durante esse tempo as florestas de madeira de lei aparecem pela primeira vez.

E depois de mais de 4 bilhões de anos, finalmente a gravidade da lua permite ao Planeta Terra ter um dia que dure 24 horas.

A separação dos continentes

No início da Era dos Dinossauros os continentes estão agrupados em uma única massa de terra chamada Pangeia. Mas agora ela começa a se separar, a África se separa da América do Sul, o vasto Oceano Atlântico se abre, criando uma das barreiras que definem a história humana, o abismo entre o Velho e o Novo Mundo.

As estrelas indiscutíveis da Era dos Dinossauros são animais como Triceraptors e o Tiranossauro rex, mas existem algumas criaturas importantes correndo aos seus pés.

O surgimento dos mamíferos

Se traçássemos essa nossa linhagem a uma longa distância, nos veríamos como pequenos ratos mamíferos, cercado por esses titãs de vida réptil. Durante esse tempo os mamíferos viveriam na periferia, e estávamos, talvez, roubando ovos de dinossauros, talvez apenas tentando existir e os dinossauros nos impediam.

O maior destaque da história dos dinossauros, que foi de 160 milhões de anos, é que nós perdemos, os mamíferos perderam, nós não podíamos ficar muito maiores do que um gatinho. Por 160 milhões de anos, todos os animais de tamanho médio, médio-grande e tamanho grande, gigante, eram dinossauros. E por esse tempo todo. Eles nos venceram completamente.

Mas a casa está prestes a ser redecorada.

A extinção dos dinossauros

65 milhões de anos antes, um objeto de 9 km de largura, provavelmente um asteroide, bate na Terra. Uma nuvem de poeira bloqueia o sol e as temperaturas despencam. Toda criatura na terra que pesa mais de 22 kg se extingue. O reino dos dinossauros acabou.

O maior presente que os dinossauros já nos deram foi morrer. Quando eles se extinguiram, deram aos mamíferos a crescer.

O surgimento dos primatas, a importância das mãos

Não leva muito tempo depois do desaparecimento dos dinossauros para que os primeiros primatas verdadeiros aparecessem. Como suas versões posteriores, inclusive nós, esses mamíferos evoluíram com os olhos na frente, permitindo ter percepção de profundidade e mãos flexíveis com cinco dedos.

Eles têm cinco dedos iguais a nós, o que significa que podemos pegar coisas. Se pensarmos nos outros animais que não têm dedos organizados iguais aos nossos, sua capacidade de segurar as coisas e manipular objetos é muito mais limitada.

O surgimento das selvas

50 milhões de anos antes, os nossos ancestrais primatas estão evoluindo num planeta que está esquentando, está tão quente que têm selvas nos pólos.

Enquanto os continentes se separam, as Américas e a África quase totalmente tomam forma.

O surgimento dos depósitos de calcário e cal

Mas, no norte da África, o Egito atual está submerso sob um antigo mar. No fundo desse mar vivem pequenas criaturas com conchas chamadas de Numolídeos. Suas conchas, feitas de cálcio e carbono, se acumulam no fundo do mar ao longo de milhões de anos, formando o calcário. Esse calcário será usado para construir as grandes pirâmides. Se você olhar de perto as pirâmides, hoje, você pode ver ainda evidências de que esses monumentos de 4000 anos de idade são, na verdade, feitos de conchas de 50 milhões de anos.

10 milhões de anos antes de nós

Há cerca de 10 milhões de anos antes, a Terra está se transformando num mundo que a maioria de nós reconhece. O Rio Colorado está esculpindo o Grand Canyon, cadeias de montanhas como o Himalaia surgiram. Elas são tão altas que perturbavam o padrão climático, preparando o palco para um planeta mais frio.

O Istmo do Panamá

O Istmo do Panamá emerge, ligando a América do Norte e do Sul, cortando a ligação entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, interrompendo as correntes oceânicas e empurrando o mundo para mais uma Idade do Gelo.

A Idade do Gelo

Com o planeta esfriando, os nossos ancestrais primatas ficam presos aos trópicos, mas uma nova criatura está chegando e ameaça destruí-los.

7 milhões de anos antes, nossos ancestrais primatas viviam em segurança nas árvores, mas a sua região está prestes a ser invadida, e este recém-chegado terá um efeito mais profundo sobre a história humana do que qualquer ser vivo na história do Planeta Terra.

O surgimento da grama

Parece quase impossível de acreditar, mas uma das coisas mais importantes que levará ao nosso surgimento é o surgimento da grama.

Os campos de grama aparecem quase que simultaneamente em todo o mundo. Temos as savanas africanas, as estepes da Eurásia, as pradarias norte-americanas, temos as pradarias da Argentina e do Brasil, aparecendo simultaneamente por todo o mundo.

Certos primatas descem das árvores

Na África Oriental as savanas invadem a floresta tradicional, habitat de nossos ancestrais símios. Com menos árvores e espaços maiores entre elas, os nossos antepassados tem que se adaptar.

Os macacos percebem que tem cada vez mais deles nas árvores e cada vez menos alimentos, aumentando o incentivo para os macacos de um ponto de alimentação para o outro separados por pastagens.

Um modo de fazer isso é correr feito maluco, e outro modo de fazer isso era ampliando as fontes de alimentos nas pastagens, buscando os alimentos disponíveis ali.

Os primeiros símios sobre dois pés e a liberação das mãos

Então alguns macacos descem da árvore para o seu habitat novo, novo em folha. É um território mais adequado para primatas que podem andar sobre duas pernas, manter a cabeça acima da grama alta para olhar os predadores e ficar sobre dois pés. É um avanço revolucionário, porque libera as nossas mãos, mãos que precisaremos para moldar a história humana.

2, 6 milhões de anos antes de nós

2.6 milhões anos antes, os primeiros proto-humanos, ou hominídeos, andam numa terra cujas rochas estão carregadas com o elemento silício. Criado no núcleo das estrelas há bilhões de anos antes, o silício é o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre. Uma das peculiaridades da sua composição química, a sua habilidade de se juntar ao oxigênio para formar cristais que se combinam em rocha sólida, rochas que podem ser afiadas e moldadas sem quebrarem.

Os hominídeos começaram a fazer isso há 2, 6 milhões de anos, quebrar sílica cripto-cristalina para criar pontas afiadas, e as pessoas usam literalmente isso, há 2.6 milhões de anos.

As primeiras ferramentas

Só em ter uma pedra modificada com a ponta afiada, de repente você já tem um martelo, você já tem uma ponta de corte. Uma simples pedra modificada significa que o ser humano, de repente, pode fazer mil coisas mais do que anteriormente. Essa pequena tecnologia extra permitiu que nossos ancestrais sobrevivessem e no final se transformassem em nós.

A Idade da Pedra

O silício lança a primeira revolução tecnológica, a Idade da Pedra.

Milhões de anos depois de nós termos utilizando os nossos primeiros dispositivos portáteis, outra peculiaridade química do silício vai torná-la o máximo da tecnologia mais uma vez. Suas propriedades químicas são permitir que os seres humanos construam computadores e celulares.

O próximo salto para aqueles hominídeos se tornarem verdadeiramente humanos, encontra-se num pequeno segredo de nosso planeta. No Universo aconteceu que o Planeta Terra teria um poder raro e especial.

O domínio do fogo

De todos os planetas e luas do Sistema Solar, sabemos que a Terra é a única na capacidade de sustentar o fogo.

Os outros planetas e luas tem raios e lava, mas apenas na Terra nós temos as duas coisas essenciais que precisamos para o fogo queimar, um vasto fornecimento de combustível, na forma de plantas e árvores, e uma atmosfera cheia de oxigênio para alimentar as chamas.

Se o fogo não fosse uma possibilidade, você não teria nada igual a nós existindo por aí.

Os Homo sapiens fizeram o mundo com fogo.

O controle do fogo

Os nossos antepassados mantém o fogo firme, sob controle, há 800 mil anos.

É uma habilidade que nos conecta ao início. Lembre-se que toda a energia foi criada no Big Bang em que toda a vida está em competição por nossa parte dessa energia. Usar o fogo para cozinhar é como ter um estômago externo para queimar os alimentos, liberando mais calorias, o que nos dá mais energia, o que por sua vez, nos permite suportar cérebros maiores.

O fogo também é uma tecnologia de última ponta, em breve vamos utilizá-lo para transformar barro em cerâmica, o metal em armas e a água em energia a vapor.

A importância do fogo

Se não pode existir fogo, não pode existir motor de combustão interna, sem fogo não há metal, sem fogo não há borracha, é uma tecnologia que abre um mundo de possibilidades para as criaturas que sabem como usá-las.

200 anos antes de nós, o surgimento do Homem

200 mil anos antes, o homem moderno tomou forma totalmente. A caixa da laringe, da voz, que está no alto da garganta de nossos ancestrais desceu. Sons mais complexos agora são possíveis e nós começamos a falar. Pela primeira vez a informação pode ser compartilhada entre indivíduos e pelas gerações. Os seres humanos ganharam uma vantagem importante sobre qualquer outra criatura da terra.

Para você pode dizer: “O meu avô disse que quando os elefantes não aparecem, devemos sair para caçar zebras”. “A minha tia disse que tem um poço do outro lado do rio seco”.

E todos nós nos beneficiamos quando estamos descrevendo o que descobrimos sobre a paisagem.

A linguagem permite compartilhar informações

A linguagem altera a condição dos seres humanos, de computadores solitários, para serem computadores em rede, onde se compartilham informações. Agora você que não depende só de sua experiência pessoal, você pode agora pegar emprestada a experiência de outra pessoa com quem você pode se comunicar. Isso é uma vantagem poderosa, nenhuma outra criatura tem isso.

Como espécie, os seres humanos se tornaram exponencialmente mais inteligentes. O tabuleiro do jogo global foi montado e agora estamos prontos para jogar.

A primeira migração dos seres humanos para fora da África

100.000 anos antes, o homem pode se locomover. Temos as mãos ágeis e ferramentas primitivas, podemos nos comunicar e controlar o fogo. Estamos finalmente prontos para expandir de nosso lar africano indo num caminho em formação há milhões de anos.

As mudanças dos continentes ligaram na África à Eurásia, na maior massa de terra contígua da história do Planeta Terra, a Afro-Eurásia, 90 milhões de quilômetros quadrados, mais de duas vezes a superfície de nossa lua inteira. Para os primeiros humanos, isto significa que mais da metade da terra do planeta está alcançável a pé.

Dispersão humana

A dispersão humana foi uma virada de jogo crucial, nós somos um dos poucos primatas que vivem em mais de um continente ao mesmo tempo. Então isso significa que nós estamos mais protegidos do que os outros primatas aos tipos de coisas que causaram as extinções dos grandes mamíferos. É um seguro contra a extinção, a dispersão é um seguro contra a extinção.

A Segunda Idade do Gelo

Mas quando o mundo começa justamente a se abrir ao Homem, o planeta se volta contra nós. A Idade do Gelo começa e agora o planeta vai nos testar como nunca.

Há cerca de 50 mil anos, a geleiras começam a avançar para baixo do Pólo Norte. Ao mesmo tempo os humanos começam a sua conquista ao mundo, chegando na China e na Austrália.

A chegada dos seres humanos à Europa

Há cerca de 30.000 anos, o Homo sapiens chega à Europa pela primeira vez.

Há cerca de 20.000 anos, com o gelo se aproximando do seu maior extremo, a marcha do homem atinge a tundra gelada do nordeste da Sibéria.

O surgimento dos primeiros desenhos

Apesar das provações da Idade do Gelo, o homem resiste e desenvolve as últimas habilidades que precisaremos para sermos, de fato, humanos. As pistas se encontram nesses símbolos, desenhos, onde demos um passo intelectual para pensar além do que está aqui e agora, além do que é simplesmente necessário para sobreviver.

Nós podemos começar a dizer que temos um organismo que é humano, que é o mesmo que nós, quando começamos a ver evidências do pensamento simbólico. É quando começamos a ver a foto de uma vaca e todo mundo vai reconhecer como sendo a imagem de uma vaca, porque só quando começamos a ver todas essas coisas, podemos dizer que aquilo é humano, pessoas, criaturas que pensam como nós, que veem o mundo da mesma forma que nós.

E a partir desse momento a história humana foi marcada por ser diferente de qualquer outra espécie deste planeta.

A chegada dos humanos à América

Agora, com uma quantidade de água enorme presa no gelo, os níveis do mar caem de 90 a 120 metros e a última barreira para a disseminação do homem desaparecem. Nós chegamos da Sibéria a partir do Estreito de Bering para a América do Norte.

Estamos contando A História do Mundo em 2 Horas, e em apenas uma hora mais de 13 bilhões de anos já se passaram. Esses anos de preparação finalmente permitiram que o homem surgisse e se espalhasse pelo planeta. E a história humana que conhecemos, pode, de fato, começar.

A pequena história da Humanidade

Nossa história do mundo começou o início dos tempos, com o Big Bang, o que nos levou a uma viagem de quase 14 bilhões de anos.

Agora, enquanto os seres humanos recebem o papel principal, é importante lembrar como é pequeno, de fato, o pedaço da história que nós ocupamos.

Para simplificar isso, imagine comprimir 14 bilhões de anos de história em somente 14 anos.

Nessa escala, a Terra teria existido somente nos últimos cinco anos, de modo que um terço da história do Universo, as grandes criaturas chamadas dinossauros teriam se desenvolvido nos últimos sete meses. Nessa escala os dinossauros teriam se extinguido a apenas três semanas. Toda a história dos seres humanos começaria nos últimos três minutos e a sociedade industrial moderna, a Revolução Industrial, de fato, nos últimos 6 segundos. Isso mostra que nós, os seres humanos, estamos aqui por um breve instante da história registrada do Universo.

A humanidade tem esperado bilhões de anos pelo nosso breve instante de brilhar, conforme as estrelas em nosso planeta em evolução realizaram o lento trabalho de organizar os elementos, de forma que tornaria a história humana possível.

12 mil anos antes de nós

Estamos em 10.000 anos antes de Cristo.

A menos de 100.000 anos depois da expansão da África, o homem chegou à América do Sul. Os seres humanos encararam as adversidades da Idade do Gelo, e ao invés de morrermos, nós nos adaptamos e nos tornamos mais inteligente ainda, e agora estamos colonizando do todo o globo, da costa à montanha, da tundra ao deserto, os humanos estão lá.

A colonização da Terra se completou

Nossos antepassados mais próximos, os chimpanzés, vivem nos trópicos. Eles só vivem nos trópicos. Os humanos conseguiram colonizar todo o globo.

As pontes de terra da Idade do Gelo permitem aos homens se espalharem por todo o mundo, mas agora o gelo começa a se derreter e o nível do mar sobe novamente. Os seres humanos ficam separados e isolados em dois vastos territórios isolados e desconectados. Cada bolsão da humanidade é deixado para tirar o melhor daquilo que lhe foi dado.

Conforme as geleiras recuam, elas esculpem lagos, rios e baías.

A configuração geográfica atual dos continentes

O mapa como nós o conhecemos emerge. Na África o aumento da chuva faz com que o lago Vitória e o lago Albert transbordem e formem o Rio Nilo do Egito. Na Eurásia outros rios emergem. O Eufrates e o Tigre na Mesopotâmia, atual Iraque, o Indos no atual Paquistão e o Amarelo e o Vermelho na China.

O estabelecimento dos seres humanos nos vales férteis

Esses vales dos rios tornam-se muito importantes para sequência da história humana, após o recuo das placas de gelo.

Esses são os vales dos rios cujas águas e solos férteis permitirão que as primeiras sementes da civilização sejam plantadas. Com a elevação das temperaturas após a Idade do Gelo, plantas e animais são mais abundantes, e o Homem pode finalmente optar por parar de se mover.

As primeiras populações assentadas

Assentamentos permanentes começam, populações crescem. Com mais bocas para alimentar, os nossos antepassados precisaram ficar mais espertos.

Eles tinham que encontrar um modo de aumentar a produção da quantidade de comida que conseguiam das proximidades.

O surgimento da agricultura

Agora, uma descoberta muda para sempre o planeta e o caminho da comunidade.

Nós aprendemos a plantar sementes, e as sementes que nós plantamos vem das plantas que há milhões de anos estimularam a nossa evolução do macaco para o homem. É a heroína oculta da história humana, a grama.

A semente da grama é pequena, não é um alimento, dá para caçar bisão ou comer grama. Você caça um bisão. Mas ironicamente as plantações de grama se tornam as plantações mais importantes do mundo, mas justamente elas foram ignoradas por caçadores e coletores durante milhares e milhares de anos. As pessoas não começaram a usá-las, até que fosse necessário.

A importância das gramíneas

Entre as espécies de grama que nós estamos mais familiarizados, nós temos a cana de açúcar, o trigo, o centeio, a cevada, todas as culturas de cereais são tipos de grama. Então ela não é só aquele belo gramado verde que usamos para medir o nosso sucesso de classe média, ela é também a cultura básica da qual a Civilização depende, é a maioria de nossa ingestão de calorias.

Mais uma vez tudo volta para o Big Bang, o fundamental para a história de toda a vida é a competição pela energia que foi criada no início dos tempos. Assim como o oxigênio nos deu uma vantagem, assim como o fogo nos permitiu consumir mais calorias, a mudança para a agricultura foi uma revolução energética.

Um caçador-coletor precisa de 25 quilômetros quadrados de território para garantir alimento suficiente, a energia total na forma de plantas e de carne para sobreviver. Um fazendeiro pode utilizar a energia do sol de uma forma tão eficaz, que ele pode satisfazer suas necessidades usando apenas um décimo de 2 quilômetros e meio quadrados de terra. E o aquecimento depois da última Idade do Gelo, agricultura começa a se formar em alguns locais do globo.

O Crescente Fértil do Oriente Médio

Mas, pela sorte da geografia, nenhum lugar no mundo antigo tinha uma concentração de plantas e animais que podem ser domesticados e, do que o crescente fértil do Oriente Médio.

No Oriente Médio ocorre essa notável convergência de espécies que foram mais suscetíveis à domesticação, tanto plantas como animais. Em termos de animais estamos falando de bovinos, suínos, bovinos e caprinos. Em termos de plantas duas variedades de trigo, centeio, cevada, lentilhas, figos, tudo nesta parte bem pequena do mundo.

Ao contrário do Crescente Fértil e do resto da Afro-Eurásia, lugares como África subsaariana e as Américas possuem pouquíssimas espécies selvagens que podem ser facilmente domesticados. Essa é uma de uma diferença fundamental. Pessoas abençoadas com a combinação certa de plantas e animais se tornaram mais poderosas e ganharam uma vantagem enorme na estrada para o mundo moderno.

O surgimento do cavalo

Um animal que dá a qualquer ser humano que se saiba domá-lo uma vantagem imbatível é o cavalo. É um fato conhecido pouco conhecido que apesar dos cavalos terem evoluído pela primeira vez nas Américas, eles se extinguiram por lá junto com outros mamíferos, em torno de 10 mil.C.

Havia pelo menos 3 espécies de cavalos antes da Idade do Gelo na América do norte, talvez até mais. Talvez alguns pequenos como o pônei, alguns grandes, e eles evoluíram na América no norte por pelo menos 40 milhões de anos, eles faziam parte da história, e aí eles sumiram. Ele se foram.

Esses poderosos aliados em potencial desapareceram antes que pudessem ser domesticados pelos primeiros norte-americanos.

Felizmente, antes que isso acontecesse, muitos cavalos escaparam pela ponte de terra do estreito de Bering e se espalharam pelas grandes pastagens de estepes da Eurásia Central.

Foi uma fuga apertada que teve um efeito profundo sobre a história humana.

A domesticação dos cavalos

Por volta de 4000.C, os povos nômades da Ásia Central aprenderam a domá-los pela primeira vez. Cavalos domesticados serão usados em toda Eurásia, participando de tudo, desde o trabalho até a guerra.

Talvez nenhum outro animal tenha tido uma influência maior sobre o curso da história humana, e a volta completa dos cavalares levaria outros 5 mil anos, quando Cristóvão Colombo traria cavalos em sua segunda viagem para as Américas. Seus cavalos seriam os primeiros a pisar os seus cascos nas Américas desde a Grande Extinção, há mais de 10 mil anos.

6.000 anos antes de nós

6000 anos antes, a domesticação das plantas e animais prepara o palco para a próxima fase da história humana.

Assim como as nuvens de poeira interestelares recolhem material para formar a estrela, um tipo de atração está se iniciando conforme lugares como a Suméria. Localizada em uma parte fértil conhecida como Mesopotâmia, essa região atrai pessoas e suportam grandes populações e se tornam centros de poder e de inovação.

As primeiras cidades

Em 3000.C, alguns desses assentamentos sumérios puderam ser, de fato, nossas primeiras cidades.

Um deles, Uroque, tem cerca de 50.000 pessoas vivendo em menos de três quilômetros quadrados, uma densidade populacional que se compara a Nova Iorque nos dias de hoje.

Os seres humanos se tornam tão eficientes na obtenção de energia a partir dos alimentos cultivados, que esta área de terra que antes só poderia ser utilizado por um caçador-coletor, agora é usado por milhares.

Mas uma mudança na dieta também desencadeia uma nova dependência.

Depois que você muda para a agricultura, 80 por cento a 90 por cento de suas calorias torna-se dependente de talvez uma ou duas espécies. No caso do Oriente Médio, do trigo e da cevada. E no caso do trigo e da cevada, ambos amadurecem na mesma época. Os seres humanos tem que recolher as sementes ao mesmo tempo, então agora nós tínhamos a nossa comida do ano chegando de uma só vez. É como se seu salário fosse pago uma vez por ano, você precisa guardá-lo, você precisa planejar, porque, inevitavelmente, se a sua plantação falhar, você vai passar fome e não vai ter mais uma chance nos próximos doze meses.

O surgimento da escrita e a hierarquia social

Nessas primeiras cidades as plantações é que mandam.

Para poder controlá-las, os nossos antepassados desenvolveram a primeira escrita, para protegê-las os primeiros exércitos, e para administrá-las, o início da política.

Se você está em centenas ou milhares de pessoas vivendo juntas, tem gente demais para você poder criar um senso comum, isso cria a necessidade de um governo, isso cria necessidade de alguma forma de hierarquia social e política.

Plantar sementes levou o homem a um novo caminho e dos assentamentos se transformaram nas primeiras cidades. Mas para dar o próximo passo, de cidade para a civilização, nós fomos precisar de uma criatura muito surpreendente.

Surgimento do comércio

5.000 anos antes, depois de peregrinar pela Terra por mais de 100.000 anos, a humanidade começa a se assentar. Nós nos aglomeramos perto de rios, ao longo do Rio Tigre e do Rio Eufrates, do Rio Nilo, do Rio Indos, do Rio Amarelo e do Rio Yang-tsé. As civilizações que estão prestes a decolar, mas antes todas elas devem dominar uma coisa, o comércio.

Quanto mais trocam bens e aprendem com outros lugares, mais rápido elas crescem.

Parece que a existência do comércio e a comunicação a longa distância é um precursor necessário que permite a existência da civilização urbana conforme nós conhecemos.

As caravanas e rotas comerciais

E, surpreendentemente, as primeiras civilizações surgem nas costas de uma criatura cuja reputação é humilde no mundo moderno: O burro.

A caravana de burros é a rodovia interestadual e a internet de alta velocidade daquela época. Suas rotas irão lançar as bases para o mundo moderno, não só transportando bens como madeira e bronze, mas ideias e histórias. As civilizações que eles irão conectar serão algumas das primeiras cidades descritas na Bíblia. As rotas das caravanas convergem para o Golfo Pérsico, onde se ligam aos navios que transportam mercadorias para a Índia.

Isso essencialmente criou um grande intercâmbio cultural e material entre essas civilizações e foi, de fato, o início da tendência à globalização.

Essa é a chave para entender como é que o nosso mundo funciona até hoje.

Assim como as primeiras civilizações, nós comercializamos e formamos redes. Essas redes formam centros e, ao longo da história, estar nesse centro significa uma coisa. A quantidade de ideias, a quantidade de carga que passa por uma região, parece ter uma correlação direta com a sua importância e o seu poder…

((fim do trecho de 30-60 minutos))

A HISTÓRIA DO MUNDO EM 2 HORAS – III

250 milhões de anos antes de nós

Os primeiros monumentos

Por volta do ano 2000 antes de Cristo, os seres humanos saíram de cabanas humildes para monumentos enormes.

Na África as grandes pirâmides surgem às margens do Rio Nilo, surgem os primeiros estágios de Stonehenge surgem na Grã-Bretanha antiga, e, de volta à Suméria, montes-templos chamados zigurates se erguem cada vez mais alto para ceu.

A descoberta do petróleo

Para cimentar essas enormes estruturas, os construtores da Suméria usam uma substância que transborda de poços ao longo do Rio Eufrates, é chamado de betume. Usado como asfalto no mundo moderno, é o primeiro produto petrolífero a ser explorado pela humanidade.

Enquanto o betume é altamente valorizado, a substância mais fina escorrendo com ele junto ao chão é considerado um aborrecimento para os antigos, porque pega fogo muito fácil. Os antigos a chamam de nafta, nós a chamamos de gasolina. E ela é um primeiro indício dos nossos campos de petróleo que um dia transformarão o berço da civilização em um centro de riqueza e de guerra.

A evolução da matemática e da roda

O legado dessas primeiras civilizações podem ser vistos de maneira surpreendente. O sistema de contagem sumério baseava-se no número doze em vez de dez, razão pela qual nós dividimos os nossos dias em blocos de 12 horas, a nossa hora em 60 minutos e os nossos minutos em 60 segundos.

Os sumérios também provavelmente inventaram a roda, o que eventualmente leva a outra invenção que vai mudar o curso do mundo, a carroça.

Então, se juntarmos a invenção suméria da roda, com a domesticação do cavalo, que ocorreu entre esses povos nômades, temos uma peça de tecnologia militar formidável.

1200.C. – as carroças e a Era do Bronze

Por volta de 1200 antes de Cristo um choque de civilizações que usavam carroças corta as rotas de comércio de cobre e estanho, os metais necessários para fazermos ferramentas e armas da Idade do Bronze, mas, felizmente, as estrelas nos deram uma alternativa, o ferro.

Agora, os ferreiros fazem uma descoberta crucial. Ao trabalharem em altas temperaturas, eles podem liberar o poder desse metal antigo. Mais fácil de afiar e 700 vezes mais comum na Terra do que o cobre, ele é um diferencial.

A Idade do Ferro

A humanidade entra na Idade do Ferro.

Conforme chegamos ao primeiro milênio antes de Cristo, a história nos levou a um passeio selvagem, da explosão inicial do Big Bang. Pela formação da Terra e suas primeiras criaturas até a ascensão do homem, nós vimos a Idade do Gelo criar pontes para espalhar os seres humanos ao redor do mundo. Então, a glaciação nos prende em diferentes continentes deixando-nos para sobreviver com o que tínhamos na mão.

Então, por volta de 1000 antes de Cristo, o mundo continua um lugar dividido. A rede de comércio que liga grande parte da Eurásia e da África do Norte, ainda não penetrou nos desertos mais secos do planeta, ou cruzou os mais vasto oceanos.

Deixados de lado pela geografia existem pessoas embaixo da África subsaariana e nas Américas. Com menos animais e plantas fáceis de domesticar, eles permanecem ligados a formas mais antigas de vida.

2.600 anos antes de nós

600.C, a cavalaria havia chegado. Os humanos vão a cavalo para a batalha pela primeira vez. Nós vemos que apenas domar um cavalo dá ao homem uma enorme vantagem. Agora, associá-lo com armas de ferro nos torna quase invencíveis.

Esses avanços da tecnologia não apenas tornam possível a capacidade de lutar, eles tornam impérios possíveis.

O surgimento dos grandes impérios

323.C, e esta é a história dos milênios seguintes, com novas tecnologias e logística melhorados, os impérios se espalham, unindo enormes áreas de terra sob um controle central. Conforme os impérios crescem, crescem também novas crenças.

O surgimento das grandes religiões monoteístas

Um fenômeno interessante que vemos com o surgimento desses impérios é o monoteísmo, é a ideia de um Deus universal que se desenvolve com o tempo que é um fenômeno.

O judaísmo se desenvolve, do qual, nós, eventualmente, obtemos o cristianismo e o islamismo.

O budismo e o hinduísmo também surgem.

As cinco grandes religiões de hoje tem as suas raízes dessa era notável.

Dinastia Han na China

Apesar dos grandes impérios se espalharem, algumas potências permanecem isoladas. A ascensão do Himalaia há 50 milhões de anos antes deixou a China de fora do comércio com o resto do mundo, mas isto está prestes a mudar.

A Rota da Seda

Por volta de 100.C. Um emissário do imperador chinês parte para o oeste e em busca de alianças. As rotas pelas quais ele viaja vai se tornar a Rota da Seda, uma rede de comércio enorme que liga a China pela Ásia Central até o Império Romano. A China se junta ao mundo, o Império Romano.

Pelo que nós sabemos, nenhum comerciante chinês conheceu um romano e nenhum romano conheceu um comerciante chinês pelo menos no primeiro período da Rota da Seda.

Mas aí esse vasto comércio começou a explodir, entre cerca de 100.C – 200 ‘D’.C, temos três séculos de um intercâmbio cultural e comercial num nível que não havia sido visto antes na história humana.

As doenças epidêmicas

Mas esta nova rede humana também desencadeia perigos ocultos.

No início da Era Comum, grandes impérios apareceram. E uma enorme rede de comércio conecta grande parte da Europa e da Ásia, mas as rotas de comércio também carregam a ameaça invisível: A doença.

Enormes de epidemias que alguns culpam por ter derrubado o Império Romano, como a Dinastia Han da China.

Mas essas redes também contribuem para a propagação da religião.

312 ‘D’.C. A consolidação do Cristianismo

Em 312 ‘D’.C, o imperador romano Constantino se converte ao cristianismo, abrindo caminho para torná-la a religião dominante na Europa e no mundo do Ocidente.

A consolidação do Islã

Três séculos mais tarde o Islã também emerge. É uma religião que vai unificar num período de tempo unificar um território duas vezes maior do que o Império Romano.

O comércio árabe irá impulsionar a inovação para os próximos 1.000 anos e expandir a rede global para lugares que ela nunca havia ido antes.

A influência árabe

Os árabes se localizam no meio da Afro-Eurásia. Tem comerciantes árabes que estão navegando para a China, tem comerciantes árabes viajando até o Oceano Atlântico, então eles estão bem no meio da ação.

O segredo do comércio árabe, é o camelo. É uma criatura que como o cavalo, seu ancestral escapou do outro lado do mundo pela ponte de terra de Bering, para fora da América do Norte.

As caravanas de camelos

Uma caravana de 6 camelos pode levar até duas toneladas e meia de carga e viajar 150 km por dia. É duas vezes a carga de uma caravana de burros e na metade do tempo.

Pela primeira vez caravanas de cabelo abrem rotas de comércio confiáveis que cruzam o Deserto do Saara, levando à formação dos primeiros Estados da África Ocidental.

O comércio árabe se expande, levando o sal do Saara para Roma, levando o arroz do leste da Ásia para a Índia, os segredos da fabricação de papel para a Europa e inúmeras outras ideias e invenções ao redor do mundo.

O limão e o café, a laranja

De onde vem a palavra usada para limão? De onde vem a palavra usada para café? Todas elas vem do árabe, porque os árabes trouxeram um grande número de culturas alimentares para a Europa. As culturas cítricas de laranja vem do Sul da China, mas elas não chegam ao Ocidente até a grande era dos árabes.

Os algarismo arábicos e Fibonacci

No norte da África islâmica, um comerciante italiano chamado Leonardo Fibonacci, torna-se conhecedor dos modos de comércio do comerciante árabe. Ele se prende no sistema de contas simples, mas engenhoso, que se originou na Índia, mas é amplamente utilizada no mundo árabe.

Seus escritos irão difundir esse conhecimento para a Europa e ao redor do mundo.

Com todos fazendo as contas de forma igual, os negócios e o comércio vão explodir, e, por causa de Fibonacci, as pessoas usam, ainda hoje, quase que universalmente, os algarismos conhecidos como algarismos árabes.

A expansão da pólvora e das armas de fogo

Mas a outra ideia que os comerciantes árabes vão espalhar é algo ainda mais influente. Ela se origina na China por volta de 800 ‘D’.C.

Um alquimista chinês, em busca de uma fórmula para a vida longa, se depara com a química que pode levar para a morte súbita: Ele combina uma mistura de salitre, enxofre, nitrogênio e oxigênio.

Forjado nas estrelas, esses elementos agora se juntam para fazer pólvora.

A receita da pólvora vai pela Rota da Seda ao ocidente, indo até o mundo islâmico, onde guerreiros muçulmanos vão utilizar a pólvora para disparar balas de canhão contra os cristãos nas cruzadas.

Os europeus gostam da ideia, abraçando e aperfeiçoando as armas de pólvora.

500 anos antes de nós – a descoberta da América

1492, existem cerca de 400 milhões de pessoas no mundo, mas ele é ainda dividido em dois.

Nas Américas as civilizações dos Astecas, Maias e Incas estavam no auge.

Enquanto isso, no outro lado do mundo, como resultado da queda do Império Romano, a Europa estava rachada como um ovo em Estados individuais.

Cristóvão Colombo

Para o italiano Cristóvão Colombo isso significa que ele pode pedir financiamento para uma sucessão de governantes europeus, até que ele convence finalmente o rei e a rainha da Espanha a apoiarem as suas expedições.

As Grandes Navegações

Foi necessária toda a história da Terra para que a viagem de Colombo se tornasse possível. Para seguirem ao vento ele usa as velas triangulares, uma tecnologia que eles copiaram dos árabes.

Para guiá-lo, a bússola, uma invenção da China. E para orientar a agulha, um campo magnético criado pelo núcleo do planeta em si.

Apesar de Colombo estar procurando uma nova forma de chegar à Índia, ao invés disso, o que ele faz é finalmente, e para sempre, ligar as duas metades do mundo. A viagem não é apenas significativa na história americana, como você verá é um evento crucial toda a história humana.

Nada jamais será igual.

A importância de Cristóvão Colombo

O fim da Idade do Gelo isolou grandes bolsões de humanidade em lados separados do mundo por mais de 15.000 anos. Agora isso está prestes a mudar.

A viagem de Cristóvão Colombo em 1492 é ensinada como um dos eventos mais significativos da história americana, na verdade, é um dos eventos mais significativos de toda a história humana. Antes dessa viagem, as duas grandes zonas do mundo se encontravam em partes isoladas. Ao atravessar o Atlântico, Colombo abre a zona do vasto território americano, esses dois enormes continentes, o continente da América do Norte e o continente da América do Sul, isso com as milhões de pessoas que estão vivendo lá e com os recursos que estão disponíveis.

E pela primeira vez, pessoas que vivem na Eurásia tomam consciência desta parte do mundo. Até a viagem da Colombo essas pessoas poderiam estar muito bem vivendo em planetas diferentes, de tão isolados que estavam.

O comércio marítimo

A rede de comércio que começou com as primeiras civilizações conectou a Europa, a Asia, e a África, e agora chega ao Atlântico.

Nesta nova e vasta rede global novos centros se formam e, mais uma vez, o poder vai mudar.

A colonização europeia

Nos últimos 2.000 anos, em geral a Europa não foi tão importante. Então nós entramos na era de Colombo e é exatamente aonde nós vemos a ascensão do Ocidente. E é aí que o Ocidente começa a assumir, quando ele se encontra completamente no centro da maior rede de comércio que o mundo já vira.

Novos alimentos, milho, batatas e trigo se expandem

Agora os alimentos que tinham se isolado nos continentes desconectados começam a se mover ao redor do mundo. O milho das Américas aparece no Egito e na China, as batatas do Andes se mostram perfeitamente adequadas aos solos da Irlanda e da Rússia.

Os velhos grãos que cresciam férteis, como o trigo, começam a alimentar as Américas. Novos alimentos significam mais calorias, mais energia.

A população chega a quase 1 bilhão de pessoas

Em três séculos após a viagem de Colombo, a população do mundo vai mais do que dobrar, para mais do que 900 milhões, mas as forças desiguais nos dois hemisférios agora chegaram num clímax mortal.

A conquista espanhola da América

Os conquistadores europeus, herdeiros da agricultura e dos animais do Crescente Fértil, e da difusão do comércio pelas vastas redes do Velho Mundo, chegam com armas, montado cavalos, sendo portadores de doenças infecciosas.

O resultado foi uma verdadeira carnificina.

Nos anos seguintes da primeira viagem de Colombo, 95 por cento da população nativa das Américas vai morrer pelas armas e pelos germes europeus.

Depois que os hemisférios se conectam, nada mais será igual.

A economia açucareira

Veja a incrível história do açúcar. Quimicamente é a única fonte de combustível para o nosso cérebro, uma substância que estamos programados para desejar.

O açúcar bruto vem principalmente da cana, mais uma vez, um tipo de gramínea terá um papel central na história da humanidade.

Cultivada pela primeira vez há mais de 6000 anos na Ásia, os europeus descobriram o açúcar nas cruzadas pelo Oriente Médio durante as Cruzadas e a levaram para a Europa. A Europa estava viciada mas não havia na Europa nenhum lugar aonde o açúcar pudesse crescer.

A Economia Açucareira e a Escravidão negra

E aí nós temos Cristóvão Colombo e a descoberta do Novo Mundo e os conquistadores espanhois. Sim, eles estão inicialmente muito interessados no ouro e na prata, mas, na verdade, mas eles querem ficar ricos e não ligam como é que eles vão conseguir isso. E depois que o ouro e a prata foram saqueados das Américas, o próximo passo é criar as plantações de açúcar.

Os espanhois, eles próprios não querem trabalhar nas plantações de açúcar, eles começaram a procurar uma nova força de trabalho. E mais no outro lado do Atlântico, existe um lugar onde pode se comprar escravos, e se olharmos para a história da escravidão, o destino número um dos escravos africanos são as plantações de açúcar.

Então a evolução do açúcar molda o desenvolvimento da história no Oriente Médio, nas Cruzadas, na conquista da Mesoamérica, e mesmo na história da escravidão da África para as Américas.

300 anos antes de nós – a

No ano de 1700 a humanidade atingiu um muro.

A maioria dos seres humanos continua tendo uma vida simples, mais do que os nossos antepassados.

A Revolução Industrial, a energia e as máquinas a vapor

Quando você pensa no mundo em 1700, a maioria das pessoas eram agricultores, praticavam agricultura de subsistência em pequena escala, a maioria das ferramentas eram feitas em oficinas.

Em 1700 demora mais de um ano para a carga e a informação circular na Terra, é mais tempo do que levaríamos hoje para chegar até Marte.

O que nos impede é a forma como dispomos de nossa energia.

No Egito de 2000.C, 90 por cento do trabalho era feito pela força dos músculos humanos e com animais no restante.

Em 1700, na Europa, a maioria dos trabalhos, 70 por cento era feita pelo músculo humano. A força muscular, por si só não podia abrir o caminho para a Idade Moderna, mas existe um avanço escondido nas profundezas da Terra.

As máquinas substituem os músculos

Enquanto a nossA História do Mundo em 2 Horas chega ao final, a humanidade atingiu um muro. O progresso humano está parado pelos limites da força de nossos músculos. Para rompê-los, nós vamos precisar usar uma nova fonte de energia para poder mudar a história do mundo.

Lembre-se que há bilhões de anos, o ferro da explosão das estrelas foi recolhida pela Terra durante a sua formação.

Há milhares de anos o homem começou a usar esse ferro para fabricar ferramentas e armas.

Para mantermos as nossas forjas queimando, nós começamos a derrubar florestas.

Agora, há 300 anos, na Grã-Bretanha, o ferro está em alta demanda e as árvores estão se esgotando. Os britânicos precisam de uma nova forma de combustível e, graças aos restos deteriorados de antigas samambaias, eles têm uma… o carvão.

Mas, o carvão por si, ele não fará a humanidade entrar na modernidade. Existe mais uma reviravolta decisiva na história.

Enquanto a busca por carvão leva os mineiros cada vez mais para fundo do solo, a água começa a inundar os túneis. Para bombear a água para fora dos túneis, uma nova invenção é necessária.

A primeira máquina a vapor e a Revolução Industrial

Em 1712 é inventada na Inglaterra uma bomba alimentada pela queima do carvão e impulsionada pelo vapor. A máquina de bombear água de Thomas Newcomen é, na prática, a primeira máquina a vapor.

É essa combinação de energia e motor a combustível que libertará o homem dos limites de seu próprio músculo e mudar o mundo.

O início da Revolução Industrial

A Revolução Industrial começa.

Junto com as revoluções políticas na América e depois na França, essa revolução tecnológica transforma para sempre a paisagem do mundo.

E em pouco tempo o mundo do Atlântico tornou-se o novo líder econômico, portanto líder cultural, líder político e líder militar, e vai dominar a geopolítica do mundo global até os dias de hoje.

Trens passam por todos os cantos.

O surgimento do motor a combustão, o automóvel e a gasolina

Na década de 1870 surge o motor de combustão interna e os alemães inventam a sua grande novidade, o automóvel.

Gasolina, a substância que os sumérios consideravam inflamável demais para ter alguma utilidade, se torna o bem mais importante do planeta, alimentando ainda mais as inovações.

A eletricidade, o surgimento do telégrafo e telefone

O telégrafo e o telefone levam mensagens à velocidade da luz. E com a eletricidade, a humanidade recupera a noite das trevas.

O centro do poder mudou.

A hegemonia da raça branca

Em 1800 os europeus e seus descendentes controlam 35 por cento das terras no planeta e em 1900 eles controlam 85 por cento.

Por volta do século 20 os combustíveis fósseis e o motor a combustão interna amplificaram tudo, incluindo a guerra.

Essa tecnologia fez do poder militar e da conquista militar, algo que poderia ser internacional, era internacional de uma forma jamais vista antes.

As guerras modernas

No século 20 quase três vezes mais pessoas são mortas em consequência da guerra do que nos últimos 2000 anos da história humana juntos.

A aplicação das habilidades e tecnologias industriais do século 18 chegou ao seu ponto culminante com esses eventos extraordinários, e tudo está sendo conduzido novamente pelos microorganismos fossilizados de entidades orgânicas que desapareceram nos pântanos antigos há muitos milhões de anos.

A população humana explode

A Revolução Industrial também permite que a população humana exploda.

Levou 200.000 anos da história humana desde a aurora do homem até o ano de 1900 para a população da Terra chegar a 1, 6 bilhões de habitantes. Agora, nos cem anos do século 20, ela quase que quadruplica para mais de 6 bilhões de pessoas.

O século 20 é o momento mais extraordinário da história humana. Nunca vimos antes mudanças numa escala tão grande.

2011 – 7 bilhões de seres humanos

O presente, em 31 de outubro de 2011 o número total da população da Terra atingiu 7 bilhões, nós somos os jogadores dominantes no planeta.

Aprendemos a aproveitar a 50.000 vezes mais energia do que os nossos antepassados de apenas 10.000 anos antes. Essa energia impulsiona as nossas vidas movimentadas numa rede literalmente mundial, que como vimos, esteve nas estradas enquanto os seres humanos andavam pela Terra.

Epílogo

Nossa história de duas horas está chegando ao fim, uma história que começou, na verdade, há 14 bilhões de anos, num pequeno Universo, onde tudo estava em um lugar só. Em seguida houve o Big Bang, e toda a energia que já existiu foi criada em apenas um instante.

  1. A gravidade esculpiu o nosso Universo.
  2. Por bilhões de anos as estrelas e as supernovas criaram todos os elementos químicos que nós precisaríamos.
  3. Depois uma Terra extrema tomou forma e ficou nas condições adequadas de para suportar vida.
  4. À medida que o planeta evoluiu, a vida competiu por energia e cresceu de formas mais complexas.
  5. Eventualmente as condições estavam boas para a nossa espécie conseguir nascer.
  6. Nós dominamos a pedra e o fogo.
  7. Quando a Idade do Gelo chegou nos espalhamos pelo planeta.
  8. Quando o gelo derreteu, estávamos presos em diferentes continentes.
  9. Aprendemos a domar plantas e animais segundo a nossa vontade.
  10. Nós construímos cidades e depois criamos civilizações.
  11. Criamos uma vasta rede de estradas que ligou vários impérios, juntou os continentes, e em seguida, cruzou os oceanos.
  12. Justo quando parecia que nós havíamos chegado ao nosso limite humano, encontramos a energia tecnologia que nos levaria para o futuro.
  13. Na Terra os ascendentes do passado floresceram num presente cheio de energia e de criatividade.
  14. As histórias de milhares e milhares de vida têm sido vistas como um pano de fundo de um Universo vasto demais para poder se compreender.
  15. Em tudo o que fazemos, por tudo o que somos, continuamos como monumentos vivos do passado à medida que continuamos a fazer a História a cada dia.

((fim da transcrição))


Transcricoes

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